Confiança na indústria atinge maior número de setores desde 2022
Entre os setores da indústria mais confiantes estão farmoquímicos e farmacêuticos, bebidas e impressão e reprodução
A confiança dos empresários industriais brasileiros está em alta. Pela primeira vez, desde 2022, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) Setorial, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que 27 dos 29 setores industriais estão otimistas.
Segundo a CNI, o aumento do otimismo reflete a expectativa de um ambiente econômico mais estável e promissor, apesar das variações entre os setores e regiões. “A disseminação da confiança é um indicativo positivo para o final de 2024, reforçando a perspectiva de recuperação e expansão para a indústria brasileira nos próximos meses”, diz a confederação em nota.
Na passagem de outubro para novembro, quatro setores migraram da falta de confiança para a confiança: biocombustíveis, móveis, madeira e produtos de borracha. Entre os segmentos mais confiantes estão farmoquímicos e farmacêuticos (58,9 pontos), bebidas (55,6 pontos) e impressão e reprodução (54,6 pontos).
Por outro lado, os setores de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (47,4 pontos) e produtos de minerais não metálicos (49,8 pontos) permaneceram abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.
A confiança foi mantida ou cresceu em empresas de todos os portes, embora de maneira desigual. Grandes empresas registraram 54 pontos, enquanto médias e pequenas ficaram em 52,8 e 51,5 pontos, respectivamente. Regionalmente, a confiança avançou na região Sul (+2,2 pontos), mas caiu no Norte (-2,3 pontos) e no Nordeste (-0,8 ponto). Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, os índices permaneceram praticamente estáveis.
“Apesar de o Icei de algumas regiões e das indústrias de pequeno porte ter caído, empresários de todos os portes e regiões seguem confiantes”, pondera o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O Icei é uma ferramenta importante para identificar mudanças na tendência da produção industrial e prever o desempenho do setor e do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a CNI, empresários confiantes tendem a aumentar investimentos e produção, antecipando crescimento na demanda.
Na edição de novembro, participaram da pesquisa 1.838 empresas, sendo 740 pequenas, 671 médias e 427 grandes, entre os dias 1º e 12 de novembro.