Motorista embriagado solto após acidente com morte de PRF e passageiro no RS

Motorista embriagado que causou mortes de agente da PRF e de passageiro de caminhão no RS é solto pela Justiça Federal. Informação foi confirmada ao DE pela Delegacia da PRF em Santana do Livramento. O condutor de 52 anos teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. A colisão aconteceu no km 136 da BR-293, em Candiota.

O motorista da carreta envolvida no acidente que causou as mortes de um policial rodoviário federal e do passageiro de um caminhão foi solto pela Justiça Federal na segunda-feira (25). A informação foi confirmada ao DE pela Delegacia da PRF em Santana do Livramento. O condutor, de 52 anos e natural de São Borja, não teve o nome divulgado pelas autoridades.

O acidente ocorreu na sexta-feira (22), no km 136 da BR-293, em Candiota, na Região Sul do RS. A decisão que o liberou estabeleceu medidas cautelares, como comparecimento periódico em juízo e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele havia sido preso em flagrante e estava no Presídio Regional de Bagé.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o homem fez o teste do bafômetro, que constatou que ele dirigia embriagado (0,49 mg/L). No domingo (24), a Polícia Federal informou que o motorista da carreta foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção ou se assume o risco de matar).

O caso é investigado pela Justiça Federal, pois o acidente vitimou um servidor público federal em serviço. O processo tramita em segredo de justiça. Conforme apuração da PRF, a carreta invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com a viatura da PRF, modelo Ford Ranger, e com um caminhão, que transitavam no sentido oposto. Relatos apontam que o condutor “realizou manobra busca”, impedindo a “reação dos veículos atingidos”.

A investigação apurou que o tacógrafo da carreta registrou que o motorista estava trafegando a uma velocidade de 100 km/h no momento do acidente. Nos instantes anteriores à colisão, o veículo teria chegado a 120 km/h. O indiciado é motorista profissional, e, segundo a PF, estava com o exame toxicológico vencido desde 2022.

O policial rodoviário federal morto é Carlos Edvar Espinosa da Silva. O agente tinha 56 anos e era natural de Dom Pedrito. Ele deixa a esposa e dois filhos. Em nota, a PRF manifestou pesar pela morte. “Um exemplo de compromisso, coragem e dedicação”, escreveu a instituição sobre o servidor Espinosa. A outra vítima, o passageiro do caminhão, tinha 25 anos e era de São Sebastião do Caí. O motorista, que também não teve a identidade divulgada, foi hospitalizado com lesões.

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Aumento da fome pós-enchentes no RS: Banco de Alimentos como esperança

O aumento de famílias em situação de pobreza no RS após as enchentes surpreendeu a todos, elevando a insegurança alimentar para 18,7% dos lares gaúchos. Uma realidade que emergiu após a tragédia foi a fome, que não era conhecida por muitos antes do desastre. Neste cenário desolador, as doações do Banco de Alimentos tornaram-se essenciais para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade alimentar, oferecendo um raio de esperança em meio ao caos.

O impacto das enchentes continua a prejudicar a população gaúcha, mostrando que os estragos não se limitam aos entulhos e paredes danificadas. A pobreza no estado cresceu 15,4% desde maio, de acordo com dados do governo. A situação das famílias no CadÚnico revela um cenário alarmante, com um aumento significativo no número de famílias em situação de baixa renda, agravando ainda mais a insegurança alimentar nos lares do RS.

A falta de comida está diretamente relacionada à pobreza, tornando a aquisição de alimentos ainda mais desafiadora para aqueles que possuem menos recursos financeiros. A solidariedade tem sido a principal aliada neste momento difícil, com exemplos como o de Erondina Ribeiro Fragoso, uma passadeira aposentada que se vê obrigada a dividir sua casa, agora debaixo d’água, com sua filha, netos e bisnetos.

A história de Clair Mack Germann ilustra bem os desafios enfrentados pelas famílias após as enchentes, que levaram não apenas seus pertences, mas também sua fonte de renda, no caso, seu ateliê de costura. Mesmo diante das adversidades, a solidariedade e as doações de alimentos têm sido fundamentais para que essas famílias consigam reconstruir suas vidas aos poucos.

A prioridade agora é garantir que essas famílias tenham o que comer, mesmo diante das condições precárias em que se encontram. Para muitos, como André Cabeleira da Silva, a comida na mesa depende exclusivamente de doações, já que a enchente impactou diretamente em sua fonte de renda. Doações de alimentos simples fazem toda a diferença para essas famílias, que enfrentam a difícil realidade de não ter comida suficiente para alimentar seus filhos.

A solidariedade e a generosidade daqueles que se dispõem a ajudar são fundamentais para garantir que as famílias atingidas pelas enchentes no RS tenham o mínimo necessário para sobreviver. Em um momento tão desafiador, como o Natal, a solidariedade se torna ainda mais essencial, levando esperança e conforto para aqueles que mais precisam. A gratidão daqueles que recebem essas doações reflete a importância desse gesto de caridade e empatia em tempos difíceis.

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