Mulher falece após procedimento estético em São Paulo

Uma mulher de 31 anos faleceu após passar por um procedimento de hidrolipo em uma clínica localizada na Avenida Conselheiro Carrão, na região do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Paloma Lopes, a vítima, não resistiu após a intervenção realizada na última terça-feira, 26. O trágico evento levantou preocupações sobre a segurança dos procedimentos estéticos.

Segundo informações preliminares, a morte de Paloma Lopes pode ter sido causada por complicações durante a realização da hidrolipo, procedimento que visa a retirada de gordura localizada. Autoridades e profissionais de saúde alertam para os riscos envolvidos em intervenções desse tipo, destacando a importância de escolher clínicas e profissionais qualificados.

Familiares e amigos da vítima estão abalados com a perda repentina de Paloma. A tragédia reforça a necessidade de regulamentação e fiscalização mais rigorosa na área de procedimentos estéticos, visando proteger a saúde e o bem-estar dos pacientes.

O caso de Paloma Lopes acende um alerta sobre a importância de pesquisar e avaliar cuidadosamente os riscos antes de se submeter a tratamentos estéticos. A busca por corpos perfeitos não pode se sobrepor à segurança e saúde dos pacientes, sendo essencial que medidas de prevenção sejam adotadas no setor.

A morte da jovem Paloma Lopes levanta questionamentos sobre a prática de procedimentos estéticos em clínicas não regulamentadas ou por profissionais sem a devida capacitação. A investigação do caso segue em andamento para esclarecer as circunstâncias que levaram ao trágico desfecho.

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Suspensão de Home Care em Goiânia resulta em morte de bebê de 1 ano, diz família. Dívida de R$ 4 milhões impacta atendimento.

Bebê de 1 ano morre após serviço de home care da prefeitura ser suspenso, diz família

Empresa diz que serviço foi suspenso porque os repasses estão atrasados há mais de 5 meses. Maria Ayla Pereira Silva morreu 14 dias depois de completar 1 ano.

Maria Ayla Pereira Silva, de 1 ano, morreu após serviço de home care da prefeitura ser suspenso, em Goiânia, Goiás — Foto: Acervo pessoal

Por ter nascido com uma síndrome rara, que provoca insuficiência respiratória grave, a bebê Maria Ayla Pereira Silva dependia de oxigênio quase o tempo todo. A família entrou na Justiça para que ela recebesse tratamento em casa, pago pela Prefeitura de Goiânia. Depois de quase um ano, conseguiram. Mas o serviço, chamado de Home Care, foi suspenso após uma semana de uso, porque a empresa não estava recebendo a verba pública. A menina morreu 14 dias depois de completar 1 ano.

“Ela teve uma parada cardíaca. Eu tentei. O que eu pude fazer, eu fiz, mesmo sendo leiga nesse sentido. Porque a gente treina, mas não sabe como um profissional, né? Eu tentei, reanimei, só que ela não respondia. A gente correu com ela para a maternidade, mas não adiantou”, lembra a mãe, Andréia Silva Oliveira.

A Transmedica Home Care, empresa responsável pela assistência domiciliar de pacientes que necessitam de cuidados específicos e que é uma extensão da rede de saúde pública, informou, por nota, que por conta de um atraso de mais de cinco meses nos repasses financeiros da Secretaria Municipal de Saúde, não está conseguindo dar continuidade nos serviços. A dívida ultrapassa R$ 4 milhões.

“A interrupção dos repasses da Secretaria Municipal de Saúde comprometeu gravemente a capacidade da empresa em manter suas operações, especialmente os atendimentos contínuos a pacientes de alta complexidade. O impacto dessa situação na vida dos pacientes e na sustentabilidade da empresa exige uma ação rápida e eficaz das autoridades competentes”, afirmou a empresa.

O DE entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia em busca de um retorno sobre a situação do Home Care na capital, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. À TV Anhanguera, a Prefeitura disse que “trabalha para colocar o pagamento de todos os serviços em dia, inclusive o de Home Care”.

Criança morre após uma semana de suspensão de atendimento em Goiânia, diz família

Maria Ayla Pereira Silva nasceu no dia 12 de outubro de 2023, com síndrome de Moebius. Por conta disso, a menina passou a maior parte do tempo de vida internada em hospitais de Goiânia. A mãe, Andréia Silva Oliveira, precisou pedir uma licença no trabalho para acompanhá-la quase que em tempo integral.

Com a ajuda da Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), Andréia lutou para que a filha conseguisse o direito de receber o tratamento gratuito em casa, e conseguiu em outubro deste ano. A casa da família foi equipada com um berço e uma cama especial, aparelho de oxigênio e outros equipamentos.

Por uma semana, a menina pôde estar em casa, com o irmão e a família. E era acompanhada por médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e uma equipe técnica de enfermagem. No dia 22 de outubro, a família foi comunicada da suspensão.

“Para mim foi desesperador. Angustiante, né? Porque foi quase um ano de espera para poder trazer minha filha para casa. E quando finalmente a gente tem essa oportunidade de estar com ela em casa, eu perco esse amparo para cuidar dela”, explica a mãe.

Maria Ayla Pereira Silva, de 1 ano, morreu após serviço de home care da prefeitura ser suspenso, em Goiânia, Goiás — Foto: Acervo pessoal

No dia 23 de outubro, a Defensoria Pública se manifestou sobre o caso, pedindo ao Prefeito Municipal e ao Secretário Municipal de Saúde esclarecimentos a respeito do assunto. “Estamos aguardando seu retorno sobre as providências que serão tomadas para resolver a questão do atendimento home care dos pacientes”, cobrou o órgão.

Mas nenhuma atitude foi tomada. No dia 26 de outubro, a menina teve uma parada cardíaca, chegou a ser reanimada pela família e levada ao Hospital Célia Câmara, que fica a 1km da casa onde morava. Mas não resistiu e morreu.

> “Suspenderam alguns e outros não. Então, eles estão tendo que escolher quem eles vão salvar. Isso é muito triste porque a gente, que é mãe, quer o melhor para os nossos filhos, apesar das condições deles, desabafou Andreia.

DÍVIDA DE R$ 4 MILHÕES

Segundo a Transmedica, atualmente, a falta de pagamento totalizou mais de R$ 4 milhões em dívidas acumuladas, resultando em:

Suspensão parcial dos serviços de atendimento domiciliar;
Impacto direto na saúde dos pacientes atendidos, que dependem da continuidade do tratamento para recuperação ou estabilização;
Desmotivação e insegurança entre os profissionais de saúde envolvidos nos cuidados, devido à incerteza quanto ao recebimento de seus salários e à manutenção dos seus empregos.

Transmedica informa a suspensão dos serviços domiciliares à menina com síndrome rara, em Goiânia — Foto: Acervo pessoal

A empresa ressalta que a paralisação dos serviços afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes atendidos, uma vez que muitos deles dependem de tratamento contínuo e assistência especializada.

Para a solução do problema, a Transmedica recomenda uma reunião de urgência com representantes da Secretaria Municipal de Saúde para um plano de regularização dos repasses. Na visão da empresa, é preciso que haja a implementação de um plano de pagamento escalonado, para que a empresa possa retomar os serviços gradativamente.

CRISE NA SAÚDE

Goiânia vive um caos na saúde pública. Além dos problemas relacionados ao Home Care, durante a gestão do prefeito Rogério Cruz, três maternidades públicas suspenderam os atendimentos eletivos várias vezes ao ano por falta de recursos públicos. Além disso, nas últimas semanas, pelo menos cinco pessoas morreram à espera de leitos de UTI em Goiânia.

Nesta quarta-feira (27), o secretário de Saúde Wilson Pollara, o diretor financeiro, Bruno Vianna, e secretário executivo de Saúde, Quesede Ayres, foram presos suspeitos de pagamento irregular em contratos administrativos e associação criminosa na secretaria.

Em meio à crise, a superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Cynara Mathias Costa, foi nomeada como nova secretária municipal de Saúde da capital.

Rogério Cruz, prefeito de Goiânia, em coletiva de imprensa ao lado da nova secretária Municipal de Saúde — Foto: Diomício Gomes/O Popular

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