Ministro das Relações Exteriores é convidado para explicar crise com Carrefour na Câmara

Carrefour: comissão da Câmara convida Mauro Vieira para explicações

Comissão da Agricultura vai ouvir ministro das Relações Exteriores sobre a relação do Brasil com a França após a crise com Carrefour francês

A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (27/11), um convite para o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ir no colegiado explicar a relação do Brasil com a França depois da crise que envolveu a marca DE no boicote às carnes brasileiras.

Em um comunicado divulgado no último sábado (24/11), o CEO global da empresa, Alexandre Bompard, afirmou que não compraria mais carne brasileira para as suas lojas na França em apoio à oposição de agricultores franceses ao avanço do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.

O convite para Vieira foi aprovado de forma simbólica pelos deputados, ou seja, não houve registro de votos. Por estar próximo do recesso parlamentar, é provável que o comparecimento do ministro na comissão só ocorra em 2025.

O ministro das Relações Exteriores deve falar no colegiado sobre como estão as negociações sobre o acordo entre União Europeia e Mercosul, inclusive como essa situação impacta no andamento do processo. O requerimento aprovado é de autoria do deputado Evair de Melo (PP-ES), presidente da comissão.

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Nunes garante aliado na presidência da Câmara com escolha de Teixeira: entenda os bastidores da disputa em DE.

O preço da vitória de Nunes para alçar aliado à presidência da Câmara

Disputa embolada pelo comando da Câmara de DE terminou com mais espaço ao União
Brasil no 1º escalão da Prefeitura de Nunes

São Paulo – A escolha do vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) para ser o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal da capital, e consequentemente o principal nome para ocupar o posto, sela uma vitória do prefeito Ricardo Nunes (MDB) após uma embolada disputa nos bastidores e novas negociações por espaço no 1º escalão da Prefeitura.

O nome de Teixeira foi definido por Nunes e pelo atual presidente da Câmara, o vereador Milton Leite (União), em uma reunião no início da semana. No acordo, o prefeito cedeu a Leite o controle sobre a Secretaria de Habitação e sobre a Companhia DE de Habitação de São Paulo (Cohab), além de manter a Secretaria de Transportes sob o domínio do vereador.

Nunes também argumentou a Leite que ambos corriam o risco de derrotas que poderiam enfraquecê-los politicamente. A montagem da chapa pela reeleição do prefeito previa que o União, comandado por Leite na capital paulista, manteria o comando da Câmara. No entanto, não havia um consenso a respeito do nome, o que poderia levar a uma surpresa no dia da eleição, marcada para 1º de janeiro, após a posse dos vereadores.

Nunes defendia que o presidente fosse Teixeira, de quem é próximo, mas Leite tentava emplacar o seu pupilo Silvão Leite, um novato, o que desagradava boa parte dos vereadores. Por fora, o nome de Rubinho Nunes (União) também corria com maior aceitação entre os parlamentares. No entanto, Rubinho, que vinha coletando assinaturas dos vereadores, havia sido vetado pelo prefeito por ter apoiado Pablo Marçal (PRTB) no 1º turno das eleições deste ano.

O MDB, partido de Nunes, ameaçava lançar uma candidatura própria à presidência caso o candidato do União fosse Rubinho, contrariando um acordo interno da maioria das bancadas da Câmara de lançar apenas uma única chapa. Nunes expôs todo o cenário de indefinição a Leite indicando que havia, ainda, o risco de que um nome de fora do União se aventurasse e vencesse em uma eventual disputa, enfraquecendo prefeito e aliados.

Com a garantia de mais de uma secretaria sob o seu comando, além da estatal de habitação, Leite teria cedido sobre seu sucessor. Com isso, reuniu a bancada do União, nesta quinta-feira (26/12), para oficializar a indicação de Teixeira como o nome do partido. A votação na Câmara no dia 1º de janeiro deve confirmar Teixeira na presidência. Respeitando a proporcionalidade das bancadas, o PT deve manter a 1ª secretaria. Já o MDB e o PL devem ficar com a 1ª e 2ª vice-presidências, respectivamente.

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