Casa de empresários mortos é invadida por ladrões em Itajaí: câmera flagrou chegada das vítimas

Quatro dias após crime, casa onde empresários foram achados mortos é invadida por ladrões

Casal foi encontrado amordaçado no pátio dos fundos da residência. Câmera flagrou chegada das vítimas e, em seguida, o grito da mulher. Caso ocorreu em Itajaí.

1 de 2 Carro onde criminosos foram localizados e, ao lado, parte dos itens levados — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Carro onde criminosos foram localizados e, ao lado, parte dos itens levados — Foto: Polícia Militar/Divulgação

A casa onde viviam Pedro Ramiro de Souza, 47 anos, e Susimara Gonçalves de Souza, de 42, casal de empresários encontrado morto e amordaçado no último fim de semana em Itajaí (SC), foi invadida por ladrões na madrugada desta quarta-feira (27). Os criminosos fugiram levando televisores e outros itens.

A dupla foi presa ainda durante a madrugada pela Polícia Militar (PM). Os criminosos chamaram um carro de aplicativo para a frente da residência, a fim de levar os itens. A motorista identificou que era a residência do casal e acionou a corporação.

Eles foram detidos na região da cidade conhecida como Vila da Miséria. Os itens furtados da casa das vítimas de assassinato ainda estavam com a dupla quando foram localizados.

A PM informou que, em depoimento, os ladrões contaram que entraram na casa e além do furto chegaram a dormir e comer comida da geladeira. Relataram que chamaram o carro de aplicativo em função do “resgate” ter demorado a chegar.

2 de 2 Ramiro e Susy, encontrados mortos em Itajaí, no Litoral Norte de SC — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ramiro e Susy, encontrados mortos em Itajaí, no Litoral Norte de SC — Foto: Reprodução/Redes Sociais

ASSASSINATO DE CASAL DE EMPRESÁRIOS

A casa invadida foi onde Ramiro e Susimara foram encontrados mortos pelo filho dela no sábado (23). Segundo a Polícia Militar, os corpos estavam amarrados, amordaçados em uma área coberta nos fundos da residência.

Conforme o delegado Roney Péricles, o caso é apurado inicialmente como latrocínio, mas outras linhas de investigação não são descartadas. Familiares e pessoas próximas às vítimas já foram ouvidas. Nenhum suspeito foi preso até o fim da manhã desta quarta-feira (26).

CÂMERA DE SEGURANÇA FLAGROU CHEGADA DO CASAL

Vídeo mostra chegada de casal de empresários morto em Itajaí – Imagens cedidas/Visor Notícias

Ramiro e Susy, como eram conhecidos na cidade, saíram na noite de sexta-feira (21) e retornaram para a casa em que moravam sozinhos, no bairro Espinheiros, às 0h53 da madrugada de sábado.

Imagens de uma câmera de segurança da residência vizinha mostram a caminhonete deles se aproximando do portão e entrando no terreno.

Dois minutos depois, ouve-se uma mulher gritando (ouça no vídeo). Não há informações sobre o que aconteceu no local.

Ainda segundo o delegado, antes de retornarem para a casa, os dois foram até um karaokê e uma lanchonete da cidade. A dinâmica do crime não foi detalhada e o caso está em sigilo para não atrapalhar a investigação.

QUEM ERA O CASAL?

Ramiro e Susy estavam juntos há 11 anos, segundo amigos. Os dois tinham uma loja de decoração na cidade e imóveis na região. O homem é natural de Blumenau e a mulher, de União da Vitória, no Paraná.

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Aumento da fome pós-enchentes no RS: Banco de Alimentos como esperança

O aumento de famílias em situação de pobreza no RS após as enchentes surpreendeu a todos, elevando a insegurança alimentar para 18,7% dos lares gaúchos. Uma realidade que emergiu após a tragédia foi a fome, que não era conhecida por muitos antes do desastre. Neste cenário desolador, as doações do Banco de Alimentos tornaram-se essenciais para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade alimentar, oferecendo um raio de esperança em meio ao caos.

O impacto das enchentes continua a prejudicar a população gaúcha, mostrando que os estragos não se limitam aos entulhos e paredes danificadas. A pobreza no estado cresceu 15,4% desde maio, de acordo com dados do governo. A situação das famílias no CadÚnico revela um cenário alarmante, com um aumento significativo no número de famílias em situação de baixa renda, agravando ainda mais a insegurança alimentar nos lares do RS.

A falta de comida está diretamente relacionada à pobreza, tornando a aquisição de alimentos ainda mais desafiadora para aqueles que possuem menos recursos financeiros. A solidariedade tem sido a principal aliada neste momento difícil, com exemplos como o de Erondina Ribeiro Fragoso, uma passadeira aposentada que se vê obrigada a dividir sua casa, agora debaixo d’água, com sua filha, netos e bisnetos.

A história de Clair Mack Germann ilustra bem os desafios enfrentados pelas famílias após as enchentes, que levaram não apenas seus pertences, mas também sua fonte de renda, no caso, seu ateliê de costura. Mesmo diante das adversidades, a solidariedade e as doações de alimentos têm sido fundamentais para que essas famílias consigam reconstruir suas vidas aos poucos.

A prioridade agora é garantir que essas famílias tenham o que comer, mesmo diante das condições precárias em que se encontram. Para muitos, como André Cabeleira da Silva, a comida na mesa depende exclusivamente de doações, já que a enchente impactou diretamente em sua fonte de renda. Doações de alimentos simples fazem toda a diferença para essas famílias, que enfrentam a difícil realidade de não ter comida suficiente para alimentar seus filhos.

A solidariedade e a generosidade daqueles que se dispõem a ajudar são fundamentais para garantir que as famílias atingidas pelas enchentes no RS tenham o mínimo necessário para sobreviver. Em um momento tão desafiador, como o Natal, a solidariedade se torna ainda mais essencial, levando esperança e conforto para aqueles que mais precisam. A gratidão daqueles que recebem essas doações reflete a importância desse gesto de caridade e empatia em tempos difíceis.

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