Prefeito de Goiânia garante que pagamentos são feitos por ordem; novo secretário de Saúde é nomeado

Após secretário de Saúde ser preso por supostas irregularidades, prefeito diz
que todos os pagamentos são feitos por ordem cronológica: ‘Não joguei a toalha’

Superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Cynara Mathias Costa, foi
nomeada como a nova secretária municipal de Saúde. Três servidores foram presos
e afastados das funções; entenda.

1 de 2 Rogério Cruz, prefeito de Goiânia, em coletiva de imprensa ao lado da
nova secretária Municipal de Saúde – Goiás — Foto: Diomício Gomes/O Popular

Rogério Cruz, prefeito de Goiânia, em coletiva de imprensa ao lado da nova
secretária Municipal de Saúde – Goiás — Foto: Diomício Gomes/O Popular

Após a prisão do secretário de Saúde, Wilson Pollara, suspeito de pagamentos
irregulares,
o prefeito Rogério Cruz declarou que todos os pagamentos da Prefeitura de Goiânia
seguem uma ordem cronológica e
que cada secretaria estabelece suas próprias prioridades. O prefeito ressaltou
que a capital enfrenta problemas pontuais e que busca soluções há bastante
tempo.

> “Continuo trabalhando, continuo ativo na Prefeitura de Goiânia. Dizem que
> joguei a toalha. Não joguei a toalha. Não sou de jogar a toalha. Sou uma
> pessoa muito determinada”, afirmou Cruz.

O DE não localizou a defesa dos envolvidos até
a última atualização desta reportagem.

O prefeito concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (27), ocasião em que
anunciou os novos nomes para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A
cirurgiã-dentista, odontopediatra e superintendente de Gestão de Redes de
Atenção à Saúde, Cynara Mathias Costa, foi nomeada como a nova secretária
municipal de Saúde.

“Estamos nomeando essas pessoas para que possam acompanhar todo o processo e dar
continuidade ao trabalho que já vínhamos realizando aqui na Prefeitura”,
declarou.

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Albergado após ser preso

Rogério Cruz afirmou que está trabalhando em conjunto com o Governo do Estado
para enfrentar os problemas na área da saúde, que, segundo ele, não se
restringem à capital, mas afetam todo o país. O prefeito destacou que, desde o
início de sua gestão, vem acompanhando a situação de perto.

Os detidos na operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga
pagamentos irregulares em contratos administrativos e uma suposta formação de
associação criminosa, incluem Wilson Modesto Pollara, então secretário de Saúde;
Bruno Vianna Primo, diretor financeiro do Fundo Municipal de Saúde; e Quesede
Ayres Henrique, secretário executivo da pasta.

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MP Eleitoral pede cassação de chapa em Goiânia: Caiado e Mabel são acusados de abuso de poder político. Eventos no Palácio das Esmeraldas estão sob investigação.

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) entrou com um pedido de inelegibilidade do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e a cassação da chapa de Sandro Mabel, ambos do União Brasil, que concorreram à Prefeitura de Goiânia nas eleições deste ano. A investigação está relacionada ao abuso de poder político, pelo uso do Palácio das Esmeraldas, sede do governo, em eventos de apoio à candidatura de Mabel. Ambos os políticos negam as acusações, destacando que os eventos não tinham caráter eleitoral.

De acordo com o MP Eleitoral, foi constatado que suplentes de vereadores e lideranças políticas foram convidados por Mabel e Caiado para participarem de jantares no Palácio das Esmeraldas em outubro. Os eventos foram divulgados nas redes sociais dos políticos e, segundo o documento, tinham clara intenção política eleitoral, configurando assim o abuso de poder político, o que pode comprometer a legitimidade das eleições.

O governador Caiado manifestou estranheza em relação ao posicionamento do Ministério Público Eleitoral, destacando que ainda não foram ouvidas testemunhas para esclarecer os fatos. Ele ressaltou que eventos de caráter eleitoral são realizados fora do Palácio das Esmeraldas, seguindo estritamente as leis e normas da Justiça Eleitoral. Já Mabel afirmou que os eventos foram parte da rotina política do governador, sem intenção eleitoral, sendo um deles dedicado aos vereadores eleitos.

Uma audiência está agendada para o início de dezembro, onde testemunhas serão ouvidas para avaliar a gravidade das ações. A AIJE, protocolada pela chapa adversária de Fred Rodrigues, acusa Sandro Mabel, Claudia da Silva Lira e Ronaldo Caiado de abuso de poder político e descumprimento da Lei das Eleições. A ação pede a inelegibilidade dos envolvidos, a perda dos registros de candidatura e/ou diplomas, bem como o pagamento de multa, sendo o MP Eleitoral favorável a essas solicitações.

Em notas oficiais, tanto Caiado quanto Mabel defenderam suas condutas, afirmando que os eventos não tinham propósito eleitoral. Eles enfatizaram o compromisso com a transparência e ética em suas ações, reiterando que não houve abuso de poder político. A defesa de Mabel enfatizou que não houve uso eleitoral dos eventos e que as condutas apontadas não justificam a cassação da chapa ou a inelegibilidade de Caiado. A Justiça Eleitoral será responsável por analisar as evidências e decidir sobre as medidas a serem tomadas.

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