Mulher é resgatada após ser mantida em cárcere privado por dez dias no Paraná: Dois homens presos por tentar vender seu carro

Mulher é resgatada após ser mantida em cárcere privado por dez dias no Paraná

Dois homens, de 18 e 21 anos, foram presos. Segundo a polícia, eles fizeram saques bancários em nome da vítima e estavam tentando vender o carro dela.

Uma mulher de 47 anos foi resgatada na terça-feira (26) depois de ser mantida, por dez dias, em cárcere privado em Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná.

A polícia encontrou a vítima em um cômodo pequeno, com situações insalubres, no fundo de uma casa da cidade.

Dois homens, de 18 e 21 anos, foram presos. Conforme a polícia, eles fizeram saques bancários em nome da vítima e estavam tentando vender o carro dela.

Segundo a corporação, a vítima estava abalada e não deu detalhes do que aconteceu.

De acordo com a polícia, as investigações começaram no dia 16 de novembro, depois que um Boletim de Ocorrência (B.O) registrando o desaparecimento da vítima foi registrado. O documento afirmava também que a mulher estava sendo mantida em cárcere privado por homens armados.

Junto com a Força Nacional, os investigadores conseguiram identificar a casa onde ela estava.

No local, foram apreendidos uma arma de fogo falsa, cocaína, maconha, dinheiro em espécie e um celular.

Os dois suspeitos devem responder pelos crimes de cárcere privado qualificado e tráfico de drogas.

As investigações continuam a fim de entender a motivação do crime e se outras pessoas tiveram participação.

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Influenciador Nego Di é advertido pela Justiça por descumprir medidas cautelares

A Justiça do Rio Grande do Sul advertiu o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, por ele ter aparecido em vídeos nas redes sociais após sair da prisão. A decisão foi publicada na terça-feira (3), após pedido do Ministério Público (MP). A advertência determina que Nego Di “observe os termos estritos da decisão que lhe concedeu a soltura”. De acordo com a decisão do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, entre as medidas cautelares impostas, está a “proibição de frequentar/usar redes sociais”. A exigência teria sido descumprida, pois em uma confraternização realizada após a soltura, Nego Di apareceu em fotos e vídeos postados pelas advogadas e pela esposa dele.

Réu por estelionato e lavagem de dinheiro, o humorista teve liberdade provisória concedida e deixou a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) na quarta-feira (27). A advogada de Nego Di, Camila Kersch, afirma que “Dilson está comprometido em cumprir fielmente as medidas cautelares alternativas impostas com a concessão da liberdade”. As publicações que infringiram a decisão não foram feitas por Nego Di, mas por uma das advogadas do influenciador.

O especialista em Ciências Criminais e professor da PUCRS Marcos Eberhardt esclarece que a “cautelar é de natureza pessoal e intransferível”. Caso houvesse o entendimento de que a postagem de terceiros serviu para transmitir uma mensagem ou um recado ao público, isso implicaria em descumprimento da determinação. Se for interpretado que a exigência não foi respeitada, Nego Di poderia voltar para a prisão. A soltura do humorista foi concedida pelo STJ até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado pela defesa.

Nego Di é réu por crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica. Segundo o Tribunal de Justiça, o influenciador e o sócio teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas pelo site Tadizuera. A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira ligada a Dilson na época ultrapassa R$ 5 milhões. Em áudio antes da prisão, Nego Di citou ‘estornos estratégicos’. Caso a exigência do STJ não seja respeitada, o influenciador poderá voltar para a prisão, segundo o especialista.

Gaúcho de Porto Alegre, Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, participou do Big Brother Brasil em 2021. Ele entrou como integrante do grupo Camarote e foi o terceiro eliminado do programa. Após o reality, ele promovia rifas em redes sociais, atividade investigada pelo Ministério Público. Nego Di já havia sofrido sanções da Justiça do Rio Grande do Sul por divulgação de fake news em seus perfis. A Justiça determinou a exclusão imediata das publicações e proibiu Nego Di de reiterar as afirmações mentirosas.

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