Câmara aprova auxílio financeiro para produtores rurais gaúchos atingidos por enchentes em projeto de lei welfare

Câmara aprova auxílio financeiro para produtores rurais gaúchos

Proposta aprovada pela Câmara concede mais prazo para que produtores atingidos pelas enchentes de abril e maio possam acessar recursos

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza o governo federal a conceder auxílio financeiro a produtores rurais atingidos pelas enchentes de abril e maio no Rio Grande do Sul. A subvenção será feita na forma de desconto para liquidação ou renegociação de parcelas de operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização.

De acordo com o relator do projeto, o deputado federal Zucco (PL-RS), a proposta deveria ser votada até esta semana, antes do fim da validade da medida provisória que previa os benefícios inicialmente. “Corríamos o risco de perder tudo o que havia sido construído até agora e deixar de fora aqueles que ainda não conseguiram acessar os benefícios. Dessa forma, avançamos em pontos importantes e mantivemos o espírito original da lei, que vai atender milhares de agricultores, fazendo com que eles possam se manter na atividade”, disse o deputado.

Entre as principais medidas incluídas no projeto está o prazo até 31 de dezembro para análise dos laudos encaminhados pelos produtores com prejuízo superior a 60%, prorrogando o tempo para dedução do valor financiado. “Os produtores terão seus laudos aceitos independentemente da análise, o chamado aceite tácito”, disse Zucco. A permissão de prorrogação para os créditos advindos de recursos livres também foi incluída.

A matéria aprovada permite ainda que os limites de descontos sejam aplicados por operação de crédito, e não por tomador, proporcionando maior flexibilidade e adequação às necessidades específicas de cada operação financeira. O substitutivo aprovado pela Câmara prevê também o reconhecimento retroativo de municípios em estado de calamidade pública, permitindo o enquadramento de operações de crédito rural contratadas em localidades cujo reconhecimento federal ocorreu após o prazo inicial.

Além disso, o projeto estabelece a prorrogação do prazo para que a União aporte os recursos destinados ao Fundo Garantidor de Operações (FGO) no âmbito do Pronaf e Pronamp e permite que as instituições financeiras operem com agricultores familiares, mesmo que eles possuam restrições em cadastros privados. Neste caso, as operações devem estar protegidas pelo risco integral dos fundos constitucionais ou do Tesouro Nacional. A proposta segue agora para análise do Senado e, em seguida, irá à sanção presidencial.

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PL e Republicanos lideram novas filiações em SP. Quem perdeu espaço? Confira!

Em DE, PL e Republicanos lideram novas filiações. Veja quem perdeu

Partidos de Bolsonaro e Tarcísio, PL e Republicanos são os que mais ganharam
filiações entre as eleições de 2022 e de 2024

São Paulo – Entre as eleições de 2022 e 2024, PL e Republicanos, dois dos partidos mais à direita
no espectro político, lideraram a quantidade de novas filiações no estado de São
Paulo. Em contrapartida, partidos
mais ao centro reduziram de tamanho no mesmo período.

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL foi quem mais cresceu quantitativamente no intervalo entre as eleições, com 18,4 mil novos filiados, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de novembro deste ano.

O crescimento do PL também ocorreu nas urnas, com o partido elegendo 104
prefeitos em todo o estado, sendo a 2ª sigla de maior comando nas cidades paulistas.

Na sequência, aparece o Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, com 96,5 mil filiados em
2024 – 14,2 mil a mais do que há dois anos. O partido elegeu 82 prefeitos e é o
3º que mais venceu disputas de prefeituras em São Paulo.

O terceiro partido que mais ganhou filiados em dois anos é o PSD de Gilberto
Kassab, secretário de Governo da gestão Tarcísio. Com 63 mil filiados, 12,2 mil em dois anos,
proporcionalmente o PSD cresceu mais do que PL e Republicanos. Além disso, o
partido é o que mais elegeu prefeitos pelo interior e a partir de 2025 comandará 205 prefeituras.

Segundo maior partido do estado, o PT, com 370 mil filiados, teve um crescimento tímido de apenas 229 novos membros e
manterá o comando de apenas 4 prefeituras no próximo ano.

Parte do crescimento do PSD, que em 2020 conseguiu eleger 66 prefeitos, se deve
à absorção do espólio do PSDB, líder na redução de filiados no intervalo observado. Em dois anos, o partido
perdeu 16,4 mil quadros e hoje tem 273 mil membros em São Paulo, seu berço político.

A desidratação do PSDB teve início em 2022, quando o partido perdeu o comando do
estado que governou por 28 anos seguidos. Ao fim daquele ano, a sigla contava
com 238 prefeitos, muitos deles filiados no mesmo ano para endossar a reeleição
de Rodrigo Garcia ao governo. Já em 2024, em meio a uma série de disputas internas, os tucanos
elegeram apenas 21 prefeitos.

Partido com a maior quantidade de filiados no estado, o MDB, do prefeito paulistano Ricardo Nunes, foi o segundo que mais perdeu
membros. Hoje com 409 mil filiações, a sigla perdeu 13,4 mil quadros em dois
anos. Apesar disso, conseguiu eleger 67 prefeitos, 9 a mais do que em 2020.

O DE não levou em consideração o crescimento de partidos que absorveram
outros, como é o caso do Podemos, que incorporou o PSC em 2023.

Confira abaixo os desempenhos dos partidos em quantidade de filiações em São
Paulo desde 2022:

– MDB: 409 mil filiados (reduziu 3%)
– PT: 370 mil filiados (cresceu 0,06%)
– PRD: 347 mil filiados (criado em 2023, oriundo da fusão do PTB com o
Patriota)
– PSDB: 273,9 mil filiados (reduziu 5%)
– PP: 181,9 mil filiados (reduziu 0,2%)
– PL: 159 mil filiados (cresceu 13%)
– União: 138 mil filiados (cresceu 1,2%)
– PDT: 133 mil filiados (reduziu 3%)
– Podemos: 128 mil filiados (incorporou PSC em 2023)
– PSB: 115 mil filiados (cresceu 2%)
– Republicanos: 96,5 mil filiados (cresceu 17%)
– PSD: 63 mil filiados (cresceu 24%)
– PSol: 54,5 mil filiados (cresceu 23%)
– Novo: 13,9 mil filiados (cresceu 49%)

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