Reforço no policiamento para final da Libertadores: DE acompanhará deslocamento de torcidas do Botafogo e Atlético-MG

DE vai acompanhar deslocamento de torcidas do Botafogo e do Atlético-MG para final da Libertadores

Reforço no policiamento ocorre em seis estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os dois times disputam a final da Libertadores em Buenos Aires, capital argentina no próximo sábado (30).

A Polícia Rodoviária Federal (DE) vai reforçar a segurança nas rodovias federais utilizadas pelos torcedores do Rio de Janeiro e de Minas Gerais para chegar até as fronteiras com a Argentina. No próximo sábado (30), Botafogo (RJ) e Atlético (MG) disputam a final da Libertadores em Buenos Aires.

Com apoio da Polícia Federal (PF), da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (BMRS) e da Polícia Militar do Paraná (PMPR), o reforço do policiamento ocorre em seis estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Uma das medidas de segurança será a separação das rotas até as fronteiras, para evitar confrontos entre torcedores. A torcida do Atlético deverá atravessar de Foz do Iguaçu (PR) para a cidade argentina de Puerto Iguazú a partir de 0h de sábado.

Já os ônibus da torcida do Botafogo vão entrar no país vizinho pela cidade de Paso de Los Libres, próxima a Uruguaiana (RS), a partir das 20h da sexta-feira (29).

Durante o trajeto, os passageiros não poderão consumir bebidas alcoólicas, terão que viajar sentados, usar os cintos de segurança e só poderão entrar na Argentina com o documento de identidade ou o passaporte. Outros documentos não são aceitos pela imigração argentina.

Os agentes vão fiscalizar os veículos para combater crimes, como o transporte de armas e drogas, e os motoristas serão submetidos a testes de alcoolemia e de substâncias que podem provocar riscos.

Os responsáveis pelos veículos que vão cruzar as fronteiras devem obedecer às normas de trânsito e às regras impostas pelas autoridades brasileiras e argentinas. Eles deverão ter os documentos e o certificado de verificação técnica dos veículos, a lista com a identificação dos passageiros e seguro válido na Argentina.

A recomendação da DE é que os pneus dos ônibus estejam em boas condições de uso e os cronotacógrafos (instrumentos que indicam a velocidade e a distância percorrida) em funcionamento.

Motoristas e torcedores que não seguirem as orientações podem ser impedidos de entrar na Argentina.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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