Tribunal de Justiça mantém em liberdade Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta, após pedido de revogação negado

Tribunal de Justiça mantém em liberdade Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta

Gil Rugai foi solto em agosto deste ano, após progredir para o regime aberto. Nesta terça-feira (26), a Justiça negou um pedido do MP para a revogação da decisão.

A Justiça negou, nesta terça-feira (26), um recurso do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que pedia a revogação da decisão que autorizou a soltura de Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta.

O recurso foi julgado pela 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça e o julgamento foi presidido pelo desembargador Luis Soares de Mello.

Imagem de arquivo – Gil Grego Rugai, condenado pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e sua madrasta, Alessandra de Fátima. — Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo

O pedido do MP havia sido protocolado na Justiça no dia 15 de agosto deste ano — um dia após Gil Rugai ter progredido para o regime aberto e ser solto da Penitenciária 2, em Tremembé (SP), onde estava preso.

No pedido à época, a promotora Mary Ann Gomes Nardo havia justificado que Gil Rugai “patrocinou graves delitos e possui saldo longo a cumprir”, afirmando que ele ainda tem mais 20 anos de prisão para cumprir, segundo a pena imposta a ele.

Pouco mais de três meses após o início do processo solicitando a revogação da liberdade, a Justiça avaliou o pedido e negou o recurso do MP, mantendo Gil Rugai em regime aberto.

Procurada pela reportagem, a defesa de Gil Rugai disse que não vai se manifestar sobre a decisão. O Ministério Público de SP também foi acionado pelo DE, mas, até a última atualização desta reportagem, não houve retorno.

REGIME ABERTO

A decisão que concedeu a progressão para o regime aberto a Gil Rugai foi assinada pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, do Departamento Estadual de Execução Criminal, da comarca de São José dos Campos. O alvará foi cumprido e Rugai foi liberado no dia 14 de agosto.

Com a decisão, Gil Rugai deixou a Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2, conhecida como ‘presídio dos famosos’, em Tremembé (SP), às 16h27. Ele esperava apenas a chegada de parentes para deixar a cadeia.

O crime

O Tribunal do Júri, em 2013, condenou Gil Rugai a 33 anos e nove meses de prisão pelos homicídios dos publicitários Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitino, pai e madrasta de Gil.

Na época, a defesa do réu queria anular o júri que o condenou e marcar um novo julgamento. Em 2020 o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, manteve a condenação definitiva, e o caso passou à condição de transitado em julgado, onde não é mais passível de recursos.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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