Elias Vaz cobra rompimento do contrato da prefeitura com empresa de iluminação

O vereador Elias Vaz (PSB), cobrou hoje (09) o fim do contrato da prefeitura de Goiânia com a empresa Citéluz, que realiza a manutenção da iluminação pública na capital. Ele lembrou que há um decreto legislativo, aprovado ainda no ano passado, que determina o rompimento do contrato e que também já houve manifestação do prefeito Iris Rezende (PMDB) a respeito do assunto, porém, segundo o parlamentar, até agora nada foi feito.

O decreto legislativo havia sido contestado na Justiça pelo então prefeito Paulo Garcia (PT). Segundo Elias Vaz, a liminar pedida pelo Paço Municipal foi negada pelo Tribunal de Justiça, o que para ele demonstra que “a Justiça entende que a Câmara agiu de forma correta”.

Elias Vaz disse que já cobrou do prefeito o fim deste contrato, mas que até agora não houve resposta concreta. “Eu já cobrei dele para que tome providência imediatamente. Porque ele disse que está estudando este contrato desde o primeiro dia. Já estudou muito, não precisa decorar não, é só tomar atitude”. Segundo o vereador, a empresa lucra R$ 30 mil ao final de cada dia, totalizando R$ 90 mil por mês.

“A prefeitura tem mesmo que tomar uma providencia rápida porque pra quem está dizendo que não tem dinheiro não pode se dar o luxo de alimentar um contrato lesivo como esse”. E completou: “Já me disseram que a intenção é interromper o contrato, mas não tomam atitude”.

Contrato Lesivo
Para Elias Vaz, o contrato da prefeitura com a Citéluz e lesivo porque segundo ele, a prefeitura tem funcionários e meios para continuar a fazer manutenção da iluminação pública. “A prefeitura tinha condições de continuar esse serviço. Quando não faltou peça e equipamento os funcionários da prefeitura deram conta de fazer esse serviço com qualidade”, comentou.

Outro ponto contestado pelo pessebista, é que, de acordo com ele, o contrato deixa determinado que a prefeitura pague o lucro da empresa independente de quantas lâmpadas ela trocar. Além disso, a prefeitura continua com os funcionários que realizavam o serviço de manutenção. “Os funcionários dessa área tem um custo de quase R$ 700 mil por mês na folha de pagamento. Não tem sentindo jogar esse dinheiro fora”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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