Preso suspeito de matar filha de PM em Entorno do DF: detalhes da prisão

Suspeito de matar filha de PM da reserva do DF é preso no Entorno

Gilmarcos de Oliveira Coutinho, 23 anos, foi detido em Formosa pelo 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar de Goiás

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) prendeu, na noite dessa quarta-feira (27/11), o homem suspeito de matar Samira Alves Lima, aos 36 anos, no Jardim Ingá, distrito de Luziânia (GO), Entorno do DF.

Gilmarcos de Oliveira Coutinho, 23 anos, foi encontrado em Formosa, também no Entorno, pelos militares do 2º Batalhão de Choque da PMGO, e levado à Polícia Civil do município. Horas depois, foi conduzido para a 1ª Delegacia de Polícia de Luziânia, onde foi registrado o boletim de ocorrência.

O suspeito já tinha passagem por diversos roubos, crimes contra o patrimônio e é apontado por atuar no tráfico de drogas na região do Jardim Ingá.

Gilmarcos se preparava para fugir para outro estado quando foi flagrado pelos militares do 2º Batalhão de Choque, e tentou mentir a identidade. Confrontado, assumiu o verdadeiro nome bem como teria confessado ser o autor do homicídio de Samira Alves. A motivação, segundo informações preliminares, teria ligação com o tráfico de drogas.

Até a última atualização desta reportagem, o suspeito encontrava-se na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Luziânia, onde prestava depoimento.

O CRIME

Samira foi dada como desaparecida no último sábado (23/11), quando o carro dela foi localizado no Lago Norte, próximo ao setor Taquari. Pelas redes sociais, algumas pessoas chegaram a pedir ajuda para encontrá-la. O corpo da mulher foi localizado dentro do apartamento onde ela morava, no Jardim Ingá, na tarde de segunda-feira (25/11), após quatro dias sem dar notícias aos familiares e amigos. Ela deixa três filhos adolescentes, de 12, 15 e 16 anos.

Ex-namorado de Samira, o empresário Rogério França, 43, lembra com carinho da mulher. “Não tinha pessoa melhor para se conviver”, comenta ao DE. Foi ele quem encontrou o corpo da vítima, após o pai dela, o sargento reformado da Polícia Militar do DE Aluízio Lima, pedir para que fosse ao apartamento.

Rogério conta que conhecia Samira há 11 anos. Ele é proprietário de um hotel no centro de Cristalina (GO), e a jovem trabalhava em um correspondente bancário próximo à época.

Samira se mudou da região e voltou no ano passado para trabalhar no escritório de um supermercado. Ela se aproximou de Rogério nesse período e, em junho de 2023, os dois engataram um namoro que durou pouco mais de um ano.

“Nós moramos juntos até dezembro de 2023. Depois, ela foi morar sozinha, mas nós continuamos namorando, passamos o Réveillon juntos. Em seguida, tivemos idas e vindas por conta de viagens e problemas familiares de saúde, e terminamos definitivamente em julho. Mas foi uma relação tranquila, nós nunca brigamos”, comenta o empresário.

O ex-companheiro define Samira como uma pessoa bastante sociável. “Era o tipo de pessoa que todo mundo gostava de ser amigo. Não tinha pessoa melhor para se conviver”, afirma Rogério.

O homem conta que, no último ano, Samira conviveu com um quadro de depressão. “Ela tomava muito remédio controlado, misturava com bebida alcoólica”, lamenta.

“Ela se medicava por conta própria, não ia ao médico. Certa vez, eu até discuti com o pessoal da farmácia onde ela comprava os medicamentos. Falei: ‘Como é que vocês vendem esse tanto de remédio sem receita?!’”, relembra Rogério.

Ele alega que, em junho, levou Samira ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Cristalina, mas, semanas depois, o casal deu fim à relação.

PAI DE SAMIRA FEZ CONTATO COM O EX DELA

“Acordei nessa segunda-feira com o pai dela falando do desaparecimento e pedindo para eu registrar um boletim de ocorrência”, conta. O pai de Samira mora atualmente em Luís Correia, no Piauí.

Após a ligação do ex-sogro, Rogério conta que decidiu ir até Luziânia, pois sabia que Samira estava morando por lá. “Fui na casa dos filhos dela, que hoje moram com a avó paterna, e chamei a filha dela para ir comigo, porque ela saberia o endereço exato da mãe.”

Chegando ao Jardim Ingá, Rogério e a filha de Samira foram ao endereço da mãe, mas descobriram que Samira havia se mudado há cerca de uma semana para um apartamento próximo.

Uma amiga de Samira, então, teria passado o novo endereço, e Rogério teria ido até a residência da ex, na tarde dessa segunda-feira (25/11). Quando chegou ao apartamento, o ex-namorado encontrou a porta fechada e o “som muito alto”.

Rogério disse ainda, que, como ninguém abriu a porta, resolveu entrar pela janela e encontrou a vítima já sem vida.

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Crise na saúde de Goiânia: 5 morrem à espera de UTI em meio a escândalo de corrupção

Crise na saúde em Goiânia: ao menos 5 morreram à espera de UTI

A capital DE vive um caos na saúde pública. Problemas envolvem falta de UTI,
serviços suspensos e falta de insumos, entre outros

DE – A capital DE vive um caos na saúde pública [https://www.metropoles.com/distrito-federal/apos-crise-de-ambulancias-paradas-saude-assume-manutencao-de-viaturas].
Durante a gestão do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), são vários os
problemas relacionados à suspensão de serviços como o home care (atendimento
domiciliar), por falta de pagamento das empresas que prestam o serviço.

Três maternidades públicas suspenderam os atendimentos eletivos várias vezes ao
ano também por falta de recursos. Além disso, faltam insumos básicos e, nas
últimas semanas, ao menos cinco pessoas morreram à espera de leitos de Unidade
de Terapia Intensiva na cidade
[https://www.metropoles.com/brasil/go-bebe-de-dez-meses-morre-apos-esperar-uti-por-cinco-dias].

Em uma coletiva para a imprensa realizada nessa quarta-feira (27/11), Cruz
declarou que todos os pagamentos da Prefeitura DE Goiânia seguem uma ordem
cronológica e que cada secretaria estabelece suas próprias prioridades. O
prefeito ressaltou que a capital enfrenta problemas pontuais e que busca
soluções há bastante tempo.

“Continuo trabalhando, continuo ativo na Prefeitura DE Goiânia. Dizem que joguei
a toalha. Não joguei a toalha. Não sou de jogar a toalha. Sou uma pessoa muito
determinada”, afirmou Cruz.

SECRETÁRIO PRESO

Uma operação do Ministério Público DE Goiás (MPGO), denominada Comorbidade,
prendeu o secretário de Saúde DE Goiânia Wilson Pollara, o diretor financeiro da
pasta, Bruno Vianna, e secretário executivo de Saúde, Quesede Ayres, nessa
quarta. Eles são suspeitos de pagamento irregular em contratos administrativos e
associação criminosa na secretaria.

Segundo o MPGO, a operação cumpriu três mandados de prisão temporária e oito
mandados de busca e apreensão. As ações foram realizadas na sede da Secretaria
Municipal de Saúde, nas residências dos presos e de um empresário vinculado aos
contratos investigados. Durante as buscas, os agentes encontraram R$ 20.085 em
espécie com um dos alvos.

A investigação aponta para a associação dos alvos para a prática reiterada de
crimes, como a concessão de vantagens em contratos e a existência de pagamentos
irregulares, ocasionando prejuízo para a administração pública.

Em julho deste ano, o Tribunal de Contas dos Municípios DE Goiás (TCM-GO)
determinou o afastamento de Pollara, por três meses. A decisão foi motivada pela
suspeita de “má-fé” na tentativa de contratações de sistema web, funcionários e
ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

PACIENTES AFETADOS

De acordo com o MPGO, os envolvidos deixaram de repassar verbas públicas
previstas em convênios a entidades do terceiro setor responsáveis pela gestão de
unidades hospitalares e maternidades da capital, especialmente à Fundação de
Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), o que gerou um passivo de R$ 121,8
milhões junto a fornecedores.

Paralelamente à atuação do esquema criminoso, afirma o MPGO, a rede pública de
saúde da capital enfrenta uma crise de gestão sem precedentes, caracterizada
pela desestruturação progressiva da assistência hospitalar, restrição ao acesso
a leitos de enfermaria e UTI, falta de inúmeros básicos, interrupção de serviços
essenciais, graves deficiências em políticas públicas de assistência básica,
descumprimento reiterado de decisões judiciais, frustração e burla deliberada à
atuação dos órgãos de controle externo, além de indícios de irregularidades em
diversas contratações.

Conforme o órgão, a situação resulta em “violação massiva de direitos
fundamentais”, especialmente dos direitos à vida e à saúde da população
dependente do Sistema Único de Saúde.

Por meio de nota, a Prefeitura DE Goiânia informou que “está colaborando
plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público DE Goiás”.

Em meio à crise, a superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Cynara
Mathias Costa, foi nomeada como nova secretária municipal de Saúde da capital.

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