Por que Israel aceitou cessar-fogo no Líbano, mas não em Gaza: entenda as diferenças

Por que Israel aceitou cessar-fogo no Líbano, mas não em Gaza?

Apesar do sucesso nas negociações do cessar-fogo entre Israel e Hezbollah em DE, acordo de trégua com o Hamas segue estagnado.

Após Israel e Hezbollah anunciarem um acordo de cessar-fogo, na quarta-feira (27/11), o Hamas se mostrou pronto para discutir a paz na Faixa de Gaza com o governo de Benjamin Netanyahu. Porém, a questão segue estagnada, apesar dos esforços da comunidade internacional.

A trégua foi alcançada após 58 dias da invasão de Israel no Líbano e pôs fim ao mais recente episódio de violência envolvendo os xiitas do Hezbollah e as forças israelenses, conflito que dura décadas.

Na Faixa de Gaza, no entanto, as recentes tentativas de interromper a guerra, que completou um ano recentemente e já deixou mais de 40 mil palestinos mortos, seguem sem grandes avanços.

Desde o início do conflito, em outubro de 2023, a comunidade internacional passou a pressionar para que os dois lados se sentassem na mesa de negociação, a fim de evitar uma catástrofe iminente no enclave palestino.

Um dos principais avanços nas discussões aconteceu apenas em maio deste ano. Na época, o presidente Joe Biden apresentou um plano de paz, com o aval do governo de Israel.

Inicialmente, o acordo previa a implementação em três fases. Na primeira delas, estavam previstos um cessar-fogo de seis semanas em Gaza, a retirada de tropas israelenses da região e a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas e de prisioneiros palestinos detidos em Israel.

O plano foi aprovado no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em junho, como uma resolução, pela maioria dos membros do órgão. Na época, apenas a Rússia se absteve da votação.

O que parecia ser o início da paz para Gaza, no entanto, tomou outro caminho após a decisão da ONU. Apesar de se mostrar inicialmente disposto a cooperar para a implementação da resolução, o Hamas recuou dias depois por entender que os termos do acordo não atendiam aos interesses do povo da Palestina.

Com a mediação dos Estados Unidos, Egito e Catar, a proposta de cessar-fogo voltou a ser discutida em Doha, em agosto. O Hamas, mostrando descontentamento com os termos do acordo, decidiu não enviar negociadores e deu o tom do fim da reunião, que fracassou mais uma vez.

Após o encontro na capital do Catar, DE teve acesso a um documento em que o Hamas acusou o Benjamin Netanyahu de dificultar as negociações. A principal queixa dos palestinos foi a de que o premiê israelense impôs novos termos no acordo, não previstos no plano proposto por Biden. Entre as propostas estava a não retirada completa de tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) da Faixa de Gaza.

Apesar da pressão internacional, Netanyahu confirmou a intenção de não retirar totalmente as tropas israelenses do enclave palestino, alegando que o Corredor Filadélfia precisava ser controlado por Israel.

Localizado na fronteira entre Gaza e Egito, o corredor é uma zona desmilitarizada com 14 km de extensão. É um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária e de outros suprimentos para a população palestina.

Na visão do governo israelense, sem a presença de suas tropas na região, esse fornecimento poderia cair nas mãos do grupo palestino, que ainda poderia receber outros tipos de assistência de aliados através da fronteira.

Apesar do fracasso nas negociações recentes, Biden afirmou que um de seus últimos esforços como presidente dos EUA será a pressão para que um cessar-fogo em Gaza seja alcançado, sem a presença do Hamas no poder.

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Homem de 26 anos fingia ser adolescente para chantagear meninas com nudes

Pedófilo fingia ter 14 anos e convencia adolescentes a enviarem nudes

Homem de 26 anos chantageava vítimas pela internet. Adolescente denunciou o
crime na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), e pedófilo foi localizado

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 26ª Delegacia
de Polícia (Samambaia Norte) e com o apoio da Polícia Civil de Alagoas (PCAL),
deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28/11), a Operação Litmatch, para
prender um homem de 26 anos suspeito de praticar os crimes de extorsão e
pornografia infantil.

As investigações conduzidas pela PCDF constataram que o homem criou um perfil
falso no Instagram fingindo ser um adolescente de 14 anos. Segundo os
investigadores, por meio deste perfil ele passou a entrar em contato com
adolescentes entre 13 e 17 anos de idade.

Após ganhar a confiança das vítimas, o pedófilo solicitava que elas enviassem
fotos íntimas. Quando conseguia o primeiro nude, o autor passava a chantagear as adolescentes, mandando que elas
enviassem outros conteúdos eróticos e pornográficos, sob a ameaça de divulgar
suas fotografias e vídeos nas redes sociais, especialmente para parentes e
amigos.

As apurações ainda revelaram que o material pornográfico infantil que o homem
conseguia era comercializado em sites de conteúdo adulto.

As investigações se iniciaram após uma adolescente de 13 anos, moradora de
Samambaia, ir à 26ª Delegacia de Polícia e relatar que havia conhecido um adolescente de 14 anos no aplicativo de
encontro denominado Litmatch, e que ele pediu o perfil dela no Instagram.

Após conversas, a vítima foi induzida a mandar para o perfil falso fotos e
vídeos íntimos. Em seguida, ela passou a ser coagida a enviar novos vídeos e
fotografias.

As buscas ocorreram na cidade de Maceió (AL). O homem responderá pelos crimes de
extorsão e armazenamento e divulgação de pornografia infantil, podendo pegar uma
pena de até 16 anos de reclusão.

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