Operação Break Off: Esquema ilegal de comércio de eletrônicos é alvo de mandados em DE e outros 4 estados

Operação que investiga esquema ilegal para comércio de eletrônicos cumpre mandados em DE e outros 4 estados

Três grupos de fornecedores são investigados. Os suspeitos podem responder pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, e as penas podem passar de 20 anos de prisão.

Ao todo, 20 auditores-fiscais e analistas tributários e 76 policiais federais participaram do cumprimento dos mandados. — Foto: Polícia Federal

Equipes da Receita Federal da Polícia Federal cumpriram 20 mandados de busca e apreensão em oito cidades de cinco estados do país nesta quinta-feira (28) durante a Operação Break Off, que investiga um esquema criminoso para comércio de eletrônicos de forma clandestina.

São cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Sonora (MS), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Barra do São Francisco (ES). Participam da operação 20 auditores-fiscais e analistas tributários e 76 policiais federais.

Os mandados foram emitidos pela 5ª Vara Federal Criminal de Mato Grosso.

Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início a partir da Operação Sign Off, em agosto de 2023. Ao todo, três grupos de fornecedores são investigados. Eles traziam os eletrônicos do Paraguai e dos Estados Unidos, e vendiam no mercado informal em todo o Brasil.

Para evitar a fiscalização estatal, os investigados usavam diversas táticas, como a contratação de agentes de segurança pública para o transporte das mercadorias. Além das buscas, a Justiça também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de valores em contas bancárias dos envolvidos.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, e as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

Veja mais notícias da região no DE Mato Grosso.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Empresários de ouro enfrentam acusações por sonegação fiscal de R$ 790 milhões: atualizações do caso em Goiás

Empresários do ramo de venda de ouro, sendo dois homens e uma mulher, agora enfrentam acusações sérias na Justiça Federal por um suposto esquema de sonegação fiscal que envolve uma quantia significativa de R$ 790 milhões. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os sócios de uma empresa especializada no comércio atacadista de produtos minerais, situada em Goiânia, deixaram de informar à Receita Federal as movimentações financeiras realizadas entre os anos de 2016 e 2018.

A denúncia apresentada pelo MPF, assinada pelo procurador regional da República Célio Vieira da Silva, foi recebida pelo juiz Omar Bellotti Ferreira, da 5ª Vara da Seção Judiciária de Goiás. O magistrado observou que a conduta dos empresários denunciados indica possíveis práticas criminais habituais e reiteradas. Outras investigações já haviam citado o comportamento questionável desses indivíduos, evidenciando um histórico controverso no ramo comercial de ouro.

No período de 2016 a 2018, os empresários teriam realizado pagamentos a terceiros e empresas, bem como efetuado outras transações sem a devida identificação dos beneficiários. Essas operações não foram devidamente declaradas à Receita Federal, resultando em uma efetiva sonegação de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). A falta de documentação adequada prejudicou a fiscalização do órgão tributário, impossibilitando a correta apuração dos impostos devidos.

O MPF ainda destacou a apresentação de planilhas por parte dos fiscais da Receita Federal, revelando pagamentos sem comprovação aos empresários e movimentações financeiras suspeitas relacionadas às contas bancárias da empresa. Os denunciados são acusados de omissão de informações e declarações falsas perante o Estado, crimes passíveis de pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa. O Ministério Público Federal também solicitou o agravamento da pena devido à suposta prática continuada dos delitos, especialmente considerando que um dos sócios já havia sido investigado por compra ilegal de ouro no passado.

O processo judicial em andamento contra os empresários envolvidos no esquema de sonegação de impostos é um reflexo das consequências graves que a sonegação fiscal pode acarretar. A operação promovida pelo MPF visa punir os responsáveis e coibir práticas ilícitas no setor, fortalecendo a transparência e legalidade nas operações comerciais. É essencial para a sociedade e para o ambiente de negócios que tais condutas sejam identificadas, investigadas e devidamente responsabilizadas perante a lei.

O g1 agora segue acompanhando mais detalhes desse caso, em constante atualização sobre os desdobramentos do processo judicial em Goiás. Os desafios enfrentados pelas autoridades fiscais e judiciais na investigação e punição de crimes financeiros reforçam a importância da integridade e da conformidade tributária para a manutenção de um ambiente empresarial ético e legal. A sociedade espera que a justiça seja feita e que exemplos como esses sirvam de alerta para a necessidade do cumprimento das obrigações fiscais e legais por parte de todos os empreendedores. O combate à sonegação de impostos é uma tarefa contínua e fundamental para a promoção da justiça fiscal e econômica.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp