Foragido por homicídio, vereador renuncia cargo em Reserva (PR) apó 4 meses do crime – José Odílio (MDB), réu na Justiça, pede afastamento por ‘motivos pessoais’.

Vereador foragido por matar sobrinho em velório de família no Paraná pede renúncia do cargo quatro meses após o crime

Zé Odílio (MDB) é réu na Justiça por homicídio triplamente qualificado e justificou o pedido de renúncia por ‘motivos pessoais’. DE aguarda resposta da defesa dele.

Odílio (MDB) é vereador em Reserva – Foto: Reprodução

O vereador José Odílio dos Santos (MDB), de Reserva, nos Campos Gerais, pediu renúncia do cargo, cujo mandato terminaria em dezembro.

Zé Odílio, como é conhecido, é réu por homicídio triplamente qualificado, relacionado ao assassinato do próprio sobrinho. O crime aconteceu em julho e o homem está foragido desde então. Saiba mais abaixo.

O pedido de renúncia foi assinado na segunda-feira (25) e publicado nesta quinta (28). O mandato dele terminaria em dezembro.

“Decido renunciar ao mandato por motivos pessoais, ciente de todas as minhas responsabilidades e obrigações legais e constitucionais. […] Reitero meu compromisso com o respeito à legalidade e aos princípios da democracia, e agradeço à população de reserva pela confiança que me foi depositada nas urnas”, escreveu Odílio, no documento.

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Zé Odílio estava afastado do cargo de vereador desde agosto. O pedido da licença foi feito pela defesa dele e aprovado por unanimidade pelos demais vereadores.

Nesta quinta-feira (28), a Câmara de Vereadores de Reserva informou que recebeu o pedido de renúncia e convocou a suplente dele, Solange Talevi (PSD), para assumir a cadeira até o final do mandato.

Solange já estava atuando no cargo no período de licença de Odílio. Ela não concorreu às eleições em 2024.

DE entrou em contato com a defesa de Odílio e aguarda resposta.

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RÉU POR HOMICÍDIO

O agricultor Diorgenes Fernando Ferraz Lemes de 24 anos foi morto em Reserva (PR) – Foto: Redes sociais

Zé Odílio se tornou réu na Justiça por homicídio triplamente qualificado.

O parlamentar está foragido e é acusado de matar o sobrinho-neto Diorgenes Fernando Ferraz Lemes, de 24 anos. O crime foi cometido em 5 de julho no velório de um familiar de ambos. Segundo as investigações, o jovem foi assassinado a tiros após cobrar uma dívida do tio.

Na denúncia, o MP-PR considerou os agravantes de motivo fútil, o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e o perigo comum, uma vez que o assassinato foi durante um velório do qual várias pessoas participavam. O processo tramita sob sigilo.

Na época, o advogado responsável pela defesa do vereador afirmou que José Odílio “estava sendo ameaçado gravemente pelo sobrinho e temia por sua vida diante do histórico criminal do sobrinho”.

ZÉ ODÍLIO É VEREADOR HÁ 11 ANOS

Zé Odílio (MDB) – Foto: Câmara de Vereadores

Zé Odílio ocupava o cargo de 1º secretário da Mesa Diretora de Reserva – que possui 11 vereadores no total.

A cidade tem cerca de 24,5 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O foragido estava na terceira gestão como vereador, e entre 2019 e 2020 chegou a presidir o Legislativo.

Em 2024, ele não concorreu às eleições municipais.

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Agressão policial no RS: PM agride motociclista em abordagem choca população de Lajeado no Vale do Taquari – investigações em andamento.

No estado do Rio Grande do Sul, um caso de agressão policial chocou a população. Um policial militar foi flagrado agredindo com chutes e socos um motociclista durante uma abordagem em Lajeado, no Vale do Taquari. As imagens registradas no vídeo mostram o momento em que o PM desfere chutes na cabeça e nas costelas do homem, que estava ajoelhado e desarmado. Outro policial estava presente durante a ação, apenas observando. A Brigada Militar (BM) informou que abriu um procedimento interno para investigar o caso.

A abordagem policial teria sido motivada por denúncias de que um grupo de motociclistas estaria transitando em alta velocidade e causando perturbação na região. Em nota oficial, a BM descreveu a ação como um “possível excesso durante uma abordagem policial” e garantiu que todos os procedimentos internos necessários para esclarecer os fatos estão em andamento. Um oficial responsável pela investigação já foi nomeado e deve começar a ouvir os envolvidos nos próximos dias.

A vítima das agressões preferiu não se identificar, mas relatou que após o ocorrido os policiais recolheram sua motocicleta com um guincho e o liberaram. Posteriormente, ele foi atendido em um hospital da cidade e encaminhado a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) com lesões na cabeça e nas costelas. Apesar dos ferimentos, o motociclista recebeu alta no mesmo dia. Até o momento, não há ocorrência registrada sobre possível perturbação de sossego envolvendo o homem agredido.

É importante ressaltar que a competência para investigar possíveis crimes cometidos por policiais militares é da própria corporação. Neste caso, a delegada Shana Luft Hartz, titular da 19ª Delegacia Regional da Polícia Civil, encaminhou a ocorrência à Brigada Militar por se tratar de violência policial. A sociedade aguarda por transparência, legalidade e segurança por parte das autoridades para esclarecer os acontecimentos e garantir a justiça.

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