Rio de Janeiro pode ter o dia mais quente do ano com máxima de 42 graus: confira dicas para se proteger do calor

Na quinta-feira, a cidade do Rio de Janeiro pode registrar o dia mais quente do ano, com máxima prevista de 42 graus, de acordo com o Alerta Rio, sistema da prefeitura da capital. O calor intenso já marca presença mesmo faltando menos de um mês para o início do verão. O dia será de sol forte e baixa umidade, o que contribui para as altas temperaturas.

Ontem, quarta-feira, foi registrado o recorde de temperatura do mês de novembro e da primavera de 2024: 41,8 graus, na estação Guaratiba. Esse valor igualou a maior temperatura do ano, registrada em janeiro na mesma estação meteorológica. O Rio entrou no Nível de Calor 2 (NC2), que indica índices de calor acima de 36ºC a 40ºC por um ou dois dias consecutivos e por quatro horas ou mais.

Nesta quinta-feira, até as 11h30, a temperatura máxima do dia foi registrada em 40,8 graus na estação Guaratiba. A previsão da Climatempo indica que a temperatura não deve ultrapassar os 40 graus, mas ainda assim será um dia extremamente quente. Recomenda-se cuidados especiais devido ao calor intenso, como beber bastante água, evitar exposição ao sol e reduzir atividades intensas nos horários mais quentes.

A Climatempo prevê 39 graus para esta quinta-feira, o que ultrapassaria a marca de temperatura mais alta do ano. Em outubro, a maior temperatura registrada na estação Vila Militar foi de 39,9 graus. Recomenda-se manter alguns cuidados durante períodos de baixa umidade, como usar protetor solar, roupas leves e se alimentar de forma saudável, consumindo frutas e vegetais ricos em água.

Na sexta-feira, em função de áreas de instabilidades associadas ao calor, a previsão é de céu parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva isoladas à tarde e à noite. Os ventos estarão fracos a moderados, e as temperaturas continuarão altas, com máxima de 38 graus e mínima de 21 graus. É importante manter-se informado sobre as condições climáticas e adotar medidas de precaução para lidar com o calor intenso.

Para se manter protegido durante o período de calor intenso, é fundamental seguir orientações como beber água regularmente, evitar esforço físico excessivo, utilizar umidificadores em casa e cuidar dos pets, oferecendo-lhes água fresca e evitando passeios nos horários mais quentes. A previsão do Alerta Rio indica que o calor continuará marcando presença na cidade nos próximos dias, sendo essencial tomar medidas para garantir o bem-estar e a saúde.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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