Oposição critica proposta de corte de gastos sem fechar posição no Senado

A Oposição critica proposta de corte de gastos, mas evita fechar posição

O senador Marcos Rogério (PL-RO) disse que as medidas anunciadas pelo governo
são um “grande faz de conta”, mas evita dizer se votará contra

A oposição no Senado Federal DE criticou nesta quinta-feira (28/11) o pacote de corte de gastos apresentado pelo
governo Lula. O senador Marcos Rogério (PL-RO)
avaliou que as medidas
anunciadas são “um grande faz de contas”.

“A oposição sempre defendeu a pauta do controle de gastos. Sempre defendeu o
equilíbrio fiscal. Não é agora que vamos mudar o nosso discurso, mas não vamos
embarcar em uma proposta que é um grande faz de conta, uma proposta que promete
muito e não entrega quase nada”, declarou o senador ao sair da reunião de
líderes do Senado que contava com a presença do ministro da Fazenda, Fernando
Haddad.

Segundo Marcos Rogério, a fala de Haddad em cadeia nacional
na noite dessa quarta-feira (27), foi “política” para tentar imbutir na
sociedade a ideia de que a culpa é do governo anterior.

> “A fala dele [Haddad] ontem foi mais uma fala política, uma retórica política,
> olhando no retrovisor, querendo desenhar, pintar para a sociedade que os
> problemas que o atual governo vem enfrentando. Depois de mais de dois anos,
> ele quer olhar no retrovisor para dizer que isso tudo é consequência de
> medidas que foram adotadas no governo anterior”, alegou o parlamentar.

O senador acrescentou que a eventual taxação dos ricos, que ganham mais de R$ 50
mil, é mais uma medida simbólica do que efetiva para compensar a isenção do
imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.

“O universo dos super-ricos no Brasil não é tão grande o suficiente para mitigar
os impactos daquilo que ele (governo) está concedendo para cumprir uma promessa
de campanha”, declarou Marcos Rogério.

Apesar da declaração do senador, a oposição também tentou aprovar no Senado o
aumento da faixa de isenção do IR à época em que estava sendo votado o aumento
da faixa de isenção para até dois salários mínimos. Como não havia estudo sobre
o impacto fiscal, a alteração no texto não foi aprovada na ocasião.

O líder do bloco Vanguarda, composto por PL e Novo, senador Wellington Faguntes
(PL-MT), estava ao lado de Marcos Rogério e reforçou as declarações do colega.

Apesar de criticarem a proposta, os senadores da oposição não quiseram se
comprometer em fechar posição sobre o tema. Evitaram dizer que votariam contra
qualquer uma das propostas anunciadas pelo governo.

“Não dá para confiar na proposta que o governo está apresentando. Mas vamos
estudar com profundidade todos os pontos, todos os itens, para poder depois
dialogar com assertividade, com segurança sobre cada ponto e dentro da linha que
a oposição sempre defendeu com muita clareza”, reforçou Marcos Rogério.

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Morte brutal de professora no DF: 10 anos de impunidade – Suspeito pronunciado em 2023

Crânio rachado e corpo nu: 10 anos da morte brutal de professora no DF

Heber dos Santos Freitas Ribas, suspeito de matar Janaína Câmara em 2014, foi
pronunciado pelo crime apenas este ano

Após 10 anos do crime, o processo que trata da morte da professora Janaína Alves
Fernandes Tavares da Câmara avançou na Justiça. O suspeito de matar Janaína em dezembro 2014, Heber dos Santos Freitas Ribas, ex-companheiro dela, foi pronunciado em abril deste ano. A juíza da 1ª Vara Criminal do Novo Gama entendeu que ele deve ser julgado por um Tribunal do Júri. Porém, apesar da determinação, Heber segue em liberdade recorrendo a outras instâncias para ser absolvido da acusação.

Em setembro do ano passado, o DE mostrou que o processo do caso de Janaína estava travado na Justiça goiana.

O caso foi recebido pela Justiça em 2021. Apenas em julho de 2023 foi agendada uma Audiência de Instrução e Julgamento agosto do mesmo ano. A audiência chegou a ser realizada, mas sem a pronúncia.

Apenas em 10 de abril deste ano, a Justiça declarou Heber réu e o destinou ao júri popular. Entretanto, a defesa do acusado recorreu da decisão. O recurso chegou à 3ª Câmara Criminal, sob responsabilidade da desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Em julho, ela negou o pedido. A defesa, então, recorreu novamente, levando o caso para a Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, sob responsabilidade do desembargador Amaral Wilson de Oliveira. Apenas em 28 de novembro, o desembargador proferiu decisão, também negando o recurso especial. Agora, Heber deve aguardar a intimação da decisão do desembargador.

SOBRE O CRIME

Segundo a denúncia do Ministério Público goiano (MPGO), a vítima teve a cabeça esfacelada a golpes de porrete e o corpo seminu jogado em um matagal às margens da Rodovia DF-290, entre Santa Maria e o Novo Gama (GO), município no Entorno do DF.

Janaína foi encontrada sem vida em área de mato. Ela era professora.

Quando policiais militares encontraram Janaína, ela tinha o rosto desfigurado e o crânio rachado, com vazamento de massa encefálica. A vítima se encontrava seminua, com o sutiã levantado e os seios à mostra. Também teve a calça arrancada e a calcinha rasgada. Havia um preservativo perto do corpo e vestígios de fezes nas coxas. Nas peças do processo, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil apresentaram seus laudos, mas não conseguiram cravar com exatidão se a vítima havia sido estuprada antes ou após a morte.

Nos dias que se seguiram após a localização do corpo, a Polícia Civil do DF não demorou a juntar as peças que apontou a autoria do crime. Janaína viveu com Heber pouco mais de dois anos, entre 2012 e 2014, e havia se separado dois meses antes do crime. As apurações apontaram que a vítima começou a sofrer agressões constantes de Heber e decidiu se separar. Heber responde ao homicídio triplamente qualificado em liberdade.

A professora municipal de Goiás lecionava para alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Jardim Paiva, no Novo Gama, no Entorno do DF, e faltou ao trabalho no dia que antecedeu ao crime. No dia seguinte, no entanto, às 15h40, policiais encontraram o corpo da jovem no matagal. Janaína deixou três filhos: um menino com pouco mais de 1 anos, fruto do relacionamento com o homem que tirou sua vida, além de um garoto de 5 anos e uma menina, de 6. Atualmente, os órfãos estão com 11, 15 e 16 anos respectivamente.

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