Promovendo o Bem-Estar Mental dos Jovens: Estratégias para Pais e Educadores

Navegar por águas turbulentas: como apoiar adolescentes com transtornos emocionais

Estratégias Baseadas em Pesquisas Para Pais e Educadores Promoverem o Bem-Estar Mental dos Jovens.

Nos últimos anos, a saúde mental dos adolescentes tem se tornado uma preocupação crescente para pais, educadores e profissionais de saúde. Com o aumento das pressões sociais, acadêmicas e pessoais, muitos jovens enfrentam transtornos emocionais que podem impactar significativamente suas vidas.

Entender como lidar com essas questões é essencial para garantir o bem-estar dos adolescentes e ajudá-los a navegar por essa fase desafiadora.

Compreendendo os Transtornos Emocionais

Transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, são comuns entre adolescentes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10 a 20% dos adolescentes em todo o mundo experimentam problemas de saúde mental. Esses transtornos podem se manifestar de várias formas, incluindo mudanças de humor, irritabilidade, isolamento social e dificuldades acadêmicas.

Um estudo publicado no Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry destaca que fatores como genética, ambiente e experiências de vida desempenham um papel crucial no desenvolvimento de transtornos emocionais em adolescentes. Além disso, a pressão para se encaixar em padrões sociais e o uso excessivo de redes sociais podem exacerbar esses problemas.

Estratégias para Pais e Cuidadores

Para lidar com os transtornos emocionais dos filhos adolescentes, é fundamental que os pais adotem uma abordagem empática e proativa. Aqui estão algumas estratégias baseadas em pesquisas:

– Comunicação Aberta: Incentivar um diálogo honesto e aberto pode ajudar os adolescentes a se sentirem seguros para expressar suas emoções. Um estudo da Child Development sugere que a comunicação eficaz entre pais e filhos está associada a menores níveis de ansiedade e depressão.
– Busca por Ajuda Profissional: Não hesite em procurar a orientação de psicólogos ou psiquiatras especializados em adolescentes. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado eficaz no tratamento de transtornos emocionais em jovens, conforme relatado por uma pesquisa publicada na Cognitive Therapy and Research.
– Estabelecimento de Rotinas Saudáveis: Promover hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e sono adequado, pode ter um impacto positivo na saúde mental dos adolescentes.

O Papel dos Educadores e Pedagogos

Além do apoio familiar, os educadores e pedagogos desempenham um papel vital no cuidado dos adolescentes. Eles estão em uma posição única para identificar sinais precoces de transtornos emocionais e intervir de maneira apropriada. A criação de um ambiente escolar acolhedor e inclusivo pode ajudar os alunos a se sentirem valorizados e compreendidos.

Na Rede de Educação Adventista, todas as escolas contam com o apoio de um profissional de aconselhamento espiritual e, algumas unidades mantêm psicólogos para atender os alunos. Existem incontáveis programas socioemocionais que promovem a interação saudável entre os estudantes e que buscam oferecer as ferramentas necessárias para que crianças e adolescentes aprendam a lidar com sua mente e com as emoções.

Orientar os estudantes a desenvolverem habilidades como empatia, resiliência e resolução de conflitos, também contribui na promoção do bem-estar mental dos estudantes. Um estudo publicado na Review of Educational Research destaca que essas intervenções podem reduzir significativamente os sintomas de ansiedade e depressão em adolescentes.

Em suma, lidar com transtornos emocionais dos filhos adolescentes requer um esforço conjunto de pais, educadores e profissionais de saúde. Ao criar um ambiente de apoio e compreensão, podemos ajudar os jovens a superar esses desafios e a florescer em sua jornada para a vida adulta.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tragédia em Torres: Bolo suspeito causa mortes e intoxicação na Família

Bolo que teria causado envenenamento ou intoxicação — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Três pessoas perderam a vida após ingerirem um bolo servido em Torres. No entanto, de acordo com as informações da Polícia Civil, a mulher responsável pela preparação da sobremesa foi a única pessoa presente na casa a consumir duas fatias do bolo. Mesmo após a ingestão das fatias, a mulher apresentou sintomas de intoxicação alimentar, sendo hospitalizada em um centro médico localizado na cidade de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

Além da mulher, uma criança de 10 anos também segue internada, mas ambos apresentaram melhoras em seu estado de saúde. As autoridades realizaram uma perícia minuciosa no bolo consumido durante o evento, com o objetivo de elucidar as causas desse incidente que resultou em tragédia. A Polícia Civil investiga as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar como possíveis responsáveis pela situação.

As vítimas fatais foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, com 43 anos, filha de Neuza. O falecimento das três mulheres ocorreu em um curto intervalo de tempo, com diagnósticos diferentes. As duas primeiras vítimas tiveram parada cardiorrespiratória, enquanto a terceira morte foi atribuída a um “choque pós intoxicação alimentar”.

A investigação da Polícia Civil revelou que sete membros da mesma família estavam reunidos em uma casa em Torres durante um café da tarde, e apenas uma pessoa não teria ingerido o bolo. A mulher responsável pela preparação da sobremesa, que foi hospitalizada, levou o alimento de Arroio do Sal para Torres. Os corpos das vítimas foram encaminhados para necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP), e os alimentos consumidos pela família passaram por perícia.

O delegado Marcos Vinícius Velho destacou que a residência apresentava produtos vencidos, como uma maionese que estava fora da validade há um ano, além de um frasco com líquido branco em vez de cápsulas, o qual será submetido à análise pericial. Curiosamente, o ex-marido da mulher que fez o bolo faleceu em setembro por intoxicação alimentar, situação que não foi investigada na época. Diante desse cenário, a polícia instaurou um inquérito e solicitou a exumação do corpo do ex-marido da suspeita.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp