Bolsonaro afirma ter discutido decretação de estado de sítio e uso do artigo 142 com Forças Armadas

Durante uma entrevista na noite de quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou que conversou com os comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de decretar estado de sítio ou estado de defesa, bem como sobre o uso do artigo 142 da Constituição para invocar militares. Enquanto enfrenta um indiciamento pela Polícia Federal por uma suposta tentativa de golpe, ele enfatizou que ‘o que está na Constituição você pode utilizar’.

Bolsonaro destacou a importância de discutir essas medidas com os líderes militares em um momento de extrema tensão política e institucional. Ele ressaltou que é fundamental buscar o respaldo das Forças Armadas para ações que envolvam questões constitucionais e a segurança nacional. O ex-presidente enfatizou que a comunicação com os militares é essencial para garantir a estabilidade do país.

A declaração de Bolsonaro gerou controvérsias e críticas de diversos setores da sociedade, que questionaram a legalidade e a legitimidade de tais propostas em um cenário democrático. Enquanto alguns apoiadores do ex-presidente defenderam sua posição, argumentando que ele tem o direito de recorrer aos dispositivos constitucionais em situações de crise, outros expressaram preocupação com possíveis abusos de poder e retrocessos democráticos.

Diante da repercussão negativa de suas declarações, Bolsonaro tentou amenizar a polêmica, afirmando que não estava falando em nome do governo e que as medidas discutidas não eram imediatas. Ele ressaltou que seu objetivo era apenas debater as opções previstas na Constituição para enfrentar cenários de crise política e social. Apesar disso, o debate em torno do uso do artigo 142 e de medidas de exceção continua acalorado e levanta preocupações sobre a garantia do Estado de Direito.

Neste contexto, a sociedade brasileira se depara com dilemas e desafios relacionados à defesa das instituições democráticas e à preservação dos princípios constitucionais. As declarações de Bolsonaro evidenciam as tensões e os conflitos que permeiam o cenário político nacional, exigindo um debate transparente e responsável sobre os limites do poder executivo e o papel das Forças Armadas na democracia.

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Bolsonaro admite ter discutido estado de sítio com militares e defende anistia

No dia 28 de novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista à Revista Oeste na qual admitiu ter discutido a possibilidade de decretar estado de sítio com militares. Além disso, elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por suposta tentativa de elaborar um golpe de Estado.

Durante a entrevista, Bolsonaro afirmou ter ido ‘conversar’ na embaixada da Hungria no início do ano, sem entrar em detalhes sobre o teor da conversa. As declarações do ex-presidente causaram polêmica e geraram debate sobre seus reais objetivos e intenções para o Brasil.

A possibilidade de decretar estado de sítio é um tema delicado e amplamente discutido. Bolsonaro, ao mencionar tais conversas, levantou questionamentos sobre os limites da democracia e a prevalência do Estado de Direito no país.

Além disso, o fato de ter sido indiciado pela PF por suposta participação em um golpe de Estado lançou dúvidas sobre sua conduta e respeito à Constituição. A defesa de uma possível anistia também despertou discussões acaloradas na sociedade brasileira.

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, foi elogiado por Bolsonaro durante a entrevista. A relação entre os dois políticos e a influência de Lira no cenário político atual foram aspectos destacados durante o bate-papo.

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