Bolsonaro admite ter discutido estado de sítio com militares e defende anistia

No dia 28 de novembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista à Revista Oeste na qual admitiu ter discutido a possibilidade de decretar estado de sítio com militares. Além disso, elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por suposta tentativa de elaborar um golpe de Estado.

Durante a entrevista, Bolsonaro afirmou ter ido ‘conversar’ na embaixada da Hungria no início do ano, sem entrar em detalhes sobre o teor da conversa. As declarações do ex-presidente causaram polêmica e geraram debate sobre seus reais objetivos e intenções para o Brasil.

A possibilidade de decretar estado de sítio é um tema delicado e amplamente discutido. Bolsonaro, ao mencionar tais conversas, levantou questionamentos sobre os limites da democracia e a prevalência do Estado de Direito no país.

Além disso, o fato de ter sido indiciado pela PF por suposta participação em um golpe de Estado lançou dúvidas sobre sua conduta e respeito à Constituição. A defesa de uma possível anistia também despertou discussões acaloradas na sociedade brasileira.

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, foi elogiado por Bolsonaro durante a entrevista. A relação entre os dois políticos e a influência de Lira no cenário político atual foram aspectos destacados durante o bate-papo.

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Filha de PM da reserva é encontrada morta em apartamento: suspeito preso. Saiba mais sobre o crime e a investigação.

Saiba quem era a filha de policial militar da reserva encontrada morta em apartamento

Segundo pessoas próximas, Samira Alves Lima estava em tratamento por conta de depressão. Ela deixa três filhos menores de idade.

1 de 2 Samira Alves Lima foi morta a facadas, em Luziânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Samira Alves Lima foi encontrada morta, aos 36 anos, no apartamento em que morava em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O suspeito de matá-la a facadas foi preso, mas a Polícia Civil ainda investiga a motivação do crime. A mulher era filha de um policial militar da reserva do Distrito Federal e, segundo pessoas próximas, estava em tratamento por conta de depressão. Saiba mais sobre ela abaixo.

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Um ex-namorado de Samira, que pediu para não ser identificado, contou que ela era uma pessoa querida por todos que a conheciam. Mãe de três filhos, de 12, 15 e 16 anos, ela atualmente morava sozinha, no Jardim Ingá, em Luziânia. Os filhos moravam com os avós paternos, mas mantinham contato próximo com ela.

> “Todo mundo gostava dela aqui. Ela é uma pessoa boa e muito controlada”, resume.

Samira morava em Cristalina, mas há alguns anos se mudou para Luziânia. Segundo o ex-namorado, ela estava desempregada e recebia dinheiro do pai, que é PM aposentado e mora atualmente no Piauí.

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O ex-namorado comenta que, nos últimos meses, notou pelas redes sociais que Samira emagreceu muito e se afastou da família. O DE não conseguiu contato com familiares de Samira até a última atualização da reportagem.

Na internet, Samira fazia posts reflexivos e com os filhos. Em algumas publicações, ela caminhava pelas ruas enquanto falava aos seguidores para agradecer por cada dia. Pouco tempo antes de morrer, passou a postar sobre a necessidade de tomar cuidado com pessoas falsas.

PRISÃO DO SUSPEITO E INVESTIGAÇÃO

2 de 2 Samira Alves Lima, de 36 anos, filha de um policial militar da reserva do Distrito Federal, foi encontrada morta em casa após dias desaparecida, em Luziânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Samira Alves Lima, de 36 anos, filha de um policial militar da reserva do Distrito Federal, foi encontrada morta em casa após dias desaparecida, em Luziânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na quarta-feira (27), a Polícia Militar prendeu um jovem, de 22 anos, suspeito de matar Samira. Segundo a equipe, ele foi encontrado andando pela BR-020, em Formosa, após ter abandonado o veículo da vítima na região do DF.

O DE não conseguiu contato com a defesa do jovem até a última atualização da reportagem.

O rapaz foi localizado pelos policiais dois dias depois do crime, após ser rastreado pela Agência de Inteligência da PM. Durante a abordagem, em um primeiro momento, ele mentiu o próprio nome, mas depois acabou admitindo a verdadeira identidade.

Os policiais militares dizem que, informalmente, durante a abordagem, o jovem confessou o crime contra Samira. Na versão do suspeito, ele e a mulher moravam juntos para atuarem no tráfico de drogas, e que Samira era ligada a uma facção criminosa.

O suspeito também disse que, no dia do crime, ele e Samira tiveram uma discussão acalorada, em que a vítima o ameaçou. Ele, então, partiu para cima dela e a matou com facadas.

O DE entrou em contato com a Polícia Civil para saber se há algum indício de veracidade no relato dado pelo suspeito aos policiais militares, mas a instituição disse que não vai comentar o caso. Em nota, a polícia explicou somente que o jovem foi autuado por homicídio simples e que as investigações prosseguem para sua finalização.

O CRIME

Mulher é encontrada morta em Luziânia

O carro de Samira foi encontrado na manhã do último sábado (23), no DF. Os policiais encontraram o contato do ex-namorado da mulher, porque ela havia salvo ele como um contato de emergência. A partir disso, eles passaram a procurá-la, considerando que ela estava desaparecida.

“Os policiais não conseguiram falar com Samira. Eu também tentei ligar, mas ela não atendeu. A partir do aparecimento do carro, comecei a procurar quem pudesse ter notícias dela, mas nem a família nem a filha sabiam. Entrei em contato com o pai, que mora no Piauí, e ele me pediu para registrar um boletim de ocorrência na segunda-feira”, disse.

Na segunda-feira (25), o corpo de Samira foi encontrado sem vida no apartamento em que ela morava, no Jardim Ingá, em Luziânia. O ex-namorado da mulher encontrou o corpo junto com a filha de Samira, de 15 anos.

A Polícia Militar atendeu à ocorrência e o local foi isolado pela Polícia Técnico-Científica para a realização da perícia.

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