TCE de Pernambuco aponta superfaturamento de R$ 1,1 milhão em obras habitacionais no Recife

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE) revelou um superfaturamento de R$ 1,1 milhão em obras de Unidades Habitacionais na cidade do Recife. O contrato foi firmado pela prefeitura através da Autarquia de Urbanização (URB) em 2023 com a empresa Times Engenharia Ltda. O relatório, assinado pelo auditor de controle externo Michelle Pontes Seixas, aponta para a irregularidade.

Inicialmente orçado em R$ 33,2 milhões, o contrato passou por três termos aditivos, elevando o valor total para R$ 36,1 milhões. Desse montante, já foram pagos R$ 6,4 milhões. O projeto prevê a construção de 588 apartamentos habitacionais, dos quais 192 já foram entregues. Ele representa uma tentativa do prefeito João Campos (PSB) de resolver o problema habitacional na capital pernambucana.

Segundo o TCE, o superfaturamento aconteceu na compra de estacas de fundação para as obras na quadra 46 da comunidade do Pilar, localizada no centro do Recife. Procurada, a prefeitura informou que até o momento não foi notificada sobre a questão levantada pelo órgão fiscalizador.

No primeiro termo aditivo, a empresa responsável pela obra alegou ter identificado intervenções anteriores à contratação, o que demandou a alteração no projeto de fundação. No entanto, o TCE apontou que essa mudança resultou em um adicional de serviço incompatível com o projetado originalmente, utilizando estacas superdimensionadas e com capacidade de carga acima do necessário.

A análise do tribunal ainda demonstrou que o pagamento pelos serviços prestados foi feito antes da conclusão das obras, cujas estacas utilizadas no local não correspondiam às especificações contratuais. O parecer também revelou uma resistência média das estacas executadas inferior ao que foi contratado, evidenciando as discrepâncias entre a execução real e o que foi acordado.

Diante das justificativas apresentadas pela prefeitura e pela empresa contratada, o TCE ressaltou que as divergências de especificação e a falta de acompanhamento adequado não podem ser aceitas, caracterizando um erro grave que resultou em prejuízo aos cofres públicos. O órgão fiscalizador considerou a situação como uma responsabilidade dolosa por parte dos envolvidos, exigindo medidas corretivas imediatas.

Por fim, é importante destacar a importância da transparência e fiscalização constante em obras públicas para evitar casos de superfaturamento e irregularidades. A sociedade como um todo deve cobrar uma gestão eficiente e responsável dos recursos destinados a projetos de habitação e infraestrutura. A conscientização e o controle são fundamentais para garantir a lisura e a eficácia na execução de obras de interesse público.

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Conheça os indicados por Lula para diretoria do BC: Izabela Correa, Gilneu Vivan e Nilton David, com perfil e experiência variados.

Veja quem são os três indicados por Lula para a diretoria do BC

Se indicações forem aprovadas pelo Senado ainda em 2024, os três vão compor a diretoria do Banco Central (BC) já em 1º/1/2025

Os nomes dos três indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a diretoria do Banco Central (BC) serão encaminhados na próxima semana para avaliação do Senado. Confira quem são os indicados:

1. Izabela Correa, na vaga de Carolina de Assis Barros (Diretoria de Relacionamento Institucional, Cidadania e Supervisão de Conduta);
2. Gilneu Vivan, na vaga de Otávio Damaso (Diretoria de Regulação);
3. Nilton David, na vaga de Gabriel Galípolo (Diretoria de Política Monetária).

Izabela Moreira Correa

É servidora do Banco Central do Brasil desde 2006 e a atual secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União. Foi pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Oxford e possui doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science (2017).

É mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduada em administração pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro.

Gilneu Francisco Astolfi Vivan

É servidor do Banco Central do Brasil desde 1994. Atualmente, é chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor). Mestre e bacharel em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Até o início de 2024, atuou como chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro Nacional. Também representou o Brasil em diversos grupos internacionais, tais como Analytical Group on Vulnerabilities, do Financial Stability Board, responsável por avaliar as ameaças ao sistema financeiro mundial.

Nilton José Schneider David

Atualmente, é chefe de Operações Tesouraria do Banco Bradesco. Tem grande experiência no mercado financeiro, tendo trabalhado em diversas instituições no Brasil e no exterior. É graduado em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

NOVO PRESIDENTE

Gabriel Galípolo vai assumir a presidência do BC a partir do próximo ano, com o término do mandato de Roberto Campos Neto, e sua vaga na Diretoria de Política Monetária ficaria vaga.

Caso as indicações sejam aprovadas pelo Senado ainda em 2024, os indicados passarão a exercer os cargos nas diretorias do Banco Central do Brasil a partir de 1° de janeiro de 2025.

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