Influenciadores suspeitos de contrabando: como agiam e causaram prejuízo de R$ 80 milhões

Escola do contrabando: veja como agiam influenciadores suspeitos de ensinar a contrabandear itens do Paraguai e causar prejuízo de mais de R$ 80 milhões

Segundo a Polícia Federal, suspeitos atuavam como ‘coaches’. Nas redes sociais, investigados ostentavam uma vida de luxo, com viagens e carros importados, conforme a apuração da polícia.

Operação investiga uma quadrilha de influenciadores suspeita de contrabando

Operação investiga uma quadrilha de influenciadores suspeita de contrabando

Influenciadores digitais são suspeitos de sonegar, em um ano, R$ 80 milhões em impostos e por ensinar a contrabandear eletrônicos do Paraguai. Segundo a Polícia Federal, eles atuavam como “coaches” e ministravam cursos sobre como importar produtos de forma clandestina, sem recolhimento de tributos.

O DE não localizou a defesa dos envolvidos até a última atualização desta reportagem.

Os mandados foram cumpridos na última quinta-feira (28) em Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas. Confira como o esquema funcionava, de acordo com o delegado Djalma Lustosa, da Receita Federal:

– Cobrança pelos cursos: os influenciadores cobravam valores variados pelos cursos, dependendo da duração e do número de aulas.
– Métodos de sonegação: ensinavam formas de importar produtos sem declaração de importação e sem recolher impostos.
– Orientação para evasão: ofereciam instruções detalhadas sobre como evitar a fiscalização e se esquivar das autoridades.
– Produtos contrabandeados: a maioria dos itens importados, especialmente eletrônicos, vinha do Paraguai.
– Uso de criptomoedas: segundo o delegado, criptomoedas eram utilizadas para dificultar o rastreamento financeiro do esquema.

A Polícia Federal informou que os influenciadores de Goiás e Tocantins, se autointitulavam “especialistas” em importação de eletrônicos e, nas redes sociais, ostentavam uma vida de luxo, com viagens e carros importados. Eles são suspeitos de praticar crimes como evasão de divisas, incitação ao crime, lavagem de dinheiro e descaminho.

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BUSCA E APREENSÃO EM GOIÂNIA

Quase 300 policiais federais e 133 servidores da Receita Federal cumpriram mais de 70 mandados de busca e apreensão no Setor Campinas, em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Na manhã de quinta-feira (28), cerca de 300 policiais federais e 133 servidores da Receita Federal cumpriram mais de 70 mandados de busca, apreensão e sequestro de veículos. Em Goiânia, no Setor Campinas, agentes realizaram buscas em várias lojas. Os nomes dos estabelecimentos não foram divulgados pela Polícia Federal, e, por isso, o DE não conseguiu contato para obter posicionamentos até a última atualização desta reportagem.

De acordo com informações da polícia, até as 9h50, a operação havia apreendido mais de R$ 119 mil em espécie. Mercadorias apreendidas nas fases anteriores da investigação somam cerca de R$ 10 milhões.

ATUAÇÃO DO GRUPO

A Receita Federal estima que o prejuízo causado ao erário pelo grupo alcance R$ 80 milhões anuais, decorrentes da sonegação de tributos. As investigações indicam que a organização operava em diversas frentes, incluindo importação clandestina, transporte, armazenamento e comercialização de produtos em Goiânia, Anápolis, Palmas (TO), Manaus (AM) e Confresa (MT).

Segundo a polícia, o grupo contava com uma estrutura organizada, com divisão de tarefas específicas. As empresas envolvidas movimentavam valores milionários, utilizando criptomoedas para transações ilegais e lavagem de dinheiro proveniente das atividades criminosas, conforme apontam as investigações.

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Jihadistas avançam na Síria e chegam a segunda maior cidade; Assad pede ajuda a Putin

Os jihadistas estão avançando na Síria e chegaram à segunda maior cidade, Aleppo, pela primeira vez desde 2016. O grupo THS e facções aliadas retomaram o controle da região, trazendo preocupação e instabilidade. A ação levou o presidente Bashar al-Assad a pedir ajuda a Vladimir Putin, buscando apoio diante do avanço dos terroristas. A situação é alarmante, já que Aleppo é uma cidade estratégica e de grande importância no contexto da guerra civil que assola o país.

A presença dos jihadistas em Aleppo representa um desafio significativo para as forças leais ao governo sírio, que lutam para manter o controle da região. A retomada da cidade pelos terroristas é um revés para Assad, que vê suas forças enfrentando dificuldades diante do avanço inesperado. O reaparecimento do grupo THS em Aleppo após cinco anos é motivo de grande preocupação, não apenas para o governo sírio, mas também para a comunidade internacional, que teme o ressurgimento da violência e do extremismo.

Diante da escalada da violência em Aleppo, o presidente Assad solicitou auxílio urgente a Putin, buscando apoio militar e estratégico para conter o avanço dos jihadistas. A parceria entre os dois líderes é crucial neste momento crítico, já que a presença dos terroristas ameaça a estabilidade da região e coloca em risco a vida de milhares de civis. A intervenção da Rússia, aliada de longa data do governo sírio, pode ser decisiva para conter a ameaça e evitar um cenário ainda mais catastrófico.

A ofensiva dos jihadistas em Aleppo é um sinal alarmante do agravamento da situação na Síria, que enfrenta uma guerra civil devastadora há anos. O retorno do grupo THS e suas facções aliadas à segunda maior cidade do país representa um desafio para as autoridades locais e para a comunidade internacional, que busca uma solução pacífica para o conflito. A pressão sobre Assad aumenta à medida que os terroristas avançam, tornando crucial o apoio de aliados como a Rússia para garantir a segurança e a estabilidade da região.

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