O Ministério Público do Rio Grande do Sul está analisando se o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, violou as medidas cautelares impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) após sua soltura da Penitenciária Estadual de Canoas na quarta-feira, 27 de novembro. Nego Di, réu por estelionato e lavagem de dinheiro, teve sua liberdade provisória concedida, mas está sujeito a várias restrições.
Isso inclui a proibição de frequentar ou usar redes sociais, determinada pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca do STJ. No entanto, após sua soltura, o humorista apareceu em fotos e vídeos postados pelas suas advogadas e pela esposa, Gabriela Sousa, nas redes sociais.
Essas publicações, que incluíam imagens de Nego Di cantando pagode e tocando um instrumento de percussão, foram removidas das redes sociais, mas já geraram investigação do MP. O especialista em Ciências Criminais e professor da PUCRS, Marcos Eberhardt, explicou que a medida cautelar é de natureza pessoal e intransferível.
Se for interpretado que a postagem de terceiros serviu para transmitir uma mensagem ou recado ao público, isso pode implicar em descumprimento da determinação. Caso seja comprovado o descumprimento, Nego Di pode voltar à prisão.
Além da proibição de usar redes sociais, o humorista deve comparecer periodicamente em juízo para justificar suas atividades, não pode mudar de endereço sem autorização judicial, não pode se ausentar da comarca sem prévia comunicação e deve entregar seu passaporte. O MP informou que todas as informações e notícias serão analisadas, e o caso está com a Promotoria de Canoas.