Na noite da última quarta-feira, 27 de novembro, o pastor Leonardo Sale, líder e fundador da Igreja Pentecostal Tempo de Milagres, sofreu uma tentativa de assalto na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. De acordo com o relato do pastor nas redes sociais, dois homens armados em uma moto abordaram seu carro blindado enquanto ele estava parado em um sinal perto da Praça do Pomar.
Um dos assaltantes bateu no vidro do carro com uma pistola, anunciando o crime. Assustado, o pastor acelerou o carro e atropelou um dos suspeitos, que ficou preso debaixo do veículo. A moto dos criminosos pegou fogo no incidente, enquanto outro suspeito conseguiu fugir a pé.
O pastor relatou o incidente em uma postagem nas redes sociais, afirmando: “Gente, eu preciso de socorro, pelo amor de Deus. Acabei de sofrer uma tentativa de assalto, o cara colocou a arma na minha cara aqui. Eu acelerei, passei por cima do cara, que está aqui debaixo. Eu preciso de socorro”.
O Corpo de Bombeiros retirou o homem debaixo do carro e o encaminhou para o Hospital Miguel Couto, no Leblon. O homem, identificado como Marcos Matheus dos Santos Chaves, de 24 anos, já recebeu alta do hospital.
A família de Marcos Matheus nega que ele tenha tentado assaltar o pastor. Segundo a irmã de Marcos, Thalita dos Santos, ele estava trabalhando como mototaxista e não estava envolvido em qualquer atividade criminosa. “Ele estava trabalhando, foi preso injustamente e há testemunhas da hora do acidente que negam a participação dele em uma tentativa de assalto”, afirmou Thalita.
O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), e a Polícia Civil informou que Marcos Matheus foi preso em flagrante por tentativa de roubo circunstanciado, pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo. No entanto, a família de Marcos argumenta que não há provas contra ele e que o pastor deduziu erroneamente a situação.
Na sexta-feira, 29 de novembro, a prisão em flagrante de Marcos Matheus foi convertida em preventiva durante uma audiência de custódia na central de audiências de Benfica. O juiz Bruno Rodrigues Pinto considerou que o relato do pastor era verossímil e que os elementos informados indicavam a prática de um crime de roubo.
O juiz destacou a gravidade do crime, cometido em via pública com emprego de arma de fogo, e decidiu pela conversão da prisão em flagrante para preventiva. A defesa de Marcos Matheus pediu o relaxamento da prisão em flagrante e a concessão de liberdade provisória, mas o pedido foi rejeitado.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) deve apresentar Marcos Matheus para realizar a audiência de custódia assim que ele ingressar no sistema prisional.