Portuguesa do Canindé assina contrato para se tornar SAF e buscar retorno à elite. Investimento de R$1 bilhão transformará estádio e fortalecerá clube.

A Portuguesa, tradicional clube do Canindé, deu um passo importante para a sua transformação ao assinar um contrato que oficializa a mudança para Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Esse movimento representa uma mudança significativa na gestão do clube, que se torna o primeiro da capital paulista a adotar esse modelo de administração. O acordo firmado prevê um investimento volumoso de R$ 1 bilhão, visando não apenas quitar as dívidas da Lusa, mas também transformar o estádio do Canindé em uma moderna arena multiuso e fortalecer o futebol com o objetivo de retornar à elite do Brasileirão até 2029.

Com a assinatura do contrato, que terá validade inicial de 50 anos com possibilidade de prorrogação por mais 50 anos, a SAF passa a deter 80% das ações do clube em troca do vultoso investimento feito. Dentre os investidores estão a Tauá Partners, responsável pela gestão do futebol, a Revee, encarregada da reforma do estádio e posterior gestão da arena, e a XP Investimentos, responsável pela captação dos recursos necessários no mercado. Esse novo modelo de gestão promete trazer uma nova perspectiva para a Portuguesa e alavancar seu potencial esportivo e financeiro.

O processo de transformação da Portuguesa em SAF foi marcado pela rapidez, com a formalização da proposta dos investidores em outubro e a aprovação nos órgãos competentes do clube em poucas semanas. Mesmo com ressalvas do Conselho de Orientação e Fiscalização, o contrato foi ajustado para atender às demandas e garantir a segurança do clube. A assinatura do contrato representa o início de uma nova era para a Lusa, com foco total no desenvolvimento do futebol profissional e na busca por títulos e sucesso esportivo.

Com a temporada de 2025 já se aproximando, a Portuguesa tem pela frente o desafio de formar um elenco competitivo para as competições em que irá participar. O Campeonato Paulista, a Copa do Brasil e a Série D do Brasileirão exigirão preparação e investimento por parte da SAF. Com nomes como Cauan de Almeida e Tadeu Oliveira em conversas avançadas para os cargos de treinador e diretor-executivo, respectivamente, a Lusa busca se reestruturar e alcançar seus objetivos em campo.

O investimento inicial de R$ 12 milhões para a montagem do time principal e as despesas iniciais é apenas o começo, com mais R$ 18 milhões previstos para serem desembolsados nos próximos 180 dias. Com um planejamento a longo prazo e a presença de investidores experientes e comprometidos, a Portuguesa vislumbra um futuro promissor e cheio de conquistas. A transformação da Lusa em SAF marca um novo capítulo na história do clube, que busca se reinventar e alcançar voos mais altos no cenário esportivo nacional.

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Família botafoguense supera perdas da pandemia em jornada emocionante até a final da Libertadores: a história de Tony Maquiné

Botafoguense encara uma jornada emocionante até a final da Libertadores com o objetivo de homenagear os familiares perdidos durante a pandemia. Tony Maquiné, morador de Manaus, fez uma viagem extenuante para chegar até Buenos Aires e apoiar o Botafogo no grande evento. Ele perdeu cinco familiares em 2021, e o amor pelo clube o ajudou a superar dois anos de luto.

Participar da final da Libertadores não é uma tarefa fácil para os torcedores, seja do Atlético-MG ou do Botafogo, que precisam viajar do Brasil até o estádio Monumental de Nuñes, na Argentina. Para muitos, essa é uma missão que exige sacrifícios e determinação. Tony Maquiné, consultor de marketing de 42 anos, deixou sua família em Manaus e enfrentou uma viagem de quatro dias, partindo de avião até o Rio de Janeiro e depois seguindo de ônibus até Buenos Aires. A presença do Botafogo na final permitiu que sua família se reunisse novamente após um período de luto causado pela pandemia.

Em 2021, a família de Maquiné perdeu cinco entes queridos para a Covid-19, o que os deixou em luto até 2023. A boa campanha do Botafogo no Campeonato Brasileiro naquele ano trouxe a esperança e a união de volta, mesmo sem o título. O clube teve o poder de reunir a família em torno da TV para assistir aos jogos juntos, proporcionando momentos de alegria em meio à tristeza.

A tradição de torcer pelo Botafogo atravessa gerações na família de Tony Maquiné, representando muito mais do que apenas uma paixão pelo futebol. Seu avô paterno foi o responsável por introduzir a devoção ao clube, mantendo viva essa identidade de geração em geração. Assistir aos jogos do Botafogo sempre foi um evento especial em sua família, repleto de alegria e emoção.

Desafiando as adversidades, Tony embarcou em uma jornada incerta para chegar à Argentina, sem ingresso para a final ou garantia de como voltará para Manaus. Com determinação e coragem, ele espera poder assistir ao jogo e torcer pelo Botafogo. Através de rifas nas redes sociais, ele buscou apoio financeiro para custear a viagem e tornar possível sua presença nesse momento único.

A paixão pelo Botafogo e o desejo de homenagear os familiares perdidos na pandemia motivaram Tony a enfrentar todos os desafios e incertezas. Sua história é um exemplo de amor incondicional pelo clube e de como o futebol pode unir e fortalecer os laços familiares. Espera-se que sua jornada até a final da Libertadores seja recompensada com momentos de felicidade e, quem sabe, com a vitória do Botafogo.

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