Capivara morre após ser atropelada em Curitiba e espera por atendimento por 14 horas

Capivara morre em Curitiba após ser atropelada e atendida 14 horas depois de moradores chamarem resgate. Moradores encontraram o animal ferido e imóvel em rua próxima ao Parque Tingui, na noite de quinta-feira (28). A capivara se recuperava no Centro de Apoio à Fauna Silvestre da Cidade.

Uma capivara morreu em Curitiba na tarde desta sexta-feira (29) após ser atropelada e atendida 14 horas depois de moradores chamarem o resgate. Eles encontraram o animal ferido e sem o movimento das pernas traseiras na noite de quinta-feira (28), próximo ao Parque Tingui, na região norte da cidade. Depois disso, os moradores contaram à RPC que ligaram para a prefeitura às 20h30. Camila Castanho foi uma das pessoas que notou a situação da capivara e pediu por socorro.

Camila relembrou que os moradores se mobilizaram por uma hora para tentar ligar para outros órgãos, inclusive para o Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS), que informou que o atendimento acontece apenas durante o dia. A capivara só foi resgatada no dia seguinte, perto das 10h, e encaminhada para tratamento no CAFS. Um exame de RX confirmou que ela teve luxação completa de coluna na região torácica, segundo a prefeitura.

O animal não resistiu aos ferimentos e veio à óbito durante a tarde. Sobre a demora no atendimento, a Prefeitura de Curitiba disse que prevê a implantação de um Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Selvagens, com inauguração da primeira unidade de atendimento móvel prevista para o segundo semestre de 2025.

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Cirurgia inédita de redesignação sexual com técnica robótica é realizada em SC: paciente se recupera bem

SC realiza cirurgia inédita no Brasil de redesignação sexual com técnica robótica, diz clínica

Procedimento usado tecido abdominal no canal vaginal. Procedimento foi feito em cinco horas no Hospital Santa Isabel em Blumenau. Paciente se recupera bem.

Uma mulher trans de 31 anos foi submetida a uma cirurgia de redesignação sexual com tecnologia robótica em Santa Catarina. De acordo com a equipe da Transgender Center Brazil, responsável pelo procedimento, este foi o primeiro procedimento com a técnica no país.

A cirurgia foi feita no Hospital Santa Isabel em Blumenau, no Vale do Itajaí, em 10 de dezembro. Na segunda-feira (23), os responsáveis informaram que a paciente, natural de Belo Horizonte (MG) se recuperava bem.

A cirurgia levou mais de 5 horas e a paciente teve alta em três dias, sem dor e sem queixas pós-operatório. A mulher permaneceu em Blumenau para se recuperar e realizar uma avaliação médica.

Segundo o médico José Carlos Martins Junior, um dos responsáveis pelo procedimento, a paciente chegou na clínica com queixa de pouca pele na região genital para o forramento do canal vaginal na operação de redesignação.

Ao se juntar com o cirurgião abdominal Rinaldo Danesi, eles escolheram a técnica peritoneal via robótica, que só havia sido realizada fora do país.

“A cirurgia via robô traz muitas vantagens. Por se tratar de algo delicado, o robô dá mais precisão nos movimentos e a recuperação é muito mais rápida, por ser menos invasivo”, explicou Martins. O médico já fez mais de 2000 cirurgias de transição de gênero, tanto face, quanto genital.

Como funciona a cirurgia: A cirurgia consiste em retirar parte do peritônio, membrana que reveste a parede abdominal, que é bem fina e resistente, e implantá-la na cavidade vaginal.

O resultado final é um ganho de profundidade vaginal, conforme o cirurgião: “A estética permanece a mesma, porém, ela acaba se tornando uma vagina mais profunda”, afirma.

Enquanto a vagina de inversão peniana chega a 15 centímetros, a técnica peritoneal pode chegar de 20 a 22 centímetros, porque o forramento da vagina é mais extenso pelo peritônio. Por isso é usada para quem tem pouca pele, ou já teve complicações em outras cirurgias.

Com a tecnologia do robô, aperfeiçoada nos Estados Unidos, foi possível conciliar as duas ações essenciais da cirurgia: a parte estética e o procedimento abdominal.

“A gente conseguiu fazer a cirurgia quase em conjunto, a parte externa com a parte robótica. O peritônio se mostrou muito propício para esse tipo de cirurgia”, detalhou o cirurgião Rinaldo Danesi.

José Carlos Martins Junior reforça que convênios que já autorizavam o procedimento sem a nova tecnologia devem estender cobertura às cirurgias de redesignação sexual assistidas por robótica, assim como aconteceu com a paciente. Ela teve o procedimento autorizado pela empresa conveniada de saúde.

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