Marcado na pele: Gregore tem o rosto do avô, torcedor apaixonado do Botafogo, tatuado no braço.
Um dos destaques do time na Libertadores, o volante ouvia os jogos do Alvinegro no rádio com Seu Benedicto, seu maior incentivador: “Poder representar o sonho do meu avô é muito especial”.
Aos 18 minutos do 1º tempo – Gol do Botafogo! Gregore marca o primeiro da partida.
Gregore chegou ao Botafogo apenas em fevereiro, mas a relação com o clube carioca vem desde a infância. Nascido e criado em Juiz de Fora, município na Zona Mata de Minas Gerais, o volante teve os primeiros contatos com futebol por meio do rádio, geralmente ouvindo a jogos do Alvinegro com o avô.
Benedicto, avô de Gregore, era torcedor apaixonado do Botafogo. Na época, nem sempre havia acesso a todos os jogos pela televisão, então, foi criada uma tradição entre o jogador, seus irmãos e o avô de ouvir, juntos, todos os jogos em um rádio na casa onde moravam.
O volante deixou o rádio e passou a dar os primeiros chutes de forma séria ainda na infância, chegando na base do São José, no interior de São Paulo. Mesmo longe, Benedicto era um dos que mais o apoiavam para tentar superar as dificuldades.
A importância foi tamanha que Gregore tem o rosto do avô tatuado no braço direito. Vindo do interior paulista, passou pela base do Santos, teve passagem de destaque no Bahia e jogou no Inter Miami até chegar ao Botafogo, clube de coração de Benedicto, que já morreu.
O valor sentimental pelo passado com o avô oferece uma emoção ainda maior a Gregore a menos de 24 horas para a bola rolar para Atlético-MG x Botafogo pela final da Conmebol Libertadores no Monumental.
– Não ia muito nos jogos porque era muito pequeno, mas via muito meu avô no radinho escutando o jogo. Era muito emocionante porque a gente não via o jogo, escutava.