Falta de água no Rio de Janeiro: Moradores sofrem com desabastecimento em várias regiões – Saiba mais!

A falta de água ainda é um problema para parte da população no Centro, zonas Sul e Norte do Rio de Janeiro, além da Baixada Fluminense. Bairros como Flamengo, Lapa, Coelho Neto e o município de Queimados continuam sofrendo com o desabastecimento, que começou na terça-feira passada. A manutenção anual realizada pela Cedae no Sistema Guandu e um reparo emergencial da Águas do Rio contribuíram para a situação, que afetou cerca de 20 bairros na região. Moradores relatam a falta de água há mais de uma semana e a necessidade de recorrer a caminhões-pipa, que chegam a cobrar até dez vezes o valor normal, sem fornecer nota fiscal.

A população afetada não esconde a indignação diante da situação. Moradores do Flamengo, Coelho Neto, Lapa e Queimados compartilham nas redes sociais suas queixas e cobram uma solução urgente para o problema. Um condomínio no Flamengo, com estabelecimentos comerciais no térreo, teve que apelar para a compra de mais de 200 mil litros de água para suprir a demanda dos moradores. A concessionária Águas do Rio havia prometido a normalização do abastecimento em até 72 horas após os reparos, mas o retorno gradativo ainda está em andamento nesta manhã de domingo.

O Sistema Guandu, responsável pelo abastecimento de mais de 10 milhões de pessoas na região, enfrenta desafios para restabelecer o fornecimento adequado de água. Enquanto isso, o Procon Carioca notificou a Águas do Rio na última sexta-feira, devido a possíveis infrações ao Código de Defesa do Consumidor. A concessionária terá 48 horas para apresentar sua defesa e, se a infração for confirmada, poderá receber uma multa. A empresa afirmou que prestará os esclarecimentos necessários ao órgão competente.

A situação de desabastecimento de água coloca em evidência a importância da gestão adequada dos recursos hídricos e a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar problemas recorrentes como esse. Enquanto os moradores das áreas afetadas esperam pela normalização do serviço, resta a incerteza sobre quando poderão contar novamente com o abastecimento regular de água em suas residências. Acompanhe as notícias do Rio de Janeiro e fique por dentro das últimas informações sobre esse e outros acontecimentos na região.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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