“Banda CPM 22 sofre assalto durante deslocamento para show no Rio de Janeiro: episódio reflete preocupante cenário de violência na região”

A banda CPM 22 passou por um susto na noite do último sábado (30) no Rio de Janeiro. Durante o deslocamento para um show na Ilha do Itanhangá, na Barra da Tijuca, o veículo que transportava os integrantes foi alvo de um assalto na Linha Amarela. O crime representa mais um episódio de violência envolvendo roubo de veículos na região, que teve um aumento alarmante de 77% em comparação ao ano anterior, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Apesar do ocorrido, os músicos da CPM 22 estão bem e tranquilizaram os fãs por meio de uma publicação no Instagram.

O roubo do veículo foi registrado na 21ª DP (Bonsucesso), mas detalhes sobre a dinâmica do crime e quais membros da banda estavam presentes na van ainda não foram divulgados. Esse incidente reflete um cenário preocupante de insegurança no Rio de Janeiro, onde o número de roubos de veículos tem aumentado consistentemente. No acumulado de janeiro a outubro de 2024, foram registrados mais de 14 mil casos, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior.

A CPM 22, conhecida por sucessos como “Dias Atrás” e “Um Minuto para o Fim do Mundo”, cancelou a apresentação prevista no evento “Rock na Ilha” após o assalto. Em suas redes sociais, a banda compartilhou a situação com os fãs e agradeceu o apoio recebido de outros artistas, como Caio Cunha, do Raimundos, e Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial. A solidariedade da comunidade musical foi evidenciada nesse momento delicado enfrentado pelos membros da banda.

Os roubos de vans não são um fenômeno isolado no Rio de Janeiro. Em 2024, mais de 150 furgões foram roubados, incluindo veículos que prestam serviços essenciais, como o transporte de pacientes de hospitais do interior para unidades de referência na cidade. A abordagem dos criminosos geralmente envolve armas de fogo e escolta por motocicletas. As autoridades locais, como a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFA) e a Polícia Militar, estão investigando esses casos e intensificando a segurança nas vias expressas.

Diante desse cenário de violência e insegurança, medidas preventivas e eficazes são essenciais para proteger a população e garantir a integridade dos cidadãos e dos artistas. A banda CPM 22 e outros envolvidos no incidente reforçam a importância da solidariedade e do apoio mútuo em momentos de crise. A comunidade artística precisa unir forças para enfrentar os desafios de segurança pública e colaborar na construção de um ambiente mais seguro para todos.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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