Fórum de Mudanças Climáticas terá palestra sobre escassez hídrica

A sessão inaugural do Fórum de Mudanças Climáticas será aberta com palestra magna da secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, com o tema Interseccionalidade entre Clima, Água e BiodiversidadePrimeira reunião do fórum será na próxima quinta-feira, 05, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.

“As mudanças climáticas impuseram a Goiás um severo período de escassez hídrica em 2024, e a tendência é a de que tenhamos que enfrentar o mesmo desafio em anos seguintes. Nada mais apropriado, portanto, que o fórum discuta o assunto em sua primeira reunião”, afirma Milvo Gabriel di Prevedello, titular da Gerência de Mudanças Climáticas e Serviços Ecossistêmicos da Semad.

Após a palestra, será realizada a posse dos membros titulares e suplentes, ainda no período da manhã. À tarde, o colegiado discutirá questões alusivas às câmaras técnicas e coordenações, e haverá uma apresentação sobre a Conferência Estadual do Meio Ambiente (programada para o primeiro semestre de 2025).

Membros do Fórum de Mudanças Climáticas

Em 14 de novembro, a Semad anunciou o resultado da eleição para escolha das instituições da sociedade civil para ocupar as vagas existentes no Fórum. Apenas uma não foi preenchida: a das cooperativas e associações de extrativistas.

Para as vagas das organizações não governamentais (ONGs) registradas no Cadastro de Entidades Ambientalistas de Goiás (Ceamg), foram eleitos:

  • a Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca),
  • o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental (Idesa)
  • e o Instituto Plantadores de Água.

Para as vagas de entidades representativas de comunidades tradicionais quilombolas, foram automaticamente eleitas por serem as duas únicas inscritas:

  • a Associação Quilombo Kalunga (AQK)
  • e a Associação Quilombola Água Limpa.

Para a vaga de entidade representativa de povo indígena de Goiás, foi automaticamente eleita por também ser a única a comparecer na reunião virtual para eleição de representantes: a Associação do Povo Ãwa Goiás.

Para a vaga de representante de cooperativas e associações de agricultores familiares de Goiás, foi automaticamente eleita por ser a única inscrita: a Associação de Mulheres Produtoras Rurais do Assentamento Bom Sucesso (Ampraboms).

Para a vaga de representante de comunidade científica oriundo de instituições privadas de ensino superior com atuação no Estado de Goiás, foi automaticamente eleita por ser a única inscrita: a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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