Vestibular Unicamp 2025: professores listam questões mais difíceis e destacam atualidade no primeiro dia da segunda fase
Exame reuniu 12.040 estudantes neste domingo (1º), com a menor taxa de abstenção em 15 anos.
Reunindo 12.040 estudantes neste domingo (1º), o primeiro dia de provas da segunda fase do Vestibular 2025 da Unicamp foi classificado por professores ouvidos pelo DE como atual e desafiador. Veja, abaixo, as principais questões que fizeram os concorrentes “quebrarem a cabeça”.
Para Wander Azanha, diretor do Curso Pré-Vestibular Oficina do Estudante, o exame foi “muito bem feito” e pediu ao aluno que relacionasse questões e utilizasse o repertório e conhecimento prévios para responder às perguntas.
“Nas provas de língua portuguesa como um todo, questões bastante desafiadoras, onde a elaboração da resposta poderia gerar algum problema para o aluno. Então o aluno teria que responder com bastante tranquilidade e assertividade”, pontuou.
O diretor também destaca uma “armadilha” presente na questão de história sobre a relação do X (ex-Twitter) com o Estado Brasileiro: o vestibulando precisava abordar o cenário Legislativo, e não Judiciário.
“[Se fosse Judiciário] podia envolver, de repente, o Alexandre de Moraes, algo mais ideológico. Colocaram com o Legislativo, com respeito às leis que empresas de fora têm as suas próprias características, têm que respeitar as leis brasileiras. Era por aí que o aluno tinha que responder”, diz.
Para os professores, três questões da prova se destacaram pelo nível de dificuldade. São elas: 1, 9-A, 9-B. A primeira abordou o livro “O Avesso da Pele”, que foi alvo de censura em alguns estados, enquanto a questão 9 uniu conceitos de física e biologia.
O professor de física Giuliano Perina explica que a questão 9, primeira das interdisciplinares, pediu para que os candidatos identificassem quais são as leis de conservação principais que acontecem em um sistema de colisão.
“A leitura dos textos não é desafiadora de maneira geral, mas a compreensão plena dos mesmos requer conhecimento de vocabulário específico das áreas a que se referem”, diz Isac Silva, professor de inglês.
Silvio Sawaya, professor de sociologia e filosofia, destaca uma questão de nível médio sobre René Descartes, combinada com inglês. “Era possível responder apenas com base no texto, mas, se o aluno ou estudante tivesse um conhecimento mais aprofundado sobre Descartes, poderia elaborar uma resposta mais detalhada”, pontua.
Na perspectiva da professora de literatura Jéssica Dorta, “de maneira geral, a prova de língua portuguesa foi composta por questões bastante desafiadoras, principalmente no que diz respeito à elaboração das respostas escritas”.
Por fim, em biologia, a avaliação do professor Fábio Vilar é de que a prova foi “bastante representativa, sempre com questões e abordagens coerentes e de profundidade adequada”.
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