Temporal e ventos causam destelhamentos e deixam 440 mil sem luz no RS; com mais de 50 feridos. Acesse o canal do DE RS no WhatsApp.

Temporal e vento forte causam destelhamentos e deixam 440 mil sem luz no RS;
mais de 50 ficam feridos após queda de cobertura

Conforme a Defesa Civil, 28 municípios relataram algum dano decorrente do
temporal. Em Arroio do Tigre, dezenas de pessoas ficaram feridas após cobertura
de pavilhão ceder.

Chuva forte atinge várias partes do Rio Grande do Sul

O temporal e os ventos fortes que atingiram o Rio Grande do Sul entre a noite de
domingo (1º) e a madrugada de segunda-feira (2) provocaram destelhamentos,
bloquearam vias e interromperam o fornecimento de serviços essenciais. De acordo
com balanço divulgado pelas concessionárias por volta de 8h, 440 mil clientes do
estado estão sem luz.

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Em Arroio do Tigre, dezenas de
pessoas precisaram de atendimento médico após a cobertura de um pavilhão ceder.
O incidente foi registrado no parque municipal de eventos. Todos estão estáveis
e fora de risco.

A maior parte dos pontos sem energia elétrica é da área atendida pela CEEE
Equatorial, com 250 mil clientes afetados. Os principais locais sem
abastecimento são Porto Alegre, Alvorada, Viamão, Sentinela do Sul, Camaquã
e Osório. O total de
consumidores sem luz chegou a 467 mil na noite de ontem, segundo a
concessionária.

Já na área de concessão da RGE, são 190 mil clientes desabastecidos. A empresa
não informou as regiões mais afetadas. O pico de clientes desligados foi às 2h,
quando 279 mil ficaram sem energia elétrica.

As duas empresas afirmam que estão com equipes mobilizadas para restabelecer o
fornecimento de energia.

Conforme a Defesa Civil, 28 municípios relataram algum dano decorrente do
temporal. (Veja lista abaixo)

– Destelhamentos e alagamentos em Porto Alegre

Na capital, a Estação Rodoviária, atingida pela inundação de maio, voltou a
alagar. A água começou a subir pela tubulação por volta das 21h30 e tomou conta
do saguão, onde ficam bares e o espaço de espera para os passageiros.

Alguns estabelecimentos precisaram fechar. Comerciantes elevaram o nível dos
móveis, temendo estragos similares aos da enchente do primeiro semestre. Não
houve cancelamento de viagens.

Conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), há oito
ocorrências abertas em razão do mau tempo. Além disso, nove cruzamentos com
semáforos estão fora de operação devido à falta de energia.

Na Região Sul do estado, os maiores estragos foram registrados em São Lourenço
do Sul. Produtores de tabaco tiveram as plantações atingidas por granizo em algumas
localidades como Sesmaria e Taquaral. As lavouras ficaram destruídas pelas
pedras de gelo com tamanhos semelhantes a um ovo de galinha.

Em Pelotas, a chuva forte em um curto período de tempo deixou diversas ruas com
acúmulo de água. A Avenida 25 de Julho, um dos principais acessos à cidade,
ficou completamente alagada.

Em Bagé, foram
registrados 75 milímetros de chuva nas últimas horas. Devido a grande quantidade
de precipitação, ruas e casas alagaram. A cidade também ficou sem luz em alguns
bairros.

De acordo com o mais recente levantamento divulgado pela Defesa Civil, pelo
menos 50 casas de Carazinho foram danificadas. As rajadas de vento mais intensas
atingiram os bairros São Sebastião e Cantares por volta de 0h.

Parte do telhado de uma empresa de energia solar, às margens da RS-142, foi
destruída pela ventania. Ao menos 15 árvores caíram e 100 pessoas foram
afetadas. Não há registros de pessoas desabrigadas ou desalojadas. Lonas estão
sendo entregues no Corpo de Bombeiros do município.

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Aumento da fome pós-enchentes no RS: Banco de Alimentos como esperança

O aumento de famílias em situação de pobreza no RS após as enchentes surpreendeu a todos, elevando a insegurança alimentar para 18,7% dos lares gaúchos. Uma realidade que emergiu após a tragédia foi a fome, que não era conhecida por muitos antes do desastre. Neste cenário desolador, as doações do Banco de Alimentos tornaram-se essenciais para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade alimentar, oferecendo um raio de esperança em meio ao caos.

O impacto das enchentes continua a prejudicar a população gaúcha, mostrando que os estragos não se limitam aos entulhos e paredes danificadas. A pobreza no estado cresceu 15,4% desde maio, de acordo com dados do governo. A situação das famílias no CadÚnico revela um cenário alarmante, com um aumento significativo no número de famílias em situação de baixa renda, agravando ainda mais a insegurança alimentar nos lares do RS.

A falta de comida está diretamente relacionada à pobreza, tornando a aquisição de alimentos ainda mais desafiadora para aqueles que possuem menos recursos financeiros. A solidariedade tem sido a principal aliada neste momento difícil, com exemplos como o de Erondina Ribeiro Fragoso, uma passadeira aposentada que se vê obrigada a dividir sua casa, agora debaixo d’água, com sua filha, netos e bisnetos.

A história de Clair Mack Germann ilustra bem os desafios enfrentados pelas famílias após as enchentes, que levaram não apenas seus pertences, mas também sua fonte de renda, no caso, seu ateliê de costura. Mesmo diante das adversidades, a solidariedade e as doações de alimentos têm sido fundamentais para que essas famílias consigam reconstruir suas vidas aos poucos.

A prioridade agora é garantir que essas famílias tenham o que comer, mesmo diante das condições precárias em que se encontram. Para muitos, como André Cabeleira da Silva, a comida na mesa depende exclusivamente de doações, já que a enchente impactou diretamente em sua fonte de renda. Doações de alimentos simples fazem toda a diferença para essas famílias, que enfrentam a difícil realidade de não ter comida suficiente para alimentar seus filhos.

A solidariedade e a generosidade daqueles que se dispõem a ajudar são fundamentais para garantir que as famílias atingidas pelas enchentes no RS tenham o mínimo necessário para sobreviver. Em um momento tão desafiador, como o Natal, a solidariedade se torna ainda mais essencial, levando esperança e conforto para aqueles que mais precisam. A gratidão daqueles que recebem essas doações reflete a importância desse gesto de caridade e empatia em tempos difíceis.

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