Aumento de 1363% nas reclamações por ruído em obras particulares de SP

Reclamações por ruído de obras particulares crescem 1363% em um ano, na cidade de SP

Número saltou de 241 reclamações em 2022 para 3.525 no último ano. Em 2024, já foram realizados 3.665 registros.

Muitas pessoas estão enfrentando o desconforto causado por ruídos provenientes de obras particulares na cidade de São Paulo. O número de reclamações disparou de 241 em 2022 para 3.525 no último ano, representando um aumento significativo de 1363%. A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) é responsável por fiscalizar esses tipos de ruído por meio do Programa de Silêncio Urbano, conhecido como PSIU, implementado em 2022.

Neste ano, as reclamações continuam em alta, ultrapassando o total de 2023. Até outubro, já foram feitos 3.665 registros de incômodos causados por barulhos de obras particulares na capital paulista. Moradores como Fabiana Aidar, da Vila Madalena, têm vivenciado constantes ruídos advindos da construção de um prédio nas proximidades do condomínio onde residem. Fabiana relata que os trabalhos ultrapassam os horários permitidos, chegando a gerar barulho até altas horas da madrugada.

A legislação municipal estabelece limites para os ruídos em obras particulares em São Paulo. Em dias úteis, o nível de barulho permitido é de até 85dB entre 7h e 19h, com restrição para 59dB entre 19h e 7h. Aos sábados, o limite é o mesmo até as 14h, quando o ruído deve ser reduzido para 59dB. Nos demais horários, como aos domingos e feriados, o barulho deve ser controlado também a 59dB.

A ausência de retornos por parte da Prefeitura de São Paulo acerca das reclamações dos cidadãos tem ocasionado um aumento na judicialização dos casos, conforme menciona o advogado Enrico Salzano Filho. Aprovações recentes de leis, como a nova Lei de Zoneamento, têm impulsionado empreendimentos na cidade, intensificando os conflitos relacionados ao excesso de ruídos durante a noite.

O crescimento das queixas relacionadas a obras particulares está diretamente ligado ao aumento da construção nesses locais determinados pelo Plano Diretor de 2014, que sofreu revisões no ano passado. O mercado imobiliário tem se adaptado a essas mudanças, concentrando as construções em áreas estratégicas da cidade, próximas a sistemas de transporte público.

Com a sanção de alterações na Lei de Zoneamento em 2024, permitindo a construção de prédios sem limites de altura em zonas residenciais, a tendência é que os níveis de reclamações de ruído continuem a crescer. A cidade de São Paulo está se transformando em um verdadeiro canteiro de obras, devido às novas legislações.

O Programa de Silêncio Urbano (PSIU) da Secretaria Municipal das Subprefeituras tem sido o principal meio de fiscalização dos ruídos provenientes de obras privadas desde a implementação do Decreto 60.581/2021. A população pode registrar suas queixas por meio do Portal 156, do aplicativo SP156 e da central telefônica no número 156. O programa tem sido fundamental para controlar os abusos e garantir o direito ao sossego dos moradores afetados pelo excesso de barulho.

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Chuvas fortes em Campinas levam ao fechamento de parques públicos: estado de atenção e riscos.

Campinas volta a fechar parques públicos por conta das chuvas

De acordo com o governo municipal, o acumulado das últimas 72 horas na cidade ultrapassou os 80 milímetros. Reavaliação será feita neste sábado.

Enxurrada durante chuva causa estragos na Rua Lourival de Almeida, em Campinas

Enxurrada durante chuva causa estragos na Rua Lourival de Almeida, em Campinas

A Prefeitura de Campinas (SP) fechou, nesta sexta-feira (27), todos os parques públicos da metrópole por conta das fortes chuvas dos últimos dias. De acordo com o governo municipal, o acumulado das últimas 72 horas na cidade ultrapassou os 80 milímetros.

A intenção é minimizar os riscos por conta dos temporais. A administração reuniu uma força-tarefa entre a Defesa Civil e secretarias municipais para monitorar eventuais estragos.

A decisão de fechar os parques públicos tem sido comum nos últimos meses e acontece a partir do momento em que a cidade registra 80 milímetros de chuva em 72 horas. A reavaliação será feita neste sábado (28). Em janeiro de 2023, uma criança morreu após a queda de uma árvore na Lagoa do Taquaral.

Campinas, 250 anos: Lagoa do Taquaral é uma das principais áreas de lazer da metrópole e foi eleita uma das maravilhas da cidade — Foto: Fernando Evans/de

Estado de atenção

Campinas está em estado de atenção por conta do alto volume de chuvas e há previsão de tempestades para o fim de semana. A Secretaria de Serviços Públicos afirmou que atua na limpeza e retirada de galhos e árvores que caíram por conta da precipitação.

Nesta sexta, Campinas registrou alagamento de ruas, avenidas e provocou quedas de árvores em Campinas (SP). Não houve registro de feridos. O ponto mais crítico é na Avenida Ruy Rodriguez, que ficou bloqueada, o que gerou congestionamento.

Para onde ligar?

– Ligue 199 para alagamento, inundações e quedas de árvores;
– Ligue 118 para emergências de trânsito;
– Ligue 193 para situação de emergência.

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