Campanha Descarte Inteligente de Medicamentos conscientiza população

“Muitas vezes por falta de informação ou desconhecimento e até de locais adequados, as pessoas acabam jogando esses medicamentos vencidos no lixo doméstico comum, como, por exemplo, no vaso sanitário, ralos e pias”

O medicamento descartado de forma incorreta, no lixo comum ou no vaso sanitário, pode chegar onde menos se imagina: no chão que você pisa, na água que você bebe, no alimento de cada dia, causando sérios danos ao meio ambiente e à sua saúde. Um sério problema ambiental que está tomando proporções cada vez maiores. Desde 1992, a Farmácia Artesanal é pioneira no apoio de causas socioambientais e, em 2011, criou a campanha focada no Descarte Inteligente de Medicamentos. Já foram mais de seis toneladas de medicamentos coletadas nas lojas da rede e todas receberam o destino correto de reciclagem, evitando assim a poluição do solo e lençóis freáticos pelas substâncias nocivas presentes nos remédios.

Por isso, todos os anos novas ações são criadas para conscientizar cada vez mais a população goiana. Em 2015, foi desenvolvida uma réplica de frasco gigante de medicamento que percorreu os parques da capital. No ano seguinte, para impactar o público e despertar ainda mais a consciência ambiental da população, foi fabricado um furacão com seis metros de altura, feito com embalagens de remédios. E em 2018 não poderia ser diferente. Este ano, a Farmácia Artesanal quer bater um novo recorde de recolhimento com a Campanha Descarte Inteligente.

Em virtude da Semana do Meio Ambiente, a empresa realiza, até dia 10 de junho, uma nova ação que busca impactar visualmente os passantes e causar uma reflexão sobre esse grande problema ambiental. Árvores foram embaladas dentro de uma caixa de remédio, em locais estratégicos do Parque Vaca Brava e na Avenida Ricardo Paranhos, em Goiânia. A ação também será replicada em Anápolis. Começou no dia 5 de junho e prossegue até 9 de junho. Lá, alunos de Farmácia, da Faculdade Anhanguera, estão recolhendo os medicamentos no Shopping Parque Brasil.

As caixas trazem o conceito da campanha e o nome do “remédio” (que faz associação entre árvore e nomes comuns para o público) é o Arvotril. A embalagem conta ainda com a frase: Não medique a Natureza. A diretora do Grupo Artesanal, Naiana Tokarski, ressalta que essa campanha é muito importante para a população. “Muitas vezes por falta de informação ou desconhecimento e até de locais adequados, as pessoas acabam jogando esses medicamentos vencidos no lixo doméstico comum, como, por exemplo, no vaso sanitário, ralos e pias”, comenta.

Naiana explica ainda que Goiânia é uma das cidades mais arborizadas do mundo. Mesmo entre avenidas, rotatórias e calçadas, o verde se mantém presente. “Mas com o descarte indevido de medicamentos nossos recursos ambientais vêm sendo cada vez mais impactados. Por conter substâncias químicas, esses medicamentos podem contaminar o solo e a água, oferecem riscos à saúde da população e de animais, mesmo que haja o tratamento de esgoto. O caminho para o medicamento inutilizado ou vencido deve ser a incineração adequada em fornos especiais com temperatura acima de 3.000 graus. É isso o que fazemos com os medicamentos que recolhemos por meio da campanha de descarte inteligente”, conclui a empresária.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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