Ex-governador José Roberto Arruda multado em R$ 1 milhão por dano moral coletivo na ‘Caixa de Pandora’ – Operação de 2009 da corrupção no governo do DF

Arruda recebe multa de R$ 1 milhão por dano moral coletivo em processo da ‘Caixa de Pandora’

Operação investigou esquema de desvio de dinheiro no governo do Distrito
Federal, em 2009. Direitos políticos do ex-governador foram suspensos.

DE ex-governador José Roberto Arruda — Foto: TV Globo/Reprodução

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda foi multado em R$ 1
milhão por dano moral coletivo. A multa, estabelecida em decisão do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), é referente à operação Caixa
de Pandora.

🔎 O escândalo da “Caixa de Pandora” estourou em 2009 e apontou um suposto
esquema de desvio de dinheiro dos contratos do governo do Distrito Federal com
empresas de informática. O dinheiro serviria para pagar propina a integrantes do
governo Arruda e deputados distritais, em troca de apoio político.

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Segundo a decisão do TJDFT, publicada no dia 24 de novembro, a decisão considera
“a gravidade da prática dos atos de corrupção, a repercussão negativa e a
repulsa social”.

> “Os atos ilícitos que vieram à luz com a deflagração da ‘Operação Caixa de
> Pandora’, investigação de repercussão nacional e extremamente negativa, com
> envolvimento de agentes públicos do mais alto escalão da administração e de
> particulares, violaram claramente direitos difusos e coletivos da sociedade do
> Distrito Federal”, diz a decisão do TJDFT.

A defesa de José Roberto Arruda disse que “a decisão se equivocou em considerar
provas que já foram definitivamente anuladas e, portanto, não ostentam nenhum
valor jurídico”. A defesa disse ainda que recorreu ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ).

Em outubro passado, a Fazenda Pública do Distrito Federal condenou o
ex-governador por improbidade administrativa. Pela decisão, Arruda deve pagar por reparação de danos no valor de R$ 152,5 mil
e uma multa civil em igual valor. Além disso, Arruda teve os direitos políticos
suspensos por 12 anos e está proibido de contratar com o poder público.

‘CAIXA DE PANDORA’

Bom Dia DF – operação Caixa de Pandora

O escândalo que ficou conhecido como Caixa de Pandora, ou mensalão do DEM,
envolvia a compra de apoio de deputados distritais na Câmara Legislativa do DF
(CLDF) pelo governo José Roberto Arruda, em 2009.

Naquele ano, a TV Globo revelou imagens do ex-governador José Roberto Arruda
recebendo uma sacola com R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa – que era
secretário de Relações Institucionais do governo e, depois, se transformou no
delator do esquema.

O vídeo foi gravado em 2006, e deu origem às investigações. À época, Arruda
informou que o dinheiro era uma doação para a compra de panetones que seriam
entregues para famílias carentes de Brasília.

O ex-governador chegou a apresentar quatro recibos, declarando o recebimento do
dinheiro “para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal”, de 2004 a 2007.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Arruda forjou e imprimiu os
quatro documentos no mesmo dia, na residência oficial do GDF, em Águas Claras.
Em seguida, os papéis foram rubricados por Durval Barbosa. A impressora foi
apreendida pela Polícia Federal, em 2010, e uma perícia comprovou a fraude.

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Governador, vice e secretário de Economia defendem FCDF em Brasília. Acompanhe as últimas notícias aqui!

Governador, vice e secretário de Economia foram os protagonistas na defesa do FCDF

Ibaneis estabeleceu contato direto com presidentes de partidos como União Brasil, PP, MDB e PL, além de se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a vice-governadora, Celina Leão (PP), e o secretário de Economia, Ney Ferraz Júnior (foto em destaque), desempenharam papéis centrais na defesa do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), responsável por custear a segurança pública e parte da saúde e educação da capital do país.

Ibaneis buscou apoio direto de líderes de partidos como União Brasil, PP, MDB e PL, além de se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, com o intuito de destacar a importância do FCDF para a qualidade de vida da capital, que abriga os Três Poderes e representações diplomáticas, além de possuir uma população de 2,8 milhões de habitantes.

A proposta do governo federal de reajustar o FCDF anualmente de acordo com a inflação, ao invés da receita corrente líquida, foi vetada pelos deputados federais. Essa medida vigora há 21 anos e, caso alterada, representaria uma perda de R$ 12 bilhões em 15 anos, impactando serviços essenciais e impossibilitando aumentos salariais para servidores.

O secretário de Economia do DE alertou que a mudança proposta acarretaria em prejuízos significativos, comprometendo áreas essenciais. Celina Leão e Ney Ferraz estiveram na Câmara dos Deputados para mobilizar parlamentares contra a proposta do governo federal, com a vice-governadora acompanhando a votação que ocorreu na noite de quinta-feira (19/12).

Após a votação que resultou na rejeição da tentativa de alterar o fundo, o secretário de Economia do DE enfatizou a importância da união de políticos, empresários e população nessa luta em prol da qualidade de vida da capital da República. A mensagem foi clara: continuar investindo de forma eficiente para melhorar cada vez mais a vida dos habitantes da DE.

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