Justiça condena caminhoneiro por morte de 8 pacientes de Pato Bragado que
viajavam para fazer exames
Ele fugiu sem prestar socorro após bater em ônibus na PRC-467, em Marechal
Cândido Rondon. O acidente foi em maio de 2022 no Paraná.
Caminhoneiro é condenado por acidente em 2022
Foi condenado pela Justiça o motorista do caminhão que bateu em um ônibus,
levando à morte de oito pessoas. O acidente ocorreu em maio de 2022
no distrito de Iguiporã, na PRC-467, em Marechal Cândido Rondon, região oeste
do Paraná.
O ônibus transportava pacientes atendidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Pato
Bragado para realizar exames em Toledo, quando foi atingido
pelo caminhão carregado com milho. Segundo a acusação, o motorista Cleber Moreira de Souza dirigia o caminhão em
velocidade incompatível, fugindo do local do acidente sem prestar socorro ou
acionar as autoridades.
O motorista foi condenado por homicídio culposo de oito vítimas
e lesão corporal grave de 13 pessoas. Além disso, também foi condenado pelo crime de fraude processual, por trocar o
cronotacógrafo do caminhão. A soma das penas foi determinada em seis
anos, 11 meses e 23 dias de detenção de prisão em regime semiaberto. Souza
teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por sete meses e
23 dias, e terá que indenizar as famílias das vítimas com pelo menos R$ 15 mil
cada.
Segundo o Ministério Público, as famílias poderão buscar reparação completa dos danos causados pelo acidente através de ações cíveis a partir da sentença. A defesa de Cleber Moreira de Souza afirmou que irá recorrer da decisão.
Cleber Moreira de Souza foi preso pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) no município de Mercedes, localizado a 20
quilômetros do local do acidente. Segundo a PRE, após o acidente, ele descarregou a carga de milho e carregou o veículo com pedras,
levando a suspeitas de irregularidades.
Em depoimento à polícia, Souza afirmou não ter percebido que havia batido no ônibus e que acreditava ter raspado apenas em um caminhão de
porcos. O motorista disse que não voltou para prestar socorro porque não achou que tinha atingido gravemente o ônibus. Ele afirmou que se tivesse a intenção de fugir, teria tomado outro rumo.