Tsunami meteorológico destrói ponte, muros e árvores em SC: morador relata ‘onda que veio do nada’

‘Onda veio do nada’, diz morador sobre tsunami meteorológico que derrubou muros e árvores em praia de SC

A situação foi acompanhada por uma tempestade e ventos fortes em Jaguaruna. O morador relata ‘ronco do mar’.

Tsunami meteorológico destrói ponte, derruba muros e árvores, e atinge casas em SC

O morador Luis Reis presenciou o tsunami meteorológico em Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina. O fenômeno destruiu uma ponte, derrubou muros e árvores e atingiu casas na madrugada desta segunda-feira (2).

Ele relatou como tudo ocorreu. “Eu estava na sacada, estava tendo uma chuva de raios em alto-mar, um fenômeno que já aconteceu outras vezes aqui. E até então tudo normal, mar recuado. ‘De repente essa onda veio, ela veio do nada. Eu comecei a filmar porque eu escutei o ronco do mar. Começou um barulho muito forte, um ronco, que eu disse ‘cara, alguma coisa está acontecendo'”.

Luis Reis filmou o tsunami meteorológico em Jaguaruna. O fenômeno foi confirmado pela Defesa Civil do estado, que o classificou como raro e difícil de prever. Felizmente, ninguém se feriu.

Nas imagens divulgadas pela Defesa Civil municipal, é possível ver a água invadindo imóveis na Praia do Arroio Corrente. Outros bairros também foram atingidos. A moradora Márcia de Roche teve os vidros da casa destruídos pela força da água. “Realmente é bastante sujeira, porque realmente eu acho que veio com um pouco de força, né? Então rompeu os vidros, que é o mais perigoso”, disse. Agora é limpar o espaço e realmente deixar tudo pronto para recomeçar de novo”, completou.

O tsunami meteorológico é um fenômeno climático que ocorre quando nuvens carregadas e fortes ventos avançam rapidamente sobre o mar e formam uma grande onda que chega até a praia. A estação maregráfica de Balneário Rincão, cidade vizinha, registrou aumento da maré de 1 metro em um curto intervalo de tempo, associado ao evento. A prefeitura está fazendo um levantamento dos danos e prejuízos. No bairro Esplanada, uma ponte de madeira que fica perto da praia foi destruída e árvores foram arrastadas, além de muros que caíram. A água também entrou em casas.

O tsunami meteorológico também causou estragos nos bairros Campo Bom e Arroio Corrente. Segundo Maicon Goulart Laurean, da Defesa Civil, o fenômeno pode ter atingido entre 10 a 15 quilômetros, especialmente em áreas onde não há dunas e vegetação de restinga para frear a água: “Teve diversas residências que a água do mar entrou. Muro de casa, vidro, só não teve dano humano, mas prejuízo econômico teve bastante”, explicou.

Com 20 mil moradores, Jaguaruna está a 57 quilômetros de Criciúma, principal cidade do Sul catarinense, e a 163 quilômetros de Florianópolis, capital de Santa Catarina.

Santa Catarina está em alerta para a ocorrência de temporais com intensas rajadas de vento e eventual queda de granizo nesta segunda. A situação ocorre por conta de instabilidades associadas a uma frente fria que avança pelo estado.

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Corpo encontrado em mata não é de casal desaparecido em SC: investigação continua

Corpo é encontrado em área de mata durante buscas por casal desaparecido há 38 dias em SC

A Polícia Civil afirmou que o corpo encontrado enterrado na tarde de quarta-feira (18) em São José, na região da Grande Florianópolis, não pertence ao casal Valter Agostinho de Faria Junior e Araceli Cristina Zanella, desaparecido há 38 dias. Devido ao estado avançado de decomposição da vítima, os investigadores acreditam que se trata de outra pessoa, morta aproximadamente há um ano.

As buscas pelo casal desaparecido foram realizadas em uma área de mata no bairro Pedregal, após denúncias que indicavam a possível localização de Valter e Araceli, que têm 62 e 46 anos, respectivamente, e sumiram em 11 de novembro. A polícia suspeita que ambos foram assassinados durante uma discussão relacionada ao aluguel. Como resultado, seis pessoas foram detidas.

A Polícia Científica apoiou os trabalhos no local do corpo encontrado, realizando a perícia e recolhendo os restos mortais para posterior identificação. A Polícia Civil irá investigar as circunstâncias da morte da pessoa encontrada na área de mata em São José.

As investigações sobre o desaparecimento do casal seguem em andamento, envolvendo crimes de sequestro, roubo e estelionato. Segundo as autoridades, Valter e Araceli residiam em Biguaçu, cidade vizinha a São José, e teriam sido mantidos em cativeiro e assassinados no mesmo dia em que desapareceram.

O casal, formado por Araceli Zanella e Valter Agostinho, estava junto há cerca de cinco anos. Araceli mudou-se para Biguaçu após conhecer Valter e juntos administravam um estabelecimento comercial que encerrou as atividades um mês antes do crime. Familiares relatam que o casal estava prestes a se mudar para uma propriedade na praia em Governador Celso Ramos, cerca de 30 quilômetros de distância da sua cidade de residência, pois Valter planejava se aposentar.

A investigação sobre o desaparecimento e morte do casal Valter Agostinho e Araceli Cristina continua, com a polícia não fornecendo detalhes sobre os suspeitos detidos e sua relação com as vítimas. O delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, destacou a falta de colaboração por parte dos presos e a ausência de confissões sobre o crime.

As ações da polícia de São José e a Polícia Civil de Santa Catarina visam esclarecer os eventos que resultaram no desaparecimento do casal e na morte da pessoa encontrada durante as buscas. A colaboração da população e a condução detalhada das investigações são fundamentais para a elucidação dos fatos.

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