Um tsunami meteorológico atinge o litoral catarinense: o que se sabe até agora

O litoral catarinense foi atingido por um tipo de tsunami raro, conhecido como tsunami meteorológico. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o fenômeno é difícil de prever e ocorreu pelo segundo ano consecutivo em Santa Catarina. O evento incomum foi registrado na região costeira de Jaguaruna, onde as águas subiram repentinamente um metro, conforme capturado por câmeras de segurança.

O tsunami meteorológico ocorreu por volta da 1h da manhã, cobrindo uma extensa área de terra. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul ressalta que esse tipo de fenômeno é raro e imprevisível. Diferentemente de ressacas ou agitações marítimas, o tsunami meteorológico não é indicado por modelos de mar agitado ou maré alta. No momento do evento, uma intensa Linha de Instabilidade estava presente no Litoral Sul, alinhando-se com o avanço do mar, caracterizando assim o fenômeno.

De acordo com a Defesa Civil, as Linhas de Instabilidade são formadas pela união de tempestades alinhadas no mar. Quando essas linhas passam paralelamente à costa, podem causar mudanças bruscas na pressão atmosférica e rajadas de vento forte, resultando no avanço da água em direção à praia. A interação entre as Linhas de Instabilidade e as águas do mar aumenta a altura da onda, podendo atingir vários metros em poucos minutos ao se aproximar da costa.

Esse fenômeno repentino e incomum pode gerar ressacas e inundações costeiras, cuja extensão depende da topografia da praia e da presença de dunas. No ano passado, um tsunami do mesmo tipo atingiu o município de Laguna, também em Santa Catarina. A ocorrência desse evento reforça a importância da vigilância e monitoramento das condições meteorológicas em regiões costeiras, a fim de prevenir danos e proteger a população.

As autoridades alertam para a necessidade de compreender e estar preparado para eventos climáticos extremos, como o tsunami meteorológico. A população costeira deve ficar atenta aos avisos e orientações da Defesa Civil e demais órgãos competentes, visando a segurança e a preservação do patrimônio. Eventos como esse reforçam a importância da prevenção e do planejamento para lidar com fenômenos naturais inesperados que possam impactar as comunidades litorâneas.

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Construtora de fachada lavou R$10 mi em casa humilde de Samambaia: operação da PCDF desmantela esquema criminoso

Construtora de fachada que lavou R$ 10 mi é casa humilde em Samambaia

A Rhael Construção e Serviços faturou a quantia milionária mas, na verdade, o
endereço abriga uma casa de aparência humilde, em Samambaia.

Construtoras, fintechs e firmas de pagamentos e administração são alguns dos
ramos de atuação das empresas fantasmas utilizadas para lavar milhões faturados
com o tráfico de cocaína e maconha pela organização criminosa,
alvo de operação da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil
do Distrito Federal, nesta quinta-feira (19/12).

De acordo com as investigações, uma das empresas de fachada era a Rhael
Construção e Serviços. Aparente com dezenas de clientes e um faturamento
milionário, a empresa viu entrar em seus cofres a quantia de R$ 200 milhões,
contabilizados entre 1º de janeiro de 2022 e 16 de abril deste ano. No entanto,
no endereço da empresa, existe apenas uma sala vazia, em um centro empresarial
erguido em São Paulo.

Uma segunda empresa fantasma, que ainda não teve o nome divulgado pela polícia,
segue o mesmo modelo de negócio mas embolsou uma fortuna um pouco menor, R$ 10
milhões. A curiosidade é que a firma fica em uma casa humilde localizada em
Samambaia.

Além da Rhael, o bando ainda lavava dinheiro em outras empresas, todas sediadas
em áreas nobres de São Paulo, como a Avenida Paulista. Todas são salas
supostamente de coworking, onde esporadicamente o espaço é alugado para reuniões
por grupos empresariais.

A GWIIIN Processadora de Pagamentos nunca prestou qualquer tipo de serviço na
área a que se propõe. No entanto, ela recebeu em seus cofres R$ 66,5 milhões no
mesmo período em que a Rhael faturou os R$ 200 milhões.

Milionário, o esquema que despejava centenas de quilos de cocaína nas regiões
administrativas da capital da república foi desmantelado pela PCDF, nas
primeiras horas desta quinta-feira (19/12). As investigações da operação
Oleandro — espécie de planta tóxica que pode levar à parada cardíaca e à morte
caso seja ingerida — mapearam a ação de um grupo estruturado e com funções bem
definidas que transportava grandes quantidade de cocaína em meio a carregamentos
de flores colhidas na cidade paulista de Holambra.

Com a participação de cerca de 200 policiais, a ação cumpre 23 mandados de
prisão temporária e 46 de busca e apreensão, sendo 12 em Ceilândia, seis em
Samambaia, um no Guará , dois em Águas Claras, quatro em Taguatinga, três no
Gama, 10 em São Paulo, cinco em Foz do Iguaçu (PR), dois em Valparaiso e um em
Goiânia (GO).

Além das prisões temporárias e mandados de busca e apreensão, os policiais
pediram o bloqueio de 20 contas bancárias até o limite de R$ 10 milhões. Já
quanto às pessoas jurídicas usadas para lavar o dinheiro, o valor a ser
bloqueado terá como limite o montante de R$ 100 milhões.

A apuração da Cord identificou que o traficante que lidera o esquema mora em um
condomínio de casas na Ponte alta, no Gama. A mulher dele, que atua como
operadora financeira da organização criminosa, também foi detida.

A estrutura criminosa ainda conta com pelo menos três empresas de fachada
criadas para lavar o dinheiro do tráfico. Todas ficam em São Paulo.

O motorista, funcionário de uma floricultura do DF — a empresa não tem nenhuma
ligação com o tráfico de drogas — aproveitava as viagens até São Paulo para
buscar flores e misturava os carregamentos de drogas entre os ramos de plantas a
fim de despistar a fiscalização nas rodovias.

Quando chegava ao DF, a droga era rapidamente pulverizada entre uma série de
pequenos traficantes que se encarregavam de vender a cocaína e a maconha no
varejo. O motorista costumava receber R$ 1 mil quando buscava a carga na cidade
paulista e recebia outros R$ 3 mil quando chegava com sucesso ao destino, no DF.

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