O litoral catarinense foi atingido por um tipo de tsunami raro, conhecido como tsunami meteorológico. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o fenômeno é difícil de prever e ocorreu pelo segundo ano consecutivo em Santa Catarina. O evento incomum foi registrado na região costeira de Jaguaruna, onde as águas subiram repentinamente um metro, conforme capturado por câmeras de segurança.
O tsunami meteorológico ocorreu por volta da 1h da manhã, cobrindo uma extensa área de terra. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul ressalta que esse tipo de fenômeno é raro e imprevisível. Diferentemente de ressacas ou agitações marítimas, o tsunami meteorológico não é indicado por modelos de mar agitado ou maré alta. No momento do evento, uma intensa Linha de Instabilidade estava presente no Litoral Sul, alinhando-se com o avanço do mar, caracterizando assim o fenômeno.
De acordo com a Defesa Civil, as Linhas de Instabilidade são formadas pela união de tempestades alinhadas no mar. Quando essas linhas passam paralelamente à costa, podem causar mudanças bruscas na pressão atmosférica e rajadas de vento forte, resultando no avanço da água em direção à praia. A interação entre as Linhas de Instabilidade e as águas do mar aumenta a altura da onda, podendo atingir vários metros em poucos minutos ao se aproximar da costa.
Esse fenômeno repentino e incomum pode gerar ressacas e inundações costeiras, cuja extensão depende da topografia da praia e da presença de dunas. No ano passado, um tsunami do mesmo tipo atingiu o município de Laguna, também em Santa Catarina. A ocorrência desse evento reforça a importância da vigilância e monitoramento das condições meteorológicas em regiões costeiras, a fim de prevenir danos e proteger a população.
As autoridades alertam para a necessidade de compreender e estar preparado para eventos climáticos extremos, como o tsunami meteorológico. A população costeira deve ficar atenta aos avisos e orientações da Defesa Civil e demais órgãos competentes, visando a segurança e a preservação do patrimônio. Eventos como esse reforçam a importância da prevenção e do planejamento para lidar com fenômenos naturais inesperados que possam impactar as comunidades litorâneas.