Casal acusado de tentativa de homicídio tem julgamento suspenso

A Justiça suspendeu o julgamento do recurso do Ministério Público do Amazonas (MPAM) para levar o casal Raimundo Nonato Machado e Jussana Machado a julgamento popular. A sessão virtual, prevista para esta segunda-feira (2), foi adiada. Em agosto de 2023, o advogado Ygor de Menezes Colares, de 35 anos, foi baleado na panturrilha esquerda por Jussana Machado durante uma briga em um condomínio de Manaus. Raimundo Nonato Machado, então investigador da Polícia Civil, entregou a arma utilizada no crime.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu suspender o julgamento do recurso do MP após a presidente da sessão, desembargadora Mirza Telma Cunha, propor a reforma parcial da decisão que excluía os réus do júri popular. O relator deve se manifestar na próxima sessão, marcada para o dia 9 de dezembro. Em maio deste ano, o processo foi transferido do Tribunal do Júri para uma Vara Criminal Comum de Manaus.

O juiz Mauro Antony, da 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, se declarou incompetente para julgar o caso, alegando que os réus não cometeram crimes passíveis de júri popular. A defesa da babá agredida e do advogado baleado lamentou a decisão e informou que recorreria da sentença, alegando que o crime não deveria ser tratado como uma simples briga de vizinhos.

Com a decisão do juiz, o caso foi encaminhado para uma Vara Criminal Comum da Comarca de Manaus. O advogado escreveu em sua decisão a remessa dos autos conforme o artigo 419 do CPP, determinando que os réus sejam julgados por um juiz competente. As câmeras de segurança do condomínio registraram o momento da briga entre a babá, a esposa do policial civil e o advogado, que acabou sendo baleado após tentar apartar a confusão. A babá agredida relatou viver um trauma e se recuperar com medicamentos.

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Investigação aponta intoxicação alimentar em morte de cavalos no Amazonas: 22 equinos já foram vítimas, suspeitas de feno contaminado.

Ao menos 22 cavalos perderam a vida no Amazonas desde 1º de janeiro, apresentando sintomas semelhantes que levantaram suspeitas de intoxicação alimentar por feno contaminado. A investigação teve início após a morte de dez cavalos na capital entre sábado (4) e segunda-feira (9). A mãe do dono dos animais relatou as mortes atribuídas à intoxicação em um haras em Manaus.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou o ocorrido na manhã de quinta-feira (9), apontando para a possível causa das mortes como sendo a intoxicação alimentar. Os casos foram registrados no Haras da Nilton Lins e em uma chácara no bairro Tarumã, ambas em Manaus, além de duas mortes em Presidente Figueiredo. Outros cavalos doentes também foram reportados, mas sem divulgação da quantidade.

Guilherme Torres, delegado adjunto da PC-AM, destacou a possibilidade de intoxicação decorrente do fornecimento de alimentação por uma empresa não identificada. A investigação envolveu a verificação das condições de produção, armazenamento e distribuição do feno, além da realização de necropsias nos animais e análise do alimento suspeito em busca de substâncias tóxicas.

As ações em curso incluem a realização de perícia nos locais das mortes, a notificação e oitiva dos proprietários dos animais e demais responsáveis pelos haras, além da análise minuciosa dos pontos de fornecimento da alimentação. A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo e a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas seguem no esforço conjunto de investigação.

Donos de cavalos do Haras da Nilton Lins foram impactados pelas mortes e doenças dos animais, com casos de rápido emagrecimento e falta de apetite. Medidas de tratamento com soro foram adotadas, mas a morte de mais seis equinos foi registrada até terça-feira (7). A Universidade Nilton Lins, responsável pelo haras, afirmou agir rapidamente ao identificar os sintomas nos animais, visando proteger o restante e controlar a situação.

Os relatos de enterros irregulares dos cavalos mortos no terreno do Haras Nilton Lins causaram revolta entre os donos, que denunciaram a falta de critérios sanitários. Imagens mostram os animais sendo deixados em covas no local. As investigações seguem para esclarecer os fatos e responsabilidades diante da trágica situação envolvendo a morte de cavalos em Manaus.

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