Um ex-soldado, investigado por aplicar um golpe milionário contra um grupo de pelo menos 20 pessoas, usava um Porsche Carrera 911 Turbo S para atrair investidores. Ele comprou o veículo em dez prestações de R$ 230 mil, mas só pagou as cinco primeiras parcelas. Djair Oliveira de Araújo, ex-policial da PMERJ, ostentava um estilo de vida incompatível com sua função e atraía investidores com promessas de altos ganhos no mercado financeiro.
O ex-militar financiou o superesportivo Porsche em 10 prestações, mas vendeu o veículo após pagar apenas metade das parcelas. Mesmo vendendo o carro por R$ 1,6 milhão, Djair ainda teve que desembolsar R$ 210 mil para consertos. Com a dedução das prestações atrasadas, ele recebeu apenas R$ 240 mil. O ex-policial chegou a ter um luxuoso escritório no Recreio dos Bandeirantes para suas operações financeiras.
A ostentação do ex-militar servia como chamariz para atrair investidores, incluindo colegas da polícia e profissionais liberais. Ele se apresentava como CEO da empresa Dektos e prometia altos lucros diários no mercado financeiro. Djair até se aproximou de policiais do Bope, usando o emblema da “faca na caveira” em vídeos motivacionais nas redes sociais para criar uma imagem de credibilidade.
Pelo menos 20 pessoas perderam grandes quantias ao investir na empresa de Djair. Ele afirmava garantir 5% de juros sobre os valores investidos, sem riscos nas operações financeiras. Um ex-policial militar depositou R$ 330 mil na empresa do ex-soldado, enquanto um engenheiro civil perdeu R$ 595 mil. Ambos foram atraídos pelas promessas de rendimentos expressivos, mas acabaram com prejuízos significativos.
Djair afirmou que a acusação de golpe é infundada e que sua empresa continua operando normalmente, apesar do procedimento investigatório em andamento. Ele defendeu-se dizendo que os acusadores eram funcionários seus e receberam valores equivalentes ou superiores ao que investiram na empresa. O ex-militar alegou que sua empresa não captava recursos indiscriminadamente e que a maioria dos investidores eram funcionários ou parentes.
Apesar das acusações, Djair se mantém firme, afirmando que os investidores que o acusam estão tentando usar o judiciário para coagi-lo. Ele ressaltou que sua empresa segue pagando normalmente a outras pessoas e que as acusações de golpe milionário não são verdadeiras. Alega que as pessoas estão tentando receber valores acima do que é devido e que está aguardando a decisão da justiça. Djair está confiante em sua defesa e alega que a empresa continua ativa, trabalhando com a venda de sistemas e infoprodutos.