Ataque em bar de Belford Roxo: polícia investiga ligação entre música e assassinato

A polícia está investigando se os homens mortos em Belford Roxo foram atacados devido ao som alto ou por conta de uma música que fazia alusão ao tráfico de drogas. O incidente aconteceu em frente a um bar local, onde quatro homens foram assassinados e um continua internado. As autoridades acreditam que o bar tenha sido alvo de milicianos no bairro Xavantes, controlado por grupos criminosos na região da Baixada Fluminense.

De acordo com informações da Delegacia de Homicídios, a canção sendo cantada pelos frequentadores do bar mencionava um traficante conhecido na área, o que levanta a suspeita de que o ataque possa ter sido motivado por essa referência. No entanto, outra hipótese em análise é a de que os milicianos atacaram devido ao som alto vindo do estabelecimento. As famílias das vítimas afirmam que os homens eram trabalhadores sem qualquer envolvimento com atividades criminosas.

O ataque ocorreu logo após a vitória do Botafogo na Libertadores, vitória essa que estava sendo celebrada pelos frequentadores do bar. Carlos Augusto Soares Batista, um dos homens mortos no incidente, era pintor e motorista de aplicativo, presente no local para comemorar com os amigos. Sua filha, Emily Gomes Soares, lamentou a perda do pai de forma brutal e injusta, expressando o desejo de tê-lo de volta.

Além de Carlos, foram identificados como vítimas Douglas de Moura Costa, Robert de Paula Teixeira e Leandro Marciano Azevedo. Familiares de Leandro relataram que ele acordava todos os dias antes das 4h da manhã para trabalhar em um mercado na Zona Sul do Rio e estava aproveitando seu único domingo de folga no mês no bar atacado em Belford Roxo. A comunidade local está chocada com a violência do incidente e pede por justiça às autoridades.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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