Augusto Melo vence batalha, mas segue pressionado no Corinthians: novo desafio marcado

Augusto Melo vence batalha, mas segue pressionado no Corinthians e já tem novo desafio marcado

Presidente ainda convive com ameaça de impeachment e precisará de apoio no Conselho Deliberativo para aprovar orçamento em reunião na próxima segunda-feira

Augusto Melo ganha apoio de torcedores no Corinthians em dia tenso no Parque São Jorge [https://s04.video.glbimg.com/x240/13151643.jpg]

Augusto Melo obteve importante vitória na última segunda-feira, ao conseguir suspender a reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians que votaria o impeachment dele da presidência [https://ge.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2024/12/02/liminar-da-justica-suspende-reuniao-em-que-seria-votado-impeachment-do-presidente-do-corinthians.ghtml] do clube. Porém, o cartola sabe que, embora tenha conquistado essa batalha, a guerra política está longe do fim.

Com mandato até o fim de 2026, Augusto Melo seguirá lidando com o fantasma da destituição. O processo que seria julgado na última segunda-feira não foi encerrado, apenas interrompido. A tendência é de que membros da oposição também recorram à Justiça para derrubar a liminar que suspendeu a reunião.

Em paralelo, o presidente do Corinthians pode encarar outro processo de impeachment, aberto no último fim de semana a pedido do Conselho de Orientação (CORI). O órgão reprovou as contas da gestão de Augusto Melo no segundo trimestre deste ano, se queixou de falta de documentos e recomendou a destituição do dirigente – o caso agora é analisado pela Comissão de Ética e Disciplina.

O próximo grande desafio político da diretoria corintiana já tem data para acontecer. Na próxima segunda-feira será analisado e votado pelo Conselho Deliberativo o orçamento para 2025. A reunião é vista como um termômetro da força política de Augusto Melo no momento.

Nas últimas semanas, com o risco de ser retirado do cargo, o presidente intensificou as articulações no Parque São Jorge. Apesar de ter perdido capital político desde o início de seu mandato, em janeiro, Augusto ainda tem apoios importantes entre conselheiros e, principalmente, entre os associados.

Vale lembrar que, mesmo que o Conselho aprove o afastamento do presidente, a decisão precisa ser referendada pelos sócios do clube.

Apoiado por Augusto Melo em sua eleição à presidência do Conselho, no início deste ano, Romeu Tuma Júnior passou a ser encarado como um opositor. Além de dar prosseguimento ao processo de impeachment, Tuma vem cobrando esclarecimentos e documentos, além de criar comissões para fiscalizar a direção.

– Uma coisa é certa: Ninguém mais pode acusar o Conselho do Corinthians de omisso – disse o presidente do Conselho na noite de segunda-feira.

Por parte da diretoria alvinegra há uma tentativa de jogar água na fervura política, sob o argumento de que tais movimentos podem atrapalhar o rendimento da equipe em campo.

– O que importa é o jogo do Bahia, amanhã (terça-feira) começar a discutir o plano de pagamentos do Regime Centralizado de Execuções. Precisamos salvar o Corinthians, unir os corintianos e é nosso objetivo é esse neste momento – declarou Vinicius Cascone, que já foi secretário geral da gestão de Augusto Melo e atualmente é diretor jurídico.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Conselho reprova orçamento do Avaí para 2025; ajustes necessários

Conselho do Avaí reprova orçamento para 2025; veja valores

A diretoria do Avaí terá que fazer ajustes no orçamento para a temporada de 2025 após o conselho deliberativo reprovar as contas em uma reunião [https://de.globoesporte.globo.com/sc/futebol/times/avai/]. Inicialmente, o orçamento proposto previa uma arrecadação de quase R$ 54 milhões e gastos de R$ 101 milhões.

Durante a reunião, os pontos mais discutidos e que levaram à reprovação do orçamento por 39 votos a 11 foram o fluxo de caixa, receitas e despesas administrativas. Bernardo Pessi, presidente do conselho deliberativo do Avaí, afirmou que a decisão é resultado de um debate cuidadoso e reflete a opinião da maioria dos conselheiros presentes.

Com a reprovação do orçamento, entra em vigor o orçamento aprovado para a temporada anterior (2024), com o reajuste da taxa selic. Em 2024, os custos foram de R$ 95 milhões, enquanto a receita ficou em R$ 38 milhões.

Segundo o presidente do Avaí, Júlio Heerdt, o estatuto do clube prevê que, na ausência de um orçamento aprovado, o do ano anterior com correções deve ser adotado. Dessa forma, a diretoria já possui um orçamento para 2025 e se compromete a manter as obrigações financeiras em dia.

O conselho do Avaí, considerado atuante e democrático, representa diversas correntes políticas do clube. O orçamento apresentado pela diretoria tem como premissas fundamentais a montagem de um elenco competitivo, o pagamento das obrigações da Recuperação Judicial e da Transação Tributária, além da responsabilidade financeira de quitar todas as obrigações do ano.

Mesmo com o orçamento anterior e os ajustes da selic, o conselho solicitou à diretoria que apresente novos ajustes nos valores, que serão votados no início da próxima temporada. O Avaí segue buscando equilíbrio financeiro e cumprindo suas obrigações para garantir a estabilidade do clube a longo prazo.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp