Quase 30 anos após a ocorrência do crime, um homem foi finalmente condenado à prisão pelo assassinato de uma mulher no estado do Maranhão. O triste episódio ocorreu em 12 de setembro de 1995, na cidade de Porto Franco. Segundo a denúncia contra José Dioclécio da Silva, ele desferiu diversas facadas em Maria Edilene Carneiro, resultando em sua morte imediata.
O Tribunal do Júri do Maranhão emitiu a sentença de oito anos de prisão para José Dioclécio da Silva pelo assassinato de Maria Edilene Carneiro Araújo no povoado Campestre, em Porto Franco, situado a 720 km da capital São Luís. A decisão foi anunciada na terça-feira (3), quase três décadas após o terrível crime ter sido cometido.
Conforme a sentença, José da Silva cumprirá a pena em regime semiaberto na Unidade Prisional de Ressocialização de Porto Franco. A denúncia contra o acusado ressalta que ele agiu de maneira traiçoeira, desferindo sete facadas na vítima nas regiões do pescoço, peito esquerdo, costela esquerda, rim esquerdo e aparelho genital, causando sua morte instantânea.
Após o crime, o réu fugiu para um local desconhecido, o que resultou na suspensão do processo por vários anos. Em junho de 2023, José foi localizado pela Polícia Civil e teve o mandado de prisão cumprido. Ele foi condenado pelo crime de homicídio, uma vez que na época dos acontecimentos não existia legislação específica para o feminicídio e a lei penal vigente não podia retroagir em detrimento do réu.
A condenação de José Dioclécio da Silva por um crime tão hediondo reforça a importância da justiça e serve como um lembrete de que crimes dessa natureza não são tolerados pela sociedade. A demora na resolução do caso ilustra a dedicação das autoridades em garantir que os responsáveis sejam responsabilizados, independentemente do tempo que tenha transcorrido desde a ocorrência do crime. A condenação também traz um certo alívio para os familiares da vítima, que podem finalmente ver um pouco de justiça sendo feita.