“Doca, líder da Tropa do Urso: o criminoso mais procurado do Rio de Janeiro”

A Doca, conhecido também como Urso, é um dos criminosos mais procurados pela polícia do Rio de Janeiro. Com 54 anos de idade, ele é apontado como o chefe da Tropa do Urso, uma facção criminosa responsável por diversas invasões em favelas nos últimos três anos. Sua atuação em crimes graves inclui o tráfico de drogas e a ordenação de mortes de comparsas e desafetos, como no caso dos meninos de Belford Roxo e dos médicos na orla da Barra da Tijuca.

A megaoperação realizada na Penha teve como objetivo capturar traficantes ligados ao Comando Vermelho, sendo Doca o principal alvo. O criminoso é conhecido por sua violência e controle sobre a região onde atua, chegando a comandar a Tropa do Urso em ações concretas de invasão e domínio territorial. Sua influência se estendeu por 40 favelas nos últimos anos, tornando-o uma figura central no cenário criminal da cidade.

O caso dos meninos de Belford Roxo é um dos mais emblemáticos envolvendo Doca, que é acusado de ter ordenado as mortes dos garotos desaparecidos na região. As investigações apontam que ele teria sido o responsável por eliminar os autores do crime, sem que seus corpos fossem localizados. Além disso, o traficante também é acusado de ter condenado à morte os bandidos que erroneamente assassinaram três médicos na Barra da Tijuca.

Outra situação que chama a atenção é a tentativa de sequestro de um piloto de helicóptero, em que Doca ordenou o rapto com o intuito de resgatar presos. O piloto conseguiu escapar realizando manobras arriscadas sobre um batalhão da polícia, evitando uma tragédia ainda maior. A polícia investiga seus movimentos durante a pandemia de Covid-19 em 2020, suspeitando que ele tenha retornado à Vila Cruzeiro nesse período.

Edgar Alves de Andrade construiu uma reputação de violência e controle nas comunidades cariocas, sendo um dos chefes do Comando Vermelho com atuação na Vila Cruzeiro. Sua liderança na Tropa do Urso demonstra a capacidade de influenciar outros criminosos e executar ações de grande impacto. A busca por Doca e seus comparsas segue intensa, com a polícia empenhada em desarticular sua organização criminosa e trazer segurança para a população da região.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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