Cirurgiãs do Reino Unido criam técnica inovadora para recuperar músculos danificados por câncer

Cirurgiãs criam técnica para recuperar músculos danificados por câncer

Médicas do Reino Unido aperfeiçoaram técnica para recuperar musculatura de pacientes afetados por cânceres agressivos

Cirurgiãs plásticas britânicas criaram uma nova técnica para reverter danos na musculatura do braço de pacientes que tiveram câncer.

O procedimento será apresentado no congresso anual de cirurgiões plásticos britânicos (Bapras), a ser realizado de quarta a sexta-feira (4 a 6/12) no país. Segundo o material adiantado à imprensa, a técnica desenvolvida pelas médicas Giulia Colavitti e Rachel Clancy foi capaz de reconstruir a capacidade de flexionar o braço em pacientes que tinham esse movimento comprometido.

A pesquisa das duas aprofundou e sistematizou investigações iniciadas em 2022, que se inspiraram em cirurgias realizadas em pacientes com queimaduras graves.

O procedimento das médicas é destinado a pacientes que tiveram câncer nos ossos do braço e foram obrigados a cortar os bíceps para a retirada dos tumores. Na maioria das vezes, quando isso acontece, eles perdem a capacidade de flexionar os braços e acabam tendo dificuldades para realizar tarefas básicas.

COMO É FEITA A TÉCNICA?

A técnica desenvolvida pelas cirurgiãs inglesas retira fibras musculares do grande dorsal, uma musculatura que cobre a maior parte das costas, e as utiliza para a reconstrução da músculo do braço. Essas fibras são amarradas à musculatura perdida do bíceps, voltando a juntar os tecidos que haviam sido cortados.

O novo bíceps não tem a força do músculo original, mas permite a retomada da movimentação, o que dá ao paciente a possibilidade de voltar a comer sozinho, por exemplo. A preocupação principal é salvar a vida do paciente, mas isso levava a procedimentos que tiravam a independência dele. Agora temos a opção de fazer uma restauração que permita ao paciente voltar a cuidar de si mesmo, celebrou o cirurgião Mani Ragbir, presidente da Bapras, em comunicado à imprensa.

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Ponte da Morte: Empresa sancionada recebeu milhões do governo

O governo federal destinou milhões à ponte que desabou e causou a morte de oito pessoas. A empresa encarregada da manutenção da “ponte da morte” recebeu vultosos repasses do governo federal e, atualmente, está proibida de firmar contratos. A empresa Matera Engenharia, contratada por R$ 3,6 milhões para manter a ponte, foi alvo de sanção pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ligado ao Ministério dos Transportes, devido a irregularidades em contratos para conservar a rodovia federal onde ocorreu a tragédia.

Atualmente, a empresa Matera Engenharia, com sede no Rio Grande do Norte, está impedida de celebrar contratos com a União até 27/01/2025, abrangendo todos os poderes ligados ao órgão sancionador. A penalidade foi imposta dias antes do desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins, que resultou na queda de diversos veículos. O fundamento legal para a sanção é o artigo 7 da “Lei do Pregão”, que estabelece que quem não cumprir com as obrigações contratuais ficará impedido de contratar com órgãos públicos.

Representantes do Ministério dos Transportes afirmam que a Matera Engenharia teve um contrato específico para a manutenção da ponte em questão, que incluiu serviços como limpeza, substituição de juntas de dilatação, entre outros. O contrato foi firmado no âmbito do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (Proarte), responsável por gerenciar serviços de manutenção em grandes obras como pontes, viadutos e túneis em áreas federais.

A empresa Matera Engenharia já recebeu R$ 276 milhões em contratos com o governo federal, sendo R$ 140 milhões já pagos. Além disso, obteve R$ 1,3 milhão em emendas parlamentares, parte proveniente do orçamento secreto. O restante veio de emendas de comissão e de bancada. A polêmica em torno dessas emendas está sob investigação do STF e da PF, com bloqueio de recursos determinado pelo ministro Flávio Dino. O acidente na ponte entre TO e MA resultou em oito mortes e nove desaparecidos.

O Corpo de Bombeiros do Tocantins confirmou as oito mortes decorrentes do desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck, que ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). As vítimas foram encontradas a 35 metros de profundidade no Rio Tocantins, juntamente com veículos submersos. Após o acidente, foram anunciados investimentos de R$ 100 a R$ 150 milhões para reconstruir a estrutura, com previsão de conclusão em 2025. O episódio colocou em evidência a importância da fiscalização e transparência nos contratos firmados com empresas para a manutenção de infraestruturas essenciais.

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