26,5 mil pessoas de baixa renda de Piracicaba têm dificuldades de acesso a
alimentos saudáveis
Além disso, 8,3 mil têm facilidade para encontrar ultraprocessados, que são de
baixa qualidade nutricional, segundo estudo com apoio de pesquisadores da
Esalq/USP.
26,5 mil têm dificuldades de acesso a alimentos saudáveis em Piracicaba
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26,5 mil têm dificuldades de acesso a alimentos saudáveis em Piracicaba
Um mapeamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com
apoio de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(Esalq/USP), aponta que 26,5 mil pessoas de baixa renda de Piracicaba
[https://de.globo.com/sp/piracicaba-regiao/cidade/piracicaba/] têm dificuldades
de acesso a alimentos saudáveis.
Além disso, 8,3 mil têm facilidade para encontrar ultraprocessados, que são de
baixa qualidade nutricional.
No bairro Bosques do Lenheiro, periferia da cidade, a fiscal de ônibus Elisama
Cordeiro Vieira, que prepara as refeições para os dois filhos e marido, relata
que a dificuldade para ter os alimentos mais saudáveis na mesa é financeira.
> “Porque os preços estão altos. O pessoal da comunidade compra muita salsicha,
> muito hambúrguer, quando pega promoção de batata frita, porque é muito caro, e
> até mesmo leite. As crianças muitas das vezes não têm também. Até eu que
> trabalho, às vezes, chego ao final do mês, acaba tudo, né? Imagine quem não
> trabalha e mora na comunidade igual nós aqui”, lamenta.
Comunidade em Piracicaba — Foto: Reprodução/ EPTV
‘OLHAR ONDE ESTÁ A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA’
Pesquisador do grupo de políticas públicas da Esalq, Rodrigo Fernando Maule diz
que nunca houve um trabalho desse tipo com nível tão grande de detalhamento, e
isso pode ajudar governos e a sociedade.
> “A ideia é que o gestor possa olhar onde está a população de baixa renda e os
> mais vulneráveis que têm problemas de questões de segurança alimentar. E que
> ele possa trazer equipamentos, outras soluções que possam ajudar a mitigar
> esse problema da segurança alimentar e nutricional da população”, aponta.
O mapeamento resultou em uma plataforma, chamada Alimenta Cidades. Ela foi
desenvolvida justamente para apoiar a ação pública no combate à insegurança
alimentar. Para acessar a plataforma é só entrar no site do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome [https://www.gov.br/mds/pt-br].
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