Joyce Moreno e Ivan Lins brilham no Festival Estilo Brasil DF

Com projeção internacional, Joyce Moreno traz grandes sucessos ao DF

Cantora carioca abre a última noite do Festival “Estilo Brasil”, que também terá Ivan Lins no palco do Ulysses Centro de Convenções

Conhecida por composições com abordagem feminina, quase sempre escritas na primeira pessoa e virtuosismo no violão, a carioca Joyce Moreno é uma das atrações do último dia do Festival “Estilo Brasil” no próximo sábado (14/12). Ela abre a noite no Ulysses Centro de Convenções, às 21h30, antecipando o último destaque do evento: Ivan Lins.

“Ivan é um amigo e parceiro muito querido. Certamente haverá surpresas nessa apresentação”, garante Joyce ao DE.

No Festival “Estilo Brasil”, a artista promete cantar grandes sucessos da carreira, músicas que marcaram uma época como Feminina, Essa Mulher, Clareana, “mas também novidades e alguns clássicos”, antecipa.

Primeiros Passos

Joyce Moreno entrou pela primeira vez num estúdio em 1964, então com 16 anos, convidada pelo músico e produtor Roberto Menescal, que já passou pelo “Estilo Brasil”. “Eu tive a sorte de lançar a Joyce, num trabalho que eu tinha que fazer para Minas e pensei em colocar uma artista nova, tinha acabado de conhecê-la”, lembra Menescal, também em conversa com o DE.

Em 1967, como classificada do segundo Festival Internacional da Canção, causou frisson e muito burburinho ao cantar a música de própria autoria, Me Disseram, cujos versos iniciais “Já me disseram que meu homem não me ama”, incomodou os hipócritas de plantão.

Um ano depois, em 1968, já no primeiro disco, contou com apoio de peso. Com texto de apresentação na contracapa assinado por Vinicius de Moraes, além de cinco músicas dele, o álbum trazia ainda seis trabalhos então inéditos de autores amigos, tão iniciantes quanto ela: Marcos Valle, Francis Hime, Jards Macalé, os mineiros Toninho Horta e Ronaldo Bastos, além de Paulinho da Viola, que também cantou no Festival “Estilo Brasil”.

“Acho que fiz e faço parte de uma geração privilegiada, que vem da grande tradição da música brasileira no século 20. Somos filhos e filhas da Bossa Nova e netos dos compositores dos anos 1930”, observa a artista, que pensou em seguir carreira de jornalista e foi aprendiz de Fernando Gabeira. “Fui estagiária no Caderno B do Jornal do Brasil aos 19 anos, aprendi muito ali. Os melhores da imprensa carioca estavam lá, foi uma grande escola”, lembra.

Carreira Internacional

Com cerca de 400 músicas escritas, a artista teve algumas das composições nas vozes de grandes intérpretes da nossa música. Entre tantos talentos destacam-se Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Edu Lobo, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Joanna, Nana Caymmi, Zizi Possi e Simone.

Em 1980, ganhou projeção nacional com o elogiado álbum “Feminina”. Sucesso de venda, o disco contou com dois hits. Além da faixa-título, outro destaque seria a faixa Clareana, escrita para as filhas.

Com tanto sucesso, não demorou muito e logo Joyce Moreno iniciaria uma bem-sucedida carreira internacional, com a realização constante de turnês mundiais e gravações no exterior. Com passagens frequentes pela Europa, Estados Unidos e Canadá, além da Ásia. Inclusive, é queridíssima na terra do Sol Nascente, o Japão, onde já se apresentou com Ivan Lins.

Prepare-se para shows únicos

Ao todo, o Festival “Estilo Brasil” terá, até 14 de dezembro, várias atrações que, em formatos que vão de voos solos a parcerias, passearão por diversos gêneros: da MPB ao samba, do rap à bossa nova, flertando com o jazz, o pop rock e o hip hop. Artistas de peso como Ana Carolina, Paulinho da Viola, Xamã, Stacey Kent, Danilo Caymmi e Poesia Acústica já deram o ar da graça no palco do Ulysses Centro de Convenções.

Com o oferecimento do Banco do Brasil Estilo, patrocínio de Ourocard Visa, Banco do Brasil e Governo Federal, o projeto é realizado pelo DE e conta com a produção da Oh! Artes.

Programação:

Silva (abertura com Anelis Assumpção)
Turnê: Encantado
7 de dezembro

Ivan Lins (abertura Joyce Moreno)
14 de dezembro

FESTIVAL ESTILO BRASIL

Local: Ulysses Centro de Convenções
Data: até 14 de dezembro
Ingressos: Bilheteria Digital
(cliente Banco do Brasil Visa têm 60% de desconto)
Clientes têm direito a adquirir até quatro (4) entradas por CPF (em qualquer categoria)

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Gilmar Mendes refuta tese de Bolsonaro no inquérito do golpe: Entenda os detalhes

Gilmar Mendes afasta principal tese de Bolsonaro no inquérito do golpe

Em entrevista à coluna, Gilmar Mendes rejeitou tese que vem sendo usada por Jair
Bolsonaro para se defender no chamado inquérito do golpe

Ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes refutou a principal
tese usada por Bolsonaro para se defender no chamado “inquérito do golpe”. Em entrevista à coluna, o
magistrado sustentou que o planejamento de um golpe de Estado configura crime mesmo que os envolvidos não tenham pego em armas para tentar viabilizá-lo.

“Há a ideia de que, em princípio, atos preparatórios nada têm a ver com a eventual prática de crime. Só que, nesses casos de crimes contra o Estado de Direito e crimes contra a própria democracia, normalmente nós falamos de atos preparatórios que já são criminalizados. Até porque se o crime é bem sucedido,
ele se complementa. Na verdade, nós não vamos ter mais o Estado de Direito.
Aquela situação que era ilícita passa ser lícita. Nós vamos ter uma nova ordem.
Então é preciso entender isto nesse contexto”, afirmou Gilmar Mendes.

“E as coisas foram muito além de atos puramente preparatórios, como se fossem
atos cerebrinos. A gente pode pensar assim: ‘Poxa, que vontade de dar um tiro em
alguém’. Fiquei no livre pensar. Mas não era disso que se tratava”, prosseguiu o
ministro.

“Quando há dinheiro entregue para kids pretos, se isto ocorreu de fato; se
pessoas foram monitoradas para eventualmente serem presas ou eliminadas; [se há]
documentos e atos. As pessoas estavam nos prédios acompanhando. Nós temos
bastante concretude nessas medidas. ‘Ah, por que não realizou?’ Por que desistiu
ou porque foram aconselhados… Tudo isso é extremamente grave e será devidamente
examinado”, disse. O ministro citou as investigações da Polícia Federal (PF):

“O relatório tem mais de 800 páginas. Nós vemos atos muito mais concretos.
Quando se trata por exemplo de falar do assassinato do presidente da República
eleito, do vice-presidente eleito, do assassinato de um ministro do Supremo. São
coisas de extrema gravidade. E não eram pessoas que estavam lá no Acre fazendo
um exercício lítero-poético-recreativo. Eram pessoas que estavam com dinheiro,
estavam com carros, estavam se deslocando, monitorando essas pessoas.”

“A investigação é bastante consistente. Acha documentos impressos em impressoras
do Palácio do Planalto, comunicações entre essas pessoas, envolvimento dessas
pessoas. E todos tinham cargos públicos. Então tudo isto é bastante sério”,
continuou.

LEIA TAMBÉM

* Paulo Cappelli

BOLSONARO APOSTA EM TOFFOLI, NUNES E MENDONÇA PARA PODER DISPUTAR 2026

* Paulo Cappelli

FLÁVIO BOLSONARO SE MANIFESTA APÓS SER CITADO COMO NOME À PRESIDÊNCIA

* Paulo Cappelli

BOULOS: ATO QUE TORNOU CAIADO INELEGÍVEL DIFERE DO PRATICADO POR LULA

* Paulo Cappelli

EDUARDO BOLSONARO: “CAMINHO DO TARCÍSIO EM 2026 É A REELEIÇÃO EM SP”

Após a operação da Polícia Federal que antecedeu o indiciamento do
ex-presidente, em 19/11, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) argumentou: “Por
mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E, para haver
uma tentativa, é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação
alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”.

Gilmar Mendes: documentos foram impressos em impressoras do Planalto

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp