Presidente do Corinthians garante esforço para segurar Yuri Alberto em 2025: “A multa dele é alta”

Augusto Melo promete esforço para segurar Yuri Alberto no Corinthians: “A multa
dele é alta”

Presidente comenta processo de impeachment e diz que “política suja” atrapalha o
clube

Corinthians 3 x 0 Bahia | Melhores Momentos | 37ª Rodada | Brasileirão 2024
[https://s04.video.glbimg.com/x240/13155391.jpg]

Corinthians 3 x 0 Bahia | Melhores Momentos | 37ª Rodada | Brasileirão 2024

A grande fase vivida por Yuri Alberto, artilheiro do Brasil em 2024, com 30 gols
[https://ge.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2024/12/03/yuri-alberto-chega-a-30-gols-pelo-corinthians-em-2024-iguala-pedro-e-vira-artilheiro-do-brasil.ghtml],
faz com que o centroavante atraia os holofotes de clubes do exterior, ameaçando
a permanência dele no Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] em 2025.

Porém, o presidente Augusto Melo tenta tranquilizar a torcida do Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] e promete esforço
para manter o camisa 9 na próxima temporada.

– Yuri Alberto é jogador do Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/], fiquem tranquilos,
não tem nada, nunca chegou nada. No que depender de mim ele vai ficar. Ele tem
as vontades dele, mas tem muita coisa para cumprir aqui, o torcedor do
Corinthians [https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] pode
ficar tranquilo, o que eu puder fazer para ele ficar eu vou fazer, até porque a
multa dele é alta – declarou o dirigente, após a vitória por 3 a 0 sobre o Bahia
[https://ge.globo.com/sp/futebol/brasileirao-serie-a/jogo/03-12-2024/corinthians-bahia.ghtml].

Mais notícias do Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/]:
+ Diretoria alvinegra anuncia permanência de Ramón Díaz em 2025
[https://ge.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2024/12/03/corinthians-anuncia-permanencia-de-ramon-diaz-para-2025.ghtml]+
“Ainda tenho muito a dar para este clube”, diz Memphis
[https://ge.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2024/12/03/memphis-celebra-noite-magica-do-corinthians-e-diz-ainda-tenho-muito-a-dar-para-este-clube.ghtml]

Yuri Alberto comemora o segundo gol do Corinthians contra o Bahia — Foto: Marcos Ribolli

O centroavante tem contrato com o Timão até o fim de 2027, e a multa rescisória
dele para clubes do exterior é de 80 milhões de euros (cerca de R$ 507 milhões).

Augusto Melo também falou sobre o processo de impeachment enfrentado por ele. Na
última segunda-feira, o cartola obteve uma liminar da Justiça e conseguiu, em
cima da hora, suspender a reunião na qual seria votada a destituição dele.

– Eu quero falar de planejamento, coisa que o Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] nunca teve. Essa
política, que tanto atrapalha a instituição, só atrapalha o Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/]. Eu estou preocupado
em pagar as pessoas que têm a receber da gente. Atletas que passaram aqui,
funcionários… nosso foco é pagar todo mundo e equacionar nossa dívida. Por
isso o Corinthians [https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/]
está mudando de patamar. O que nos atrapalha de buscar grandes receitas é essa
política suja, que tem que acabar. Se todos são corintianos, têm que pensar no
Corinthians [https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/]. Hoje
temos um Conselho responsável, que pensa na instituição, eles sabem o que vão
fazer. Deus me colocou aqui, só Ele me tira daqui – afirmou Augusto.

Augusto Melo, presidente do Corinthians, chega para o duelo contra o
Bahia — Foto: Marcos Ribolli

Outro tema abordado pelo cartola foi a permanência do técnico Ramón Díaz no
comando da equipe no ano que vem:

– Ele sabe o que é o Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/]. Não é só o jogador
que leva um tempo para tirar peso, se adaptar, é assim também com treinador, foi
assim comigo. Por mais que eu conheça o Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/], a gente leva um
tempo para aprender as coisas. A gente tem erros e corrige, se tem coisa errada
a gente vai consertar. O Ramón é uma prova viva disso, entendeu o Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/], hoje ele conhece,
já tem um grupo fechado e forte. O Ramón é nosso técnico para 2025.

O Timão fecha a temporada no domingo, em duelo contra o Grêmio, em Porto Alegre.

Careca | A Voz da Torcida

🎧 Ouça o podcast ge Corinthians🎧
[https://interativos.ge.globo.com/podcasts/programa/ge-corinthians/episodio/ge-corinthians-375-os-melhores-e-os-piores-do-ano/]

+ Assista: tudo sobre o Corinthians
[https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/] na Globo, sportv e
ge

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Por que a derrota do Botafogo no Catar deveria preocupar todo o futebol brasileiro? E o que isso revela sobre os problemas estruturais do esporte no país? Saiba mais aqui.

Todo o futebol brasileiro deveria se preocupar com a derrota do Botafogo no Catar. É natural que a rivalidade faça com que torcedores rivais se divirtam com derrotas como a que o Botafogo sofreu diante do Pachuca. Mas analisando mais profundamente o que aconteceu no Catar, ou mesmo nos dias e semanas prévios à viagem alvinegra para a Copa Intercontinental, o mais adequado seria dizer que qualquer torcedor brasileiro deveria se preocupar. Porque a maratona que contribuiu para que o Botafogo sucumbisse contra os mexicanos, em breve pode vitimar qualquer outro clube do país. A derrota escancara alguns dos mais graves problemas estruturais do futebol brasileiro.

Foi impossível olhar para o jogo e não pensar no calendário nacional. Se o Pachuca era um adversário pouco habitual de um clube brasileiro, a maratona a que times do país são submetidos antes de jogar algumas partidas de futebol não é. E o alvinegro foi a vítima da vez: a final da Libertadores, o jogo decisivo com o Internacional, o título brasileiro contra o São Paulo há três dias, as 15 horas de viagem, as noites mal dormidas, o fuso horário… Nada disso combina com uma preparação desejável para competir em alto nível.

O impacto do desgaste se revelou mais na forma como o Botafogo sucumbiu do que propriamente no fato de um time brasileiro não avançar numa competição com os campeões de outros continentes. Porque aí entra outro ponto importante a analisar. Este tipo de torneio, com formato similar ao que a Fifa adotava em seu Mundial de Clubes até o ano passado, termina por nos confrontar com uma dura realidade: os melhores times da América do Sul estão muito mais próximos dos campeões dos demais continentes do que dos campeões europeus.

Então, assistir a uma eliminação do vencedor da Libertadores diante de um representante das Américas do Norte ou Central, ou mesmo contra um asiático ou africano, já não deveria chocar. Desde 2012, quando o Corinthians bateu o Chelsea no último título mundial da América do Sul, os campeões da Libertadores não chegaram à final contra o Europeu em seis edições, ou seja, exatamente a metade das disputas desde então.

O fato é que, se a globalização concentra riqueza na Europa, tira do Brasil as grandes estrelas e aproxima as forças na periferia, também é verdade que o calendário brasileiro não ajuda os clubes daqui para enfrentamentos cada vez mais parelhos. Já é possível prever novos problemas em 2025. O calendário do ano que vem, desta vez discutido com os clubes, tem avanços. Antecipar para março o início do Brasileiro e empurrar parte dos Estaduais para o período da pré-temporada são acertos. No entanto, são as melhores e mais criativas soluções possíveis dentro de uma estrutura política que segue impondo as 16 datas dos Estaduais e um total de quase 80 compromissos às equipes brasileiras mais bem-sucedidas. Na quarta-feira, em Doha, um Botafogo com 75 jogos no ano enfrentava um Pachuca que fazia sua 49ª partida em 2024.

A necessidade de encaixar tantos jogos já criou um período delicado para junho de 2025, às vésperas do novo Mundial de Clubes, nos EUA. Há uma Data-Fifa inconveniente, marcada pela entidade internacional, terminando no dia 10, com um Brasil x Paraguai pelas eliminatórias. No dia 12, uma quinta-feira, há uma rodada do Campeonato Brasileiro e, três dias mais tarde, Botafogo e Palmeiras estreiam no Mundial. Ou seja, será preciso remanejar jogos da rodada do Brasileiro para uma Data-Fifa, ou submeter estes clubes a uma maratona similar à que fez o Botafogo: jogar no Brasil, fazer uma longa viagem e entrar em campo com pouquíssimo descanso para estrear no Mundial.

O novo torneio impõe outro risco, assumido em conjunto por CBF e clubes: há rodada do Brasileirão marcada para o dia da final do Mundial de Clubes. Ou seja, se um clube do país conseguir o feito de chegar à decisão, terá que adiar seu jogo pelo campeonato nacional. Para que o calendário tenha um recesso no meio do ano, durante o Mundial da Fifa, o Brasileirão terá que avançar até o dia 21 de dezembro – uma estrutura que a CBF pretende manter pelas próximas temporadas. Óbvio que é melhor parar o futebol doméstico durante os torneios internacionais de meio de ano. No entanto, como se joga um número absurdo de partidas no Brasil, outros problemas se criam. A Copa Intercontinental de 2025, caso aconteça, irá coincidir com algumas das seis rodadas do Campeonato Brasileiro previstas para dezembro.

A derrota para o Pachuca encerra uma grande temporada do Botafogo, a maior da história do clube. O alvinegro, além de oferecer ao país o melhor futebol jogado neste ano, também nos deu motivos para refletir. O futebol brasileiro precisa partir de vez para uma reforma estrutural. É possível obter avanços no calendário, mas o mundo ideal só será alcançado quando CBF e clubes romperem com uma estrutura política arcaica que sustenta Estaduais longos e impõe uma maratona desumana a times e jogadores. Isto se o futebol brasileiro quiser ajudar seus clubes a serem mais competitivos no cenário de um futebol global cada vez mais competitivo.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp