Mãe e padrasto de menina que ‘morreu de tanto apanhar’ são condenados a 36 e 41 anos de prisão em SC
O caso envolvendo a morte trágica de Isabelly de Freitas, uma criança de apenas 3 anos, chocou a população de Santa Catarina. Após nove meses de investigações, o júri do casal responsável pelo crime começou na terça-feira e durou cerca de 17 horas, com o resultado sendo divulgado nas primeiras horas desta quarta-feira.
Segundo as informações apuradas, a mãe e o padrasto de Isabelly foram condenados por homicídio qualificado, com a mulher recebendo uma pena de 36 anos e 11 meses de reclusão, enquanto o homem foi sentenciado a 41 anos e nove meses de prisão. O Ministério Público de Santa Catarina destacou que o padrasto recebeu uma sentença mais severa devido ao fato de já estar cumprindo pena em regime aberto.
Dentre as qualificadoras do crime, foram destacadas a crueldade do ato, o motivo torpe e o recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, o casal ainda foi condenado por comunicação falsa de crime e ocultação de cadáver, agravados pelo fato de Isabelly ser menor de 14 anos e ter parentesco com os acusados.
O crime ocorreu em 4 de março deste ano na residência da família em Indaial, no Vale do Itajaí. A menina teria sido agredida até a morte pelo padrasto e pela mãe após se recusar a comer e demonstrar sinais de choro. Após o ocorrido, o corpo de Isabelly foi colocado em uma mala e enterrado em uma área de mata na cidade.
Para tentar despistar as autoridades, o casal chegou a forjar um sequestro da menina, mas foram flagrados por câmeras abandonando a mala usada para transportar o corpo. A polícia, que já investigava os suspeitos por maus-tratos, os prendeu em 6 de março. Na residência, além do casal e da vítima, viviam ainda o irmão menor de Isabelly e um missionário de igreja.
Este triste episódio evidencia a brutalidade e violência que muitas crianças enfrentam em seus próprios lares. A justiça sendo feita traz um pequeno alívio em meio à dor e indignação causadas por este terrível crime. É fundamental lembrar da importância da denúncia de casos de violência infantil e do apoio às vítimas, para que tragédias como essa não se repitam.