Construtoras são investigadas por cartel em contratos públicos pela CGU e Cade: entenda a operação conjunta.

Construtoras estão sendo investigadas por formação de cartel em contratos da DE. O suposto cartel teria sido realizado em contratos firmados com o Dnit e a DE. A operação está sendo realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A ação de busca e apreensão autorizada pela Justiça Federal tem como alvo construtoras suspeitas de práticas anticompetitivas em contratos públicos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (DE). Mais de 70 servidores foram mobilizados para dar suporte à operação.

Os mandados estão sendo cumpridos nas sedes e filiais das construtoras em cinco estados diferentes. O objetivo da operação é coletar elementos que possam subsidiar investigações em andamento sobre práticas prejudiciais à livre concorrência e aos interesses da administração pública, como a formação de cartel. A CGU ressalta que a medida está respaldada pelo artigo 13 da Lei nº 12.529/2011, que regula as competências do Cade em defesa econômica.

Esta é a primeira vez que a CGU e o Cade realizam uma operação conjunta desse tipo, com base em uma decisão judicial que autorizou a participação da CGU para fortalecer as ações. A cooperação entre os órgãos busca dar maior efetividade às investigações e evitar práticas anticompetitivas que possam prejudicar o mercado e os interesses da administração pública.

A investigação em andamento busca apurar a conduta das construtoras e suas possíveis violações às leis de defesa econômica. Práticas como cartel podem resultar em penalidades graves e afetar a integridade do mercado e a concorrência justa. A transparência e a diligência na apuração dessas infrações são fundamentais para garantir um ambiente de negócios saudável e pautado pela ética.

É essencial que órgãos como a CGU e o Cade atuem de forma proativa na identificação e punição de práticas lesivas à concorrência e à administração pública. A busca por integridade no ambiente de negócios é fundamental para garantir um mercado justo e que beneficie a sociedade como um todo, combatendo a corrupção e as práticas anticompetitivas. A cooperação entre os órgãos é um passo importante nesse sentido.

O combate ao cartel e a outras práticas anticompetitivas é uma medida crucial para garantir a igualdade de condições no mercado e evitar prejuízos tanto para a concorrência quanto para a administração pública. A investigação em curso é um sinal do compromisso das autoridades em combater irregularidades e assegurar a transparência e a lisura nos contratos públicos. Medidas como essa são essenciais para promover um ambiente de negócios saudável e ético.

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Morte brutal de professora no DF: 10 anos de impunidade – Suspeito pronunciado em 2023

Crânio rachado e corpo nu: 10 anos da morte brutal de professora no DF

Heber dos Santos Freitas Ribas, suspeito de matar Janaína Câmara em 2014, foi
pronunciado pelo crime apenas este ano

Após 10 anos do crime, o processo que trata da morte da professora Janaína Alves
Fernandes Tavares da Câmara avançou na Justiça. O suspeito de matar Janaína em dezembro 2014, Heber dos Santos Freitas Ribas, ex-companheiro dela, foi pronunciado em abril deste ano. A juíza da 1ª Vara Criminal do Novo Gama entendeu que ele deve ser julgado por um Tribunal do Júri. Porém, apesar da determinação, Heber segue em liberdade recorrendo a outras instâncias para ser absolvido da acusação.

Em setembro do ano passado, o DE mostrou que o processo do caso de Janaína estava travado na Justiça goiana.

O caso foi recebido pela Justiça em 2021. Apenas em julho de 2023 foi agendada uma Audiência de Instrução e Julgamento agosto do mesmo ano. A audiência chegou a ser realizada, mas sem a pronúncia.

Apenas em 10 de abril deste ano, a Justiça declarou Heber réu e o destinou ao júri popular. Entretanto, a defesa do acusado recorreu da decisão. O recurso chegou à 3ª Câmara Criminal, sob responsabilidade da desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Em julho, ela negou o pedido. A defesa, então, recorreu novamente, levando o caso para a Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, sob responsabilidade do desembargador Amaral Wilson de Oliveira. Apenas em 28 de novembro, o desembargador proferiu decisão, também negando o recurso especial. Agora, Heber deve aguardar a intimação da decisão do desembargador.

SOBRE O CRIME

Segundo a denúncia do Ministério Público goiano (MPGO), a vítima teve a cabeça esfacelada a golpes de porrete e o corpo seminu jogado em um matagal às margens da Rodovia DF-290, entre Santa Maria e o Novo Gama (GO), município no Entorno do DF.

Janaína foi encontrada sem vida em área de mato. Ela era professora.

Quando policiais militares encontraram Janaína, ela tinha o rosto desfigurado e o crânio rachado, com vazamento de massa encefálica. A vítima se encontrava seminua, com o sutiã levantado e os seios à mostra. Também teve a calça arrancada e a calcinha rasgada. Havia um preservativo perto do corpo e vestígios de fezes nas coxas. Nas peças do processo, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil apresentaram seus laudos, mas não conseguiram cravar com exatidão se a vítima havia sido estuprada antes ou após a morte.

Nos dias que se seguiram após a localização do corpo, a Polícia Civil do DF não demorou a juntar as peças que apontou a autoria do crime. Janaína viveu com Heber pouco mais de dois anos, entre 2012 e 2014, e havia se separado dois meses antes do crime. As apurações apontaram que a vítima começou a sofrer agressões constantes de Heber e decidiu se separar. Heber responde ao homicídio triplamente qualificado em liberdade.

A professora municipal de Goiás lecionava para alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Jardim Paiva, no Novo Gama, no Entorno do DF, e faltou ao trabalho no dia que antecedeu ao crime. No dia seguinte, no entanto, às 15h40, policiais encontraram o corpo da jovem no matagal. Janaína deixou três filhos: um menino com pouco mais de 1 anos, fruto do relacionamento com o homem que tirou sua vida, além de um garoto de 5 anos e uma menina, de 6. Atualmente, os órfãos estão com 11, 15 e 16 anos respectivamente.

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